Rio
40 Caos
RIO
40 GRAUS
Toda uma era de filmes que denigrem a
imagem do Brasil: não é que não se deva fazer, é que fazem excessivamente.
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A temperatura média da atmosfera da Terra é
de 14º C, portanto, a temperatura do Rio de Janeiro, expressa no filme, fica 26
graus acima, é quente mesmo, certa vez em que fui lá, um daqueles relógios
grandes de horas e temperaturas de 40 anos atrás mediu na sombra essa
temperatura, pode ir a mais, temperatura de deserto – apenas onde venta do mar
fica suportável.
No Espírito Santo as temperaturas são mais
baixas, exceto em Colatina e Cachoeiro de Itapemirim. Em Linhares, quando
existiam as florestas ao chegamos em 1963 os termômetros mediam de 15º a 35º
(tínhamos um, do santuário de Nossa Senhora Aparecida, atrás da janela da
cozinha, de modo que olhávamos sempre); depois que tiraram quase todas as matas
(exceto Sooretama e a Reserva da CVRD) vai de mínimo maior a máximo maior,
aqueles 40.
Agora algo de pior aconteceu com o Rio de
Janeiro cidade-capital e com o estado do RJ, ambos entrando num caos indescritível.
Como sabemos, é 50/50, é situação ou ambiente, e são as decisões relaxadas da
gente de lá, capital do país de 1763 a 1960, quase 200 anos, 197 anos de
benefícios e facilidades de todo tipo, particularmente depois da chegada de Dom
João em 1808 (152 anos) e da implantação do império em 1822 (138 anos), com
tudo sendo carreado para lá e fazendo o embelezamento da que ficou conhecida
como Cidade Maravilhosa. E quando, de 1945 a 1968, aconteceram aqueles 23 anos (que
reputei os melhores da humanidade, que levaram à criação da Bossa Nova e da
MPB, Música Popular Brasileira que carreou talentos de todo o país) ficou ainda
mais deslumbrante.
Vivendo na fartura esqueceram-se de
trabalhar.
Beneficiando-se das conjunturas nacionais e
internacionais, deitaram na rede para beber água fresca de coco, deixando de
lado o pensar e o teorizar, vindo dar nessas ridicularias de hoje no cinema
ultrapassado e caduco, e na TV Globo e suas congêneres, que são piores ainda.
Mea culpa de todos os brasileiros, mas
principalmente dos cariocas e fluminenses por terem se abandonado ao
enfraquecimento, à falta de amor, à falta de caridade e apoio mútuo.
Vitória, domingo, 8 de outubro de 2017.
GAVA.
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