20 Mil Anos
de Emoções
Qualquer coisa com
300 anos de existência já emociona os colecionadores; quando se fala de algo de
XXI dinastia egípcia é uma festa total.
Com relação ao
reerguimento de Atlântida nós estamos falando dos 11,6 mil anos desde o afundamento
ou assentamento e estamos supondo que mais para trás ainda 20 mil (se ela
existir mesmo, pelos relógios internos descobriremos o dia preciso da queda)
tenham se passado desde sua chegada à Terra. Quase é melhor nem descobrir nada,
porque uma coisa assim tão distante dos primórdios da civilização na Suméria há
5,5 mil anos - quer dizer, 14,5 mil anos antes disso - OFUSCARÁ completamente a
história humana.
Pois nada que for
humano será verdadeiramente antigo, de modo algum, já que 14,5 mil anos constituem
72,5 % de 20 mil anos, restando 27,5 % para toda a história documentada humana.
Naquele dia que Sagan acostumou a usar, a história humana teria começado lá
pelas 17:30. Em 20 mil anos passaram-se quase 667 gerações de 30 anos, enquanto
os 40 séculos de Napoleão (na realidade teriam sido 46 séculos) constituiriam
apenas pouco mais de 133 delas: por comparação um anão de 1,33 m para um
gigante de 6,67 m.
Tudo que fosse
humano seria ensombrecido.
Quase é melhor não
descobrir.
Claro que é imprescindível
achá-la, porque isso nos fará dar saltos sucessivos em todos os sentidos.
Agora, os problemas
derivados de achar algo assim tão velho serão assustadores por comparação com
aquela facilidade da ficção científica, toda aquela festa dos ufologistas.
Na prática a teoria
é outra.
De pronto
contaminaria toda a cultura ou nação humana planetária e não apenas um ou outro
país; substituiria TODAS as conversas, por mais interessantes que fossem;
suprimiria por largo tempo todos os outros assuntos.
Não é exatamente
aquela coisa fácil de fazer.
Vitória, quarta-feira,
15 de junho de 2005.
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