Cidadão e Campão
A Revolução Francesa
de 1789 instalou definitivamente o conceito de cidadão como equivalente à
nacionalidade.
CIDADÃO NO AURÉLIO SÉCULO XXI DIGITAL: S. m. 1.
Indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho
de seus deveres para com este. 2. Habitante da cidade. 3. Pop. Indivíduo, homem, sujeito.
CIDADÃO NO HOUAISS DIGITAL:
substantivo masculino. 1 habitante da cidade 2 indivíduo que, como membro de um Estado,
usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha
os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos 2.1 aquele que goza de direitos constitucionais e
respeita as liberdades democráticas 2.2 título
honorífico concedido por uma cidade (ou outra unidade de um país) a alguém a
ela vinculado por realizações, serviços, laços culturais ou afetivos etc., e
que é natural de outro lugar 2.3 aquele que recebe esse título 3 Diacronismo:
arqueologia verbal. Na Grécia antiga, indivíduo que desfrutava do
direito de participar da vida política da cidade, o que era vedado à mulher, ao
estrangeiro e ao escravo. 4 Diacronismo:
arqueologia verbal. Indivíduo nascido em território romano e que gozava
da condição de cidadania 5 Usos: informal. Qualquer
indivíduo; sujeito.
É o habitante da cidade que virou
dominante no cenário nacional, passando a significar qualquer sujeito. Não
existe acepção de “campão” como sendo o morador do campo. Campão é no Houaiss tão
somente “mármore de cores variadas, procedente dos Pireneus”.
Cidadão seria em termos aumentativos a
grande-cidade e campão o grande-campo, Acontece que a grande-cidade tomou tudo,
na medida em que o poder migrou para ela, nada deixando ao campo, que foi
ficando cada vez menor, menos poderoso, menos valorizado, sinal de
obsolescência, de algo que está se tornando obsoleto e de coisa que realmente
caducou.
A soma zero 50/50 do modelo pede que
haja equilíbrio EM TUDO, (embora sem rigidez e fixação), inclusive entre as
regiões urbanas e rurais, razão pela qual, se a palavra não existe e até
ficaria feio pronunciá-la, que se invente algo para induzir a re-visão dessa
relação atualmente desequilibrada.
Vitória, sábado, 02 de outubro de
2004.
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