Tensão na Caverna
EIS O RETRATO ABREVIADO
DA CAVERNA
(tal como vi através das muitas investigações no laboratório mental do MPES
Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)
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MULHERES
ORGANIZADORAS
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FILHOS PRODUTORES
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80 a 90 % de todos.
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20 a 10 % de todos.
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Meninas, mulheres, mães, avós.
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50 %
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Garotos, avôs (sentiam-se literalmente
acabados, depressivos).
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25 % (todos esses acabavam inventando para
elas, mesmo a contragosto; inclusive os guerreiros pintavam as cavernas).
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Anãos (procuravam agradar, sempre
mal-humorados).
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Guerreiros em processo de cura (esses
ficavam revoltados).
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Guerreiros estropiados (esses tentavam o
suicídio).
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Deficientes físicos.
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10 % (protegidos, ampliaram os serviços de
proteção).
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Deficientes mentais.
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Porisso acredito que as mulheres devem como
grupo cuidar da organização-sociologia (de modo nenhum seria serviço menor) e
os filhos da economia-produção. Quanto aos 10 % (fiquei sabendo desse montante:
pelo menos no Espírito Santo, alguém da associação deles me disse, é preciso
pesquisar a realidade) de deficientes, eles, protegidos pelas mães, fizeram
crescer as tribos em amor e atendimento.
QUANTO
AO ESPAÇO
(contraste enorme)
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Das
mulheres, pequenino, somente a caverna e o terreirão.
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Dos filhos (filhos& mulheres,
homens&mães) seria potencialmente o mundo inteiro, pois podiam ir a
qualquer lugar, desde que soubessem como voltar, porisso são ótimos em
mapear.
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Do outro lado as mulheres são ótimas em
controle do pouco.
A Caverna geral proporcionou sentidos definidores.
QUANTO
AO TEMPO DE CADA UM
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Das mulheres, cíclico (não tem significado,
repete tudo), espacial, realizador de tarefas que exigem paciência, calma,
extrema tolerância: daí serem empregadas como montadoras nas fábricas na
primeira e segunda guerras mundiais.
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Dos homens, linear, temporal, dirigido a
objetivo.
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Como já mostrei, o tempo das mulheres,
espaço, era pelo menos 500 vezes mais lento que o dos homens, de modo que o
poder foi transferido a nós, sendo elas as inventoras (muito lentas) de quase
tudo no começo.
Isso cria dependências:
1) Os homens querem A
QUALQUER CUSTO realizar as tarefas e dá-las por terminadas, não somos bons em
coisas que exigem atenção extrema, fixação no detalhe, repetição, paciência,
cuidado – somos da prontidão, da resolução instantânea;
2) As mulheres desejam
de todo modo “fazer bem feito”, com atenção, com apuro – como não têm acesso ao
outro lado, aspiram a competência masculina (e vice-versa, com desprezo).
DEZ-PENDÊNCIAS (listo algumas, você
se divertirá em encontrar – o que será muito útil para a economia)
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MULHERES
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FILHOS
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Carboidratos e lipídios.
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Proteínas e vitaminas.
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Como ficavam presas na casa-caverna, sonham
com viajar, com “largar as coisas”,
com abandonar compromisso - são angustiadas com isso.
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Como saíam à caça, querem voltar ao lar
fechadinho, limpo, confortável, sem perigo, alimentar-se sem buscar – com
isso podem ser aprisionados.
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Energia armazenável.
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Energia rápida.
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Falação constante.
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Silêncio e observação.
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Memória (recuperação).
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Inteligência (projeção).
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Verduras e pequena proteína.
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Carnes e grande proteína.
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Imagine a cena: 90 a 80 % de todos, filhos
começando aos nove anos até os 25, com gêmeos aos montes, no total 10 ou 15 ou
25 que morriam como moscas - as estéreis por perto querendo roubar em algum
descuido -, administrando meninas a treinar, mulheres a vigiar (estavam sempre
querendo roubar os homens, tendo corpinhos jovens e bonitos, como até hoje; e
comiam sem autorização, tampando a boca), avós a tirar da antiga função de mães
mandonas (reduzir as avós deve ter sido a coisa mais penosa), homens que
chegavam e queriam atenção e transar, “embonecamento” para atraí-los, todos os
dependentes – elas tinham de ter GIGANTESCA capacidade de memorizar (como já
mostrei, são cinco tipos de memórias as de cada uma), colher alimentos para um
filho na barriga, um no braço, um na perna, um correndo em volta e vários de
várias idades – era literalmente um inferno. E isso usando o corpo todo para
falar (como já disse, as mulheres mexem todo o rosto, enquanto os homens só as
bocas), falando com 50 ao mesmo tempo em vários níveis de estocagem – elas
tornaram-se miméticas, copiam gestos e palavras, falam o tempo todo, até sem
assunto, apenas por falar, emendando uma palavra na outra, mas com extremo
domínio da língua.
Não faria sentido os homens falarem na caça
ou na pesca, atrapalharia, afastaria a presa (ou, pior, atrairia o predador).
As mulheres, pelo contrário, tinham
NECESSARIAMENTE de falar muito, continuamente – razão pela qual será tortura
impedi-las de falar. Vem daí os celulares serem uma grande jogada
comercial-industrial, SÃO O QUE HÁ para elas (seriam mais ainda se tivessem conversas
múltiplas, como já mostrei), pois o fato é que elas foram prejudicadas com o
fim da grande família da caverna.
O CAMINHO PARA FORA
DE LÁ
(para os homens, aquela conversação toda devia ser realmente o fim em vida, sendo
de esperar que haja em nosso gênero compulsão para sair de casa e se afastar
quando duas mulheres se encontram – é preciso investigar)
1. Cavernas (desde
metade dos 100 milhões de anos dos primatas, quando eles não somente desceram
das árvores como entraram nas cavernas do Great Rift Valley – Vale da Grande
Greta, ui!);
2. Pós-cavernas;
3. Pré-cidades;
4. Cidades (a primeira
das quais Jericó há 12 mil anos).
Veja que encruzilhada foi essa: do universo
infinito os homens passaram ao mundo fechado dentro das muralhas de Jericó:
deve ter sido horrível, com maiores problemas para as mulheres, porque
permanentes, enquanto antes era temporário, só no retorno, quando elas
desenvolveram o que chamei de ABRANDAMENTO, a capacidade instintiva de
abrandar, temperar a nossa ira (o que as carnes só fazem excitar).
Enfim, as cavernas proporcionaram grandes
mutações, grandes soluções, mas também variados problemas, com muita tensão
subsequente (50 milhões de anos de acúmulos e moldagem genética), confrontos,
dor, espancamentos, todas as coisas geneticamente moldadas.
Tudo isso está para ser revisto, a
geo-história não foi bobinha, de jeito nenhum, pelo contrário, foi plena de
confrontos e recursos inventados para amaciar: não é à toa que convivemos e
podemos conviver, foi em virtude de as mulheres terem tido resignação e
capacidade de conduzir, tudo em nome de ter filhos e futuro. Não fossem elas as
tribos teriam ficado pequenas, como são entre os animais e entre os irracionais
(muitos homens estão nesta condição).
Como você pode ver, as mulheres têm uma GRANDE
participação em toda essa construção da humanidade, o que nem de longe vinha
sendo entendido ou mostrado anteriormente.
Serra, quinta-feira, 20 de agosto de 2015.
GAVA.