A Invenção dos Gatos
e a Expansão Desenfreada dos Cachorros
Já tinha determinado
no Modelo da Caverna que as mulheres (fêmeas e pseudomachos) coletoras
inventaram os gatos ao longo de muitas gerações de modo a eles tomarem conta
das crianças; e que os homens (machos e pseudofêmeas) caçadores inventaram os cachorros
para ajudar na caçada como farejadores e acuadores que cercavam a caça miúda ou
saíam para caçá-la e trazê-la, como companhia, como denunciadores de
proximidade das feras e também para outras utilidades. Os gatos, já dissemos,
caçavam dentro das cavernas cobras, lagartos, ratos e tudo mais que pretendia
se associar à vida familiar feminina. Vigiavam as crianças, ficando paradinhos
longas hora, tanto na casa-caverna quanto fora dela, nas regiões de coleta.
Mas, muito mais que
isso, como a Yuki (gata da Clara que por duas vezes ficou comigo) demonstrou,
os gatos foram selecionados PARA CAÇAR INSETOS, porque eram eles que
predominavam antes das cidades espalharem os cheiros humanos e os controles por
toda parte, reduzindo ambientes ideais dos insetos enormemente. A expansão das
cidades e das roças humanas deslocou muitas espécies por acabar com seus
ambientes, o que não foi diferente com os insetos. Pois insetos podem fazer
muito mal às crianças (como já vimos não é àtoa que elas são gordinhas, visando
interpor tecido adiposo entre o exterior e os órgãos sensíveis), seja através
da pele e dos orifícios, seja através da cabeça, com o envoltório craniano
ainda mole. Isso poderá ser testado, claro, agora que temos essa idéia ou
orientação para busca. Seria preciso avaliar com os insetos da época, desde
quando os hominídeos começaram a se formar, desde 10 milhões de anos atrás, mas
principalmente desde quando apareceram a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y há 200 mil
anos, ou pelo menos desde a predominância dos sapiens desde há 100, 50 ou 35
mil anos. Seria precioso encontrar esqueletos de gatos associados a restos de
insetos, indicando que foram mastigados. Isso
nos faz ver que existem centenas de milhões de gatos e poucos dos outros
felinos; e centenas de milhões de cães e poucos dos outros canídeos. A
fidelidade e utilidade deles foi recompensada com um futuro muito mais dilatado
do que poderiam aspirar seus parentes deixados para trás. O vencedor não conta
apenas sua história, ele conta a dos amigos também. Se não há memória dos
inimigos muito menos há dos amigos do inimigo.
Vitória, domingo, 10
de outubro de 2004.
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