sábado, 7 de outubro de 2017


As Mulheres Inventam a Roda e os Homens a Multiplicam

 

                            Nos livros calculamos que os primatas devem estar aí há 100 milhões de anos e os hominídeos 10 milhões (quando os primatas entraram nas cavernas), dos quais durante metade eles eram muito parecidos com seus parentes. Na outra metade as mulheres dominaram e inventaram quase tudo, porque elas é que tinham motivação para tal, tendo de sustentar 80 a 90 % (elas, 25 % de garotos, velhos, anãos e anãs, aleijados, guerreiros em processo de recuperação – mais cães de boca pequena e gatos) de todos. Inventaram as bebidas, as camas, a agropecuária primitiva e assim por diante.

                            Tendo de ir e vir constantemente em busca de alimentos nas coletas diárias em volta da caverna por distâncias cada vez mais longas certamente elas inventaram as rodas e os primeiros transportes com plataformas. Não podem ter sido os homens, porque estes viviam correndo e transpondo obstáculos – não havia estradas. De início nem veredas havia, pois de cada vez iam por caminhos diferentes em matas virgens, porque tudo era virgem de presença humana.

                            Então, definitivamente foram as mulheres.

                            Deve ter sido algo de bem tosco, grotesco até.

                            Mas funcionava e a roda terá sido aprimorada por milhões de anos antes de os homens terem se apoderado, quando já havia qualquer caminho roçado e, principalmente, quando já havia agricultura e pecuária nos albores ou alvores da civilização há 10 ou 15 mil anos.

                            Repondo a questão, a roda é mesmo de invenção feminina, que aconteceu há muito tempo; mas só principiou a ser utilizada maciçamente e expandido o seu serviço pelos homens há 10 ou 15 mil anos, quando passaram a existir estradas, já nos primórdios da civilização, depois que eles foram assentados, porque a inteligência projetiva herdada das caçadas logo viu sentido em aprimorar as rodas para serviço geral e poupança de esforço.

                            No começo não fazia sentido, já que em caminhos virgens uma roda teria de saltar obstáculos e duas fatalmente ficariam embaraçadas, para não dizer de maior número, particularmente nas corridas atrás da presa.

                            Vitória, segunda-feira, 20 de junho de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário