sábado, 7 de outubro de 2017


Era Atlântida


 

                            Todo o tempo desde a invenção da escrita na Suméria foi de 5,5 mil anos. Se os atlantes chegaram de fato há 20 mil anos e a nave-cidade afundou ou assentou debaixo do que é hoje o Mar de Sargaços há 11,6 mil anos, há um hiato temporal de 6,1 mil anos até os primórdios da escrita no qual podem ter havido memórias secretas da nave. Em todo caso, fora os sacerdotes que teriam guardado essas memórias ninguém mais soube até Platão divulgar, quer dizer, colocar o mundo a par – ou pelo menos quem leu Timeu e Crítias. Isso foi em torno de 450 antes de Cristo, quer dizer, há dois mil e quinhentos anos nos quais foram escritos 26 mil livros, média de quase 11 livros por ano, certamente a grande maioria depois de Gutenberg lá por 1450; seria preciso promover um levantamento, mas poderíamos esperar uma avalanche no século XX.

                            Uma coisa é falar, falar e falar e outra muito diferente é deparar com o fato. Se houver mesmo algo por lá e começar um novo tempo, a descoberta provocará uma enxurrada nunca vista de manifestações da mídia (TV, Revista, Jornal, Rádio, Livro/Editoria e Internet) em toda a Terra. Só essa profusão inusitada, por si só, já marcará o início de uma nova era, a Era Atlântida, em que Atlântida estaria onipresente, ofuscando todas as demais notícias. Todo o planeta seria vasculhado em busca de lendas, estatuas, placas, estelas, construções referidas mesmo que remotamente a Atlântica.

                            O SISTEMA DE BUSCA

Ø  Os 8,4 mil anos de 20 a 11,6 mil anos (evidência física);

Ø  De 11,6 a 5,5 mil na Suméria (ocultamento inicial);

Ø  De 5,5 a 2,5 mil com Platão (ocultamento secundário);

Ø  De lá para cá (multiplicação incansável dos desdobramentos sobre Platão);

Ø  Em particular no século XX (profusão).

Cada ser humano teria interesse em procurar.

E cada ser humano procuraria mesmo: imagine milhões de “arqueólogos” amadores esgaravatando o solo, entrando nas bibliotecas, pegando peças de museus, bagunçando a coisa toda, comprometendo os dados de campo – seria o pesadelo preferido dos arqueólogos profissionais, um desastre completo. Pois nada se parece mesmo com aquele festival dos ufólogos – na prática se assemelharia mais ao inferno. Nos sonhos dos ufólogos, que são mágicos, tudo se resolve prontamente, mas na prática tudo é bem diferente. A Era Atlântida começaria efetivamente com um desastre de proporções inigualáveis.

Vitória, terça-feira, 21 de junho de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário