quinta-feira, 5 de outubro de 2017


O Corpo da Mulher como Propaganda dos Queridinhos

                               



O CAROÇO ENVOLTO PELA POLPA e UM CORTE DA OUTRA FRUTA
 



                            Já havia dito da “polpaganda” do caroço.

                            O corpo da mulher, com sua beleza, leva junto a promessa de caroço que o homem deve criar. Depois, é claro, nos apaixonamos pelos filhos, mas antes há esse artifício da Natureza. Deve ser assim mesmo, pois muitos homens são tolos, absurdamente tolos. Então a Natureza literalmente “embrulha”, colocando por fora do feto toda aquela carne polpuda. E as mulheres ainda por cima se vestem, colocando mais dificuldade à resistência; de mil modos elas se enfeitam, o que as torna mesmo irresistíveis.

                            Não estudaram a fundo a psicologia geral da aproximação, quer dizer, não foram avaliados todos os modos delas se enfeitarem e nos “enganarem”, nos ludibriarem com nossa aprovação ou beneplácito explícito ou implícito.

                            Pois isso foi distintamente racional, quer dizer, do estágio hominídeo para diante, de 10 milhões de anos a esta parte, e mais ainda desde os neandertais há 200 mil anos e ainda mais desde os cro-magnons há 80 ou 70 mil anos: mais e mais as mulheres se tornaram belas. Desde a Antigüidade até 476, daí até o fim da Idade Média em 1453, daí ao fim da Idade Moderna em 1789, daí ao fim da Idade Contemporânea em 1991 e sempre avançando repetidamente tanto puseram as mulheres na atratividade dos corpos, das roupas, jóias e pinturas que é praticamente impossível resistir.

                            Essa correlação não foi investigada como artifício psicológico, diferente de qualquer coisa animal. Os animais têm atrativos naturais, que vem com o corpo e morrem com ele; as humanas mudam de corpo todo dia, acrescentando várias roupas e outros artifícios para mudar o corpo original, redesenhando o desejo constantemente.

                            Em razão dessa sobrexcitação temos sobre-sexo, sexo em maior quantidade e qualidade que qualquer espécie; temos sexo o tempo todo; assim as fêmeas foram empurradas para terem filhos ano após ano, um após o outro. Tal providência geral teve como conseqüência o crescimento constante da tribo primitiva.
                            Vitória, quinta-feira, 16 de junho de 2005.

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