sexta-feira, 9 de setembro de 2016


Parque Jurássico

 

Algumas vezes os governos fazem algo de útil.

Não sei se você percebeu que sou contra eles.

Pois dessa vez tive de aplaudir, porque o governo local instalou um parque que nada tinha de avançado ou avançadíssimo.

Por que precisamos dos computadores da frente de ondas tecnocientífica ou dos maiores progressos que o mundo pode proporcionar?

O argumento é que na Curva do Sino só 2,5 % de todos precisam da extremidade direita, para onde vão os aspirantes às alturas. 1/40 não precisa de ajuda do conhecimento extremo e 95 % ficam no meio. A classe E é a miserável economicamente, submetê-la aos avanços é penalizá-la.

Então, esses caras pensaram em frações 1/A (a rica necessitada da linha de frente), 1/B (os médio-altos), 1/C, 1/D e 1/E. A média, 1/C precisa de pouca coisa. Existem as firmas do período Jurássico, em termos equivalentes.

Comprei meu lote lá, depois comprei outro.

O governo constrói em módulos, conforme a necessidade, e divide em parcelas, inúmeras parcelas, porque o objetivo é realmente ajudar; sendo assim, pouquinho de cada vez, podemos usar nossas forças para crescer. Não nos incomodamos de a construção ser “enxuta”, o saneamento projetado para durar e receber melhorias no decorrer dos anos, as instalações simples, sem serem precárias, as máquinas não serem as melhores de todas – não estamos atendendo às elites e sim ao povo. Com isso podemos fornecer qualidade durável: bruta e simples, atrasada perante os adiantados, mas confiável e porisso mesmo barata sem deixar cair a peteca. Estão retomando as máquinas antigas.

Os engenheiros, os arquitetos, os urbanistas, os artistas todos trabalham para obter durabilidade sem comprometimento da qualidade POPULAR. Com isso conseguimos baixar os preços em até 70 % e estamos nos reunindo todo sábado para baixar ainda mais. Muitos da classe B começaram a comprar nossos produtos abrutalhados quando ofertam em suas fábricas às classes C e D.

Reconhecer que existe passado no presente, que nem tudo precisa ser futurível, nos trouxe ganhos a todos: os pobres podem poupar muito mais e, aplicando em materiais de construção PJ (parque jurássico), podem fazer obra muito melhor e maior, mais firme. O que ganhamos transformamos em duração.

Vem dando certo e os governantes estão criando o segundo PJ, desta vez no interior; cortando as gorduras e reconhecendo a verdade e a simplicidade, muito mais está podendo ser feito.
Serra, segunda-feira, 09 de abril de 2012

A Malha Tributária que nos Prende

 

Quando vi pela primeira vez eram 3,6 milhões de leis, decretos e portarias na federação, nos estados, nos municípios; contando a partir de 1988, caminham agora para 5,0 milhões (é DE LONGE o Estado mais incompetente em gerir seu povelite e aquele que tem mais medo de enfrentamento, colocando tantos milhões de cercas em volta de todos e cada um).

Dessas, milhares dizem respeito aos agora a caminho de 100 tributos, já tendo começado com abusivos 58 em 1988.

As pessoas dizem que quando dois tributos competem sobre a mesma base há bitributação, mas isso SEMPRE ocorre, desde que haja dois ou mais deles: só não haveria no caso do imposto único.

100 É ISTO

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ICMS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Empresas, contadores, técnicos dos governos devem conhecer esses 100 e trabalhar sobre suas autorizações, quais sejam as leis, os decretos, as portarias, as ordens de serviço e o que mais houver da constituição para baixo.

Cada tributo desses é um mundo.

Por exemplo, o ICMS/ES tem agora Código Tributário com mais de mil artigos; não interessando encompridar até dez mil, passaram a usar letras de A até Z e não cabendo nestas, foram duplicando em AA, BB, ..., ZZ ou até triplicando-as AAA. TODOS OS DIAS úteis as pessoas envolvidas devem ficar atentas ao Diário Oficial, no nosso caso era o DOES, Diário Oficial do Espírito Santo; não só isso, os municipais também, embora raramente, o federal constantemente, pois poderiam interferir nas áreas de competência dos estados.

Enfim, isso é o que chama BUSCA DA FELICIDADE e BUSCA DA LIBERDADE, o direito de ir e vir sempre aprisionado por essa malha inacreditável (seria ainda mais extraordinário se os acadêmicos mostrassem em diagramas de Penn, as bolas da teoria dos conjuntos, a interpenetração dos efeitos competitivos).

