Muro das Lamentações
Consoantes as tradições
judaico-cristãs e procurando zelar pelas tradições dos judeus sempre tão
perseguidos o governo federal brasileiro, em acordo com os outros dois níveis
estadual e municipal-urbano, com o auxílio da mídia, das universidades
federais, estaduais, municipais procurou implantar os “muros das lamentações”,
não apenas para reafirmar as religiões perante Deus como também para
proporcionar uma via popular e barata de escape (a chamada “psicologia das
cabeçadas”, sem falar na propaganda internacional), o governo instalou primeiro
em Brasília.
Colocou microfones, claro, para evitar
os palavrões. E implantou câmaras de vigilância como, aliás, está fazendo em
toda parte.
A intenção era beneficiar todos os
estados, começando reversamente pelos menos desenvolvidos, dado que São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, os do sudeste, chamados no conjunto
de Rótula [em torno de 60 % do PIB brasileiro girando tudo mais – é fato que o
ES tinha apenas 2,5 %, mas por que lembrar isso? ], poderiam fazer sozinhos.
O
MURO DAS LAMENTAÇÕES EM ISRAEL
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O fato é que começaram a aparecer
caminhoneiros reclamando das estradas esburacadas do país (inexplicavelmente o
IPVA dele passou a subir), funcionários públicos graduados reclamando do IR
(caíram imediatamente na Malha Fina), empregadas domésticas reclamando das
patroas, empregados reclamando dos patrões, gente do PT reclamando mais
oportunidades, coronéis nordestinos lamentando não poder pegar mais das verbas,
donos de postos de gasolina declamando dos cheques sem fundos e assim por
diante milhares e milhares de pessoas que lamentavam “sem motivo nenhum”,
segundo os analistas das gravações, por exemplo, as daquela diretora de escola lamentando
a qualidade da merenda escolar, tudo podre, reclamou diretamente da presidanta
Tilma (imediatamente acharam pesquisa fundamental sobre os índios goitacás do
século XVI do interior do ES, importante abordagem a fazer naquele desconhecido
departamento subterrâneo do antigo DOI-CODI no Rio de Janeiro, para onde ela
foi transferida; o problema maior eram os fantasmas dos que tinham sido
torturados e gemiam o tempo inteiro, dia e noite, sem dar sossego; como o
endereço era longe do apartamento, ela levava a quentinha e não tinha paz, 10
horas todo dia. Coisas desse tipo. É aguentar, fazer o quê? Certos trabalhos
são mesmo fundamentais).
E teve o caso daquele deputado...
- Senhor, venho lamentar a atitude de
certos colegas que só querem para eles! É muito de lamentar, Senhor, as
maneiras dos companhêros, pegando tudo. Não que eu vá fazer como o PC e outros
desaparecidos, outros que saíram por aí falando o que não deviam, pois não se
trai os colegas, os que pulam os muros. De jeito nenhum, Senhor, só peço que
eles se lembrem de mim. Lamento, e muito, Senhor, a segregação a que somos
submetidos pelo Alto Clero no Estábulo Baixo (do Estábulo Alto, nem se fala):
quem fica comendo no coxo são só os queridinhos e as queridinhas. E acima de
tudo, Senhor, lamento demais não ter pensado num modo mais eficaz de disfarçar
aqueles 30 milhões, pois comprar aquela mansão foi dar muito na cara, Senhor.
Salvai-me, Senhor, das investigações.
Serra, quarta-feira, 04 de julho de
2012.
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