sexta-feira, 6 de outubro de 2017


Os Convidados a Entrar em Atlântida

 

                            Veja que no Conhecimento (magos/artistas, teólogos/religiosos, filósofos/ideólogos, cientistas/técnicos e matemáticos) todos sentirão curiosidades. Os arqueólogos de pronto ficarão todos alucinados, absolutamente estarrecidos e interessadíssimos em largar tudo para ir lá; haverá um frenesi mundial da parte deles. Há que pensar na pontescada científica (físicos/químicos, biólogos/p.2, psicólogos/p.3, informáticos/p.4, cosmólogos, dialógicos/p.6) e na pontescada técnica (engenheiros/X1, médicos/X2, psiquiatras/X3, cibernéticos/X4, astrônomos/X5 e discursivos/X6), particularmente nos engenheiros, nos cibernéticos (agora chamados de mecatrônicos) e nos astrônomos, que ficarão ensandecidos, “abilolados” (diz o Aurélio Século XXI: Adj. Bras.  Pop. 1. V. amalucados (1) 2.  Perdidos de amores; apaixonados), como diz o povo.

                            Há os governantes do Executivo, os políticos do Legislativo, os juízes do Judiciário e são 200 a 300 mil cidades/municípios, muitas mais importantes que países; quatro mil estados e províncias, pela minha estimativa; perto de 200 nações. Quem é mais importante que quem? Como fazer sentar essa gente toda numa mesa? Qual pessoal de protocolo pode fazer esse arranjo?

                            Depois, há os empresários. Esses são milhões, por vezes em empresas gigantes que produzem mais que 70, 80 ou 90 % dos países. Há os artistas, que se julgam escolhidos pelo povo. Há os religiosos, que se julgam escolhidos diretamente por Deus, a ponto de alguns protestantes brasileiros acreditarem ter acesso ao Primeiro Poder, o de ressuscitar. Há os tecnocientistas, que são milhões agora, alguns laureados ou festejados por prêmios, como o Nobel. Haverá gente que dirá ter recebido mensagem dos atlantes indicando-os e pedindo sua presença intermediadora. Místicos aos milhares acreditarão que eles ou os seus foram os recomendados a entrar.

                            Enfim, um inferno mesmo.

                            Como eu disse, quase teria sido melhor não descobrir.

                            O mundo “parece tão bom” (é uma porcaria, mas se ficasse pior sentiríamos saudade do passado) do jeito que está. Aquela agitação tremenda com milhares e mesmo centenas de milhares ou milhões de enxeridos enxameando em volta vai ser algo de preocupante, de dar nos nervos.

                            Vitória, quinta-feira, 16 de junho de 2005.  

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