Não somos só prisioneiros das cidades, somos prisioneiros da malha tributária (impostos, taxas e contribuições de melhoria – acho que os paulistanos apelidaram a Marta Suplício de Martaxa), esse conjunto verdadeiramente incompreensível de cercas legais.

Ser brasileiro não é nada fácil, a luta pela sobrevivência do mais apto exige aqui muita tolerância e amor.

Vitória, sexta-feira, 09 de setembro de 2016.

GAVA.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016


Páleoantropólogos

 

A imensa navescola pairava no céu da Terra, uma esfera imóvel circulada no equivalente do equador por toróide que girava lentamente, criando efeito de gravidade. O toróide tinha um quilômetro de raio na seção reta, mas parecia um fio junto à cintura da esfera.

- Professor, que planeta é esse?

- É o planeta-mãe.

- Já chegamos?

- Sim.

- Por quê viemos vê-lo?

- Bem, esta é uma nave-escola, como sabem estamos circulando pela Galáxia para ver os mundos colonizados em seqüência, desde o primeiro, que é justamente a Terra.

- A Terra foi colonizada?

- Não, ela foi a origem, de onde saímos todos.

- Vamos descer?

- Não, a gravidade é de um G.

- Um G? Quanto é isso?

- Mil miligês.

- MIL???

- É, vocês não poderiam voar, seriam esmagados.

- Quanto tem no toróide?

- 150, 200. Na esfera microgês.

- E como pudemos ter vivido lá?

- Não tínhamos asas, não éramos grandes como somos hoje, éramos muito compactos, a Natureza nos preparou para 1,0 G. Aqui todos possuem asas, dos animas aos primatas, os seres expandidos (baleias, golfinhos, elefantes, primatas, todos os animais), fomos modificados pela reengenharia genética ao longo de centenas de anos.

- E a temperatura?

- Média mundial de 20º C.

- Vinte? Só isso, que horror!

- E quantos eram?

- Antes da migração, 12 bilhões.

- Puxa!

- É, bem pouco, não são os quatrilhões de seres-novos de hoje, mas vocês devem pensar que era ecologia fechada num planeta só, não estava espalhada em 600 mil mundos cidadespaciais. Depois que os genes foram adaptados ao espaço e transferidos, os que ficaram foram morrendo de velhice até sobrarem somente os guardiões que estão planejando a Novevolução. Não vamos descer, eles não vão subir, vamos televersar.

- Então eles não vão voar conosco na esfera?

- Não. Como voariam, se não possuem asas?

- Que vida mais sem graça.

- Para nós, né? Para eles, como guardiões, estão fazendo obra excelente, recuperando o planeta dos milênios de destruição, usando os exoesqueletos, os waldos info-cibernéticos de grandes dimensões, pareceriam gigantes diante de nós, várias dezenas de metros de altura, remodelando as montanhas, uma tarefa que dura muito tempo.

- Tão pesados assim, não teriam como subir no toróide para ir à esfera voar, teriam de ser içados.

- Eles nem querem. Não estão lá obrigados, fazem por prazer, imagine o que é recuperar um mundo inteiro!

- E vivem quanto tempo?

- 130, 150 ciclos.

- Só isso, professor? O senhor quer dizer 1.300 ou 1.500...

- Não, é isso mesmo, 130 a 150, nossos antepassados viviam 30, 50, 80.

- Como pode, professor?

- Atmosfera não-controlada, sol, chuva, furacões, maremotos, doenças, pesquisem. Vocês vivem agora em condições excelentes e isso será motivo da aula de amanhã. Consultem, consultem...

Serra, terça-feira, 10 de abril de 2012.

Pai dos Burros


 

É incrível ver como papai é pouco visitado pelos filhos!

ESSE É PAPAI


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAbwVBlq-D1VLjAoLOPERdrAs_9utG5ucEab0NRIAwsYhzcfco6d2GWAu1sAunjrS86OFoTgo47WU5qet4NREaNk-8NL0MGU2P51AvFc3E8pbX4exLnC4B5z8ooEVlcwWb4W7IBax3_Vk/s1600/aurelio.jpg
Papai é muito bom, quem o conhece de perto pode atestar.
http://d.i.uol.com.br/2009/paidosburros_capa_div_300.jpg
Alguns filhos o homenageiam.
http://gabrielpreto.files.wordpress.com/2011/05/wiki2.jpg?w=590&h=590
Também existem outros pais e mães, por exemplo, a Enciclopédia.
http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTk-_n34WYmjBFOWV3Gs20kWhLxPEG0z_nJdQk-KqSfXOxCvCYSx_BEDIZwwQ
Às vezes papai é um gozador.

