domingo, 8 de outubro de 2017


Casulo de Cinema


 

                            Seria uma versão ampliada da SCTE (sala, cadeiras, telão de ensinaprendizado), um irmão maior para caber muito mais gente; na SCTE esperamos desde no máximo 30 até somente 10 mais o professor, enquanto no CC (casulo de cinema) poderiam ser até centenas, quem sabe milhares em casos extremos (um cinema de Vitória, no Parque Moscoso, o Santa Cecília chegou a ter quatro mil lugares).

                            É sempre aquele duplo parabolóide, dois parabolóides (que tem a forma de parábola rodando sobre seu eixo) fundidos um contra o outro, de tal modo que o som vá a todos e cada um dos lugares com o máximo de nitidez; ou adotando-se a forma mais perfeita para tal. Em todo caso na parte de baixo subiria tanto para o fundo do cinema quanto para esquerda e direita, na vertical, para a cabeça da frente estar sempre mais baixa em relação ao espectador de trás, como já é em algumas salas de exibição; a novidade diria respeito às cabeças da direita até o centro, a partir da esquerda, e as da esquerda até o centro, a partir da direita, estarem também mais baixas.

                            Em resumo, nenhum espectador atrapalharia o outro.

                            Cada um e todos veriam cada um e todos.

                            Seguindo a trilha do texto desde Livro 125 De Capacete no Cinema Centrado poderiam os espectadores adotar os capacetes de audição perfeita, sem depender de acústica; neste caso receberiam diretamente da tela em seus ouvidos o som controlável.

                            Poderia ainda dar-se de haver um círculo dirigido aos pés de cada um para o ar condicionado; aberto, sairia para cada um só e só para ele – com a curiosa sensação de no cinema serem geradas suaves brisas pelas diferenças de gradientes de temperatura.

                            Vitória, segunda-feira, 04 de julho de 2005.

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