A Forquilha e as
Primeiras Cidades
COPIANDO
AS CAVERNAS (as
primeiras cidades foram inventadas assim; ainda devem existir exemplares em
algum lugar – os seres humanos se repetem por largo tempo). Pelo Modelo da
Caverna a expansão deveria seguir um ritmo preciso, criando, fora, cavernas
artificiais que repetissem aquelas naturais; deveria ficar perto de onde
estavam as cavernas, perto da Forquilha.
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Só depois, nas crises alimentares ou
de superpopulação ou de limite de produçãorganização ou socioeconomia, é que se
iria para além do já sabido e já trilhado. As primeiras cidades, muito
distantes ainda dos modelos que temos hoje, como já ficou dito, deveriam surgir
em volta da Forquilha. Tenderiam a permanecer ali longuíssimo tempo,
amadurecendo lentamente, muito lentamente por dezenas de milhares de anos,
antes de ir para o Nilo, especialmente na margem direita, por onde sairiam por
um dos três caminhos (um deles no Iêmen), dois dos quais no Sinai, somente
então indo para a região de Jericó, onde apareceu a primeira cidade conhecida,
só muito depois chegando a Mohenjo Daro e a Harappa.
Os antepassados hominídeos entupiriam
a Forquilha de cidades muito primitivas, meros amontoados, antes de ir se
aventurar acolá. São essas ruínas que nos interessam mais que tudo. Embora tenhamos
tendência de aproveitar os materiais do passado em tudo, algo sempre há restos
de coisas desprezíveis que não se quer carregar, que não valem o sacrifício de
levar embora (ainda que os pobres utilizem quase tudo).
Vitória, terça-feira, 12 de outubro de
2004.
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