Eu, por exemplo, sempre visito papai. Não tô me gabando, é apenas o fato, não estou zombando dos irmãos que não o veem. Seja em casa, seja na Internet, seja no dicionário incorporado ao Word, estou sempre visitando o velho. Não sinto vergonha nenhuma, amo o velho, ele me ajuda muito, fico sempre com ele, tenho dívida de gratidão, tanto tempo trabalhando pela gente é algo mesmo de admirar.

Papai é muito devotado e ficou anos colhendo para proporcionar à gente essa herança fabulosa. E o pessoal que trabalha no escritório dele? Caramba, que dedicação, papai arranjou uma turma boa que trabalhou décadas com ele para deixar esse legado para nós.

Claro que não reclamo dos irmãos e irmãs, mas bem que eles podiam visitar o velho. Que é que custa? Vai arrancar pedaço? Muitas e muitas vezes vi o velho num canto, sem ninguém chegar perto. Dá pena de ver o estado de abandono, sem quem faça grandes debates sobre tudo que o velho proporcionou para nós ao longo de tanto tempo! Que ingratidão! Com tantos filhos espalhados pelo mundo, a gente até se sente mal, porque ninguém liga. Tantos que ele ajudou, tantos escritores que apoiou, tantos fazedores de discursos, tantos candidatos, tantos universitários e hoje tão poucos a visitá-lo, dá até vergonha na gente.  E papai quieto, não fala nada, não diz uma palavra, se a gente quiser tem de ler, porque demonstrar ele não demonstra. O velho fica quieto no canto dele, é de lamentar, viu? Tanta ingratidão dá asco na gente!

Serra, domingo, 01 de abril de 2012.

Os Palpos Muito Estranhos da Aranha

 

Esse cara é meu amigo, porisso estou escrevendo a vocês (a várias editoras, na realidade) no sentido de forçar a publicação do livro, porque foi uma ideia fantástica.

Ele pensou nas armadilhas preparadas para enganar as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e os AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e instituições mundiais), bem como o palavreado que envolvia tais arapucas em cada caso. Enquadrou-as por tipo, procurou um padrão.

Quer dizer, COMO a aranha preparava a teia em cada situação?

Sendo as pessoas e os ambientes MUITO variáveis, cada armadilha significava uma preparação psicologicamente ADEQUADA a cada caso visado.

A facilidade era a publicação em jornais, livros, revistas, documentários, Internet desde 1989 (em inglês) no mundo e 1995 no Brasil (em português), TV, rádio e tudo mesmo com que se deparasse. Foi uma luta, viu? Eu acompanhei. Durante 15 anos esse camarada investigou e durante mais três escreveu, corrigindo e reinvestigando as citações, oferecendo cópias para que lêssemos, contratando professor de português para corrigir ao final, paginando e assim por diante.

Uma quantidade de trabalho que não desejava para mim.

Percorreu toda a história que pôde e a geografia, quando os dados sobre os países eram apresentados em português ou inglês. Ficou volumoso, ele teve de excluir muita coisa do primeiro volume, vai render bem uns três a mais, se fizer sucesso, como acho que fatalmente fará.

A TERRA DA ARANHA

Descrição: pintura planeta
a teia-Terra
Descrição: http://baptistao.zip.net/images/bloco1.jpg
a aranha

E agora entrou em pânico.

Não quer mais publicar.

Não se trata de furo jornalístico, é fúria de cidadão que o levou a isso. Ia adiante motivado pela fúria. Agora atingiu is 50, começou a repensar.

Pronto o livro, começou a refletir que não está apenas contando sobre A ou B a Z, gente morta e gente viva, é mais o fato inquestionável de estar expondo um modo de vida, uma maneira de através da geo-história mundial viver à custa dos trabalhos alheios como parasita.

Ele acha (acho também) que depois do livro as pessoas começarão a ser unir para combater ORGANIZADAMENTE esse gênero de mal, atacando OS FUNDAMENTOS da atividade. Que começarão a pautar o tipo de papo de aranha, o tipo de fala; a estudar a lógica e a dialética da marcha da escuridão; a preparar agentes especiais da Lei para dar combate sem trégua a esse gênero de atividade daninha.

Ele não quer se mostrar, porisso vou disponibilizar meu endereço, rua Das Juntas, 790, esquina com a praça Dom Samuel, Barro Amarelo, Serra, ES, para correspondência. Mando o texto em DVD, sem identificação, porque não quero comprometê-lo. Se alguma editora quiser publicar, que diga, e vou juntar os amigos para tentar convencê-lo a ir adiante.
Serra, quarta-feira, 11 de abril de 2012.