domingo, 30 de julho de 2017


A Conquista da Europa

 

                            Veja só que as expansões dos hominídeos e dos sapiens para a Europa seguiram as mesmas rotas, tanto pelo lado do Sinai/Iêmen (como vimos neste Livro 98 em A Chegada à Mesopotâmia) quanto pelo lado do Marrocos, dali à Espanha.

                            O que chamamos POVO DA ESQUERDA (PE) não era um determinado povo histórico só, mas as sucessivas levas. Cada vez que um novo ramo era inventado pela Forquilha ele trilhava os mesmos caminhos, quase, de todos os seus antepassados, seguindo as mesmas cinco trilhas (uma das quais era ficar na própria Forquilha). Então, a seguir a cinco milhões de anos atrás várias ondas começaram a partir para todo lugar na África e fora dela, fosse do PE ou do PD, POVO DA DIREITA, que saiu através do Sinai/Iêmen.

                            Quando o PE adquiriu traquejo para construir canoas para atravessar a garganta nas Colunas de Hércules? A menor distância ali é 14 km, bem menos que os 20 km do Golfo de Suez e os 29 km na saída do Mar Vermelho para o Golfo de Aden. Só que lá dá para o Atlântico, não é canal, mar fechado e calmo.

                            DUAS FLECHAS PARA A EUROPA   


São dois povos muito diferentes e as distâncias vencidas antigamente significavam separação de muitas centenas e até de milhares de anos, de modo que quer tenham chegado as duas, quer uma só pelo lado do leste, subindo dificilmente e depois virando para oeste já na Europa do leste, constituíram-se em povos antagônicos, inimigos ferrenhos, embora sempre parentes nas origens, fossem hominídeos ou depois sapiens. Eles lutaram como pessoambientes, até onde eram então, apenas como PESSOAS: lutaram como indivíduos, como famílias, como grupos e como empreendimentos pela ocupação dos ambientes.

Lutaram e se dilaceraram.

Batalharam e se arrebentaram mutuamente até todos os outros estarem dizimados PORQUE PARTILHAVAM RACIONALIDADE. Seu AMBIENTE RACIONAL era o mesmo, não podiam perdoar-se mutuamente. Destruíram os ambientes uns dos outros, absorveram genes (raptando as mulheres, matando homens e crianças, como é clássico na geo-história).

UM ARCO DE GUERRA ACIRRADA (grandes batalhas a Europa deve ter presenciado desde cedo) – o cenário da luta


Em todo o mundo antigo eles travaram guerras durante cinco milhões de anos (essas guerras desenharam nossa capacidade bélica de hoje, porisso são tão interessantes; todo estoque das táticas e estratégias iniciais estava lá, e nas guerras de caça de antes), mas especialmente o fizeram na Europa, que deve estar coalhada de cadáveres (eles devem ser buscados, claro, em antigas áreas pantanosas, em áreas sujeitas a enchentes, em áreas sujeitas a avalanches – porque os primeiros humanos africanos não conheciam neve, fora aquela que havia no Kilimanjaro, e certamente foram surpreendidos por ela em muitas ocasiões). A Europa sempre foi um palco natural de batalhas. Os hominídeos em processo de adaptação à neve devem ter ficado primeiro nos países em que ela não existia ou onde caía pouco. Só mais tarde, nas crises alimentares (não eram sempre de alimentos, crises racionais ocorrem a respeito de tudo: de religião, de crenças, de conhecimento, etc.) é que se atreveram a enfrentá-la.

Vitória, terça-feira, 12 de outubro de 2004.

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