O Cinturão que nos
Defende
Marte fica a 228 e
Júpiter a 778 milhões de quilômetros do Sol; na faixa de 550 milhões de
quilômetros entre ambos os planetas fica o Cinturão de Asteróides, com muitos
deles, em várias órbitas.
A fórmula para a
gravidade newtoniana (embora a maioria não saiba, existe a gravidade
einsteiniana) é F = G m1.m2/d2. O ponto em que
as gravidades de Júpiter e do Sol se igualam é Fs = Fj
operando sobre o mesmo objeto m situado entre ambos. Como G, a constante
gravitacional (newtoniana) é a mesma, temos ms/D2 = mj/d2
ou ms/mj = D2/d2, sendo ms
= 1,99. 1030 kg e mj = 1,90. 1027 kg e a
relação ms/mj = 1.046. Então, D = d.√ 1.046, pouco mais
de 32d. Como a soma é D + d = 778, temos 33 d = 778, d = 24 milhões de
quilômetros, enquanto D = 754 milhões de quilômetros. Quer dizer, o Sol exerce
pleno domínio no sistema solar. Mas em volta de Júpiter, por 24 milhões de km
(para o diâmetro equatorial do planeta de 143 mil km isso é equivalente a 171
vezes além dele, de um lado e do outro – quer dizer, tudo que passar a essa
distância ou Júpiter captura ou desvia) o planeta domina. Júpiter não é
propriamente um ponto ou uma linha, é uma área e um volume. Dependendo da
velocidade da flecha (meteorito ou cometa) que venha de fora, ou ele vai
absorver ou vai desviar da rota, assim devendo ter se formado o Cinturão. Tudo
que o Sol não pôde pegar para si (e foi muita coisa, a maioria), Júpiter ou
Saturno ou Netuno ou Urano pegaram ou desviaram. Não é àtoa que possuem tantas
luas, tantos satélites.
Essa disputa do Sol
com os jupiterianos ou jovinianos tendo criado o Cinturão este começou a
defender os planetas interiores, porque, veja, embora devêssemos esperar que as
flechas embatendo no Cinturão empurrassem os asteroides para cá, isso não se
dará, porque não se trata somente de gravidade e sim também de inércia, quer
dizer, DE SOMA GRAVINERCIAL G + I = Σgi,
por ser campartícula, como tudo. Quando bate nos asteróides o movimento
inercial leva tudo de roldão, como uma multidão que carrega a pessoa que tenta
atravessar.
Parece que há muitas
defesas para o planeta desenhado para ser o portador da Vida. Esta não surge à toa,
ela tem tremendas configurações de apoio. Seria interessante criar um modelo
computacional em computação gráfica para fazer incidir as flechas e ver como se
comportam. Flechas de todas as massas, dimensões, orientações vetoriais.
Creio que vai ser um
modelo muito bonito.
Vitória, domingo, 10
de outubro de 2004.
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