sexta-feira, 28 de julho de 2017


Cidadão e Campão

 

                            A Revolução Francesa de 1789 instalou definitivamente o conceito de cidadão como equivalente à nacionalidade.

                            CIDADÃO NO AURÉLIO SÉCULO XXI DIGITAL: S. m. 1. Indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este. 2. Habitante da cidade. 3. Pop.  Indivíduo, homem, sujeito.

                            CIDADÃO NO HOUAISS DIGITAL: substantivo masculino. 1 habitante da cidade 2  indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos garantidos pelo mesmo Estado e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos 2.1  aquele que goza de direitos constitucionais e respeita as liberdades democráticas 2.2 título honorífico concedido por uma cidade (ou outra unidade de um país) a alguém a ela vinculado por realizações, serviços, laços culturais ou afetivos etc., e que é natural de outro lugar 2.3 aquele que recebe esse título 3      Diacronismo: arqueologia verbal. Na Grécia antiga, indivíduo que desfrutava do direito de participar da vida política da cidade, o que era vedado à mulher, ao estrangeiro e ao escravo. 4 Diacronismo: arqueologia verbal. Indivíduo nascido em território romano e que gozava da condição de cidadania 5         Usos: informal. Qualquer indivíduo; sujeito.

É o habitante da cidade que virou dominante no cenário nacional, passando a significar qualquer sujeito. Não existe acepção de “campão” como sendo o morador do campo. Campão é no Houaiss tão somente “mármore de cores variadas, procedente dos Pireneus”.

Cidadão seria em termos aumentativos a grande-cidade e campão o grande-campo, Acontece que a grande-cidade tomou tudo, na medida em que o poder migrou para ela, nada deixando ao campo, que foi ficando cada vez menor, menos poderoso, menos valorizado, sinal de obsolescência, de algo que está se tornando obsoleto e de coisa que realmente caducou.

A soma zero 50/50 do modelo pede que haja equilíbrio EM TUDO, (embora sem rigidez e fixação), inclusive entre as regiões urbanas e rurais, razão pela qual, se a palavra não existe e até ficaria feio pronunciá-la, que se invente algo para induzir a re-visão dessa relação atualmente desequilibrada.

Vitória, sábado, 02 de outubro de 2004.

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