domingo, 30 de julho de 2017


A Invenção dos Gatos e a Expansão Desenfreada dos Cachorros

 

                            Já tinha determinado no Modelo da Caverna que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras inventaram os gatos ao longo de muitas gerações de modo a eles tomarem conta das crianças; e que os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores inventaram os cachorros para ajudar na caçada como farejadores e acuadores que cercavam a caça miúda ou saíam para caçá-la e trazê-la, como companhia, como denunciadores de proximidade das feras e também para outras utilidades. Os gatos, já dissemos, caçavam dentro das cavernas cobras, lagartos, ratos e tudo mais que pretendia se associar à vida familiar feminina. Vigiavam as crianças, ficando paradinhos longas hora, tanto na casa-caverna quanto fora dela, nas regiões de coleta.

                            Mas, muito mais que isso, como a Yuki (gata da Clara que por duas vezes ficou comigo) demonstrou, os gatos foram selecionados PARA CAÇAR INSETOS, porque eram eles que predominavam antes das cidades espalharem os cheiros humanos e os controles por toda parte, reduzindo ambientes ideais dos insetos enormemente. A expansão das cidades e das roças humanas deslocou muitas espécies por acabar com seus ambientes, o que não foi diferente com os insetos. Pois insetos podem fazer muito mal às crianças (como já vimos não é àtoa que elas são gordinhas, visando interpor tecido adiposo entre o exterior e os órgãos sensíveis), seja através da pele e dos orifícios, seja através da cabeça, com o envoltório craniano ainda mole. Isso poderá ser testado, claro, agora que temos essa idéia ou orientação para busca. Seria preciso avaliar com os insetos da época, desde quando os hominídeos começaram a se formar, desde 10 milhões de anos atrás, mas principalmente desde quando apareceram a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y há 200 mil anos, ou pelo menos desde a predominância dos sapiens desde há 100, 50 ou 35 mil anos. Seria precioso encontrar esqueletos de gatos associados a restos de insetos, indicando que foram mastigados.               Isso nos faz ver que existem centenas de milhões de gatos e poucos dos outros felinos; e centenas de milhões de cães e poucos dos outros canídeos. A fidelidade e utilidade deles foi recompensada com um futuro muito mais dilatado do que poderiam aspirar seus parentes deixados para trás. O vencedor não conta apenas sua história, ele conta a dos amigos também. Se não há memória dos inimigos muito menos há dos amigos do inimigo.

                            Vitória, domingo, 10 de outubro de 2004.

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