Partidos Não São Inteiros
Desde a constatação
de Muamar al Kadafi, em seu Livro Verde,
de que os partidos não são inteiros me coloquei a pensar. Isso ficou remoendo
dentro de mim.
Não são inteiros em
que sentido?
FAZ SENTIDO?
1. A Rede Cognata diz que inteiro =
PARTIDO = SENTIDO. O partido aponta preferencialmente numa direção com dois
sentidos, num sentido particular: é uma escolha de direção-sentido, com
exclusão de todas as demais. Enfim, é um anúncio de guerra, mesmo que não
pareça;
2. É uma escolha ideológica,
sub-filosófica, porisso mesmo ortodoxa, não-sujeita a mudanças ou alterações. É
idéia-fixa, um convênio do conjunto em volta de uma crença, com exclusão de
todas as demais. Torna-se partidária, exclusivista, doente de si, não podendo
ser discutida. É um dogma, uma violação dos outros 359º do círculo;
3. É uma proposta de ditadura, admitindo
apenas o parentesco com as flechas próximas (proximidade que será definida nos
estatutos gravados e práticos do partido e fechada angularmente caso ele chegue
ao poder);
4. Faz pregação da divisão decretada,
ESTATUÍDA, porque tem estatuto. Treina gente para acreditar que aquele é o
único modo correto de pensar;
5. É pregação da subversão nacional, dado
que só aquele modo de pensar é o MAIS CORRETO – todos os outros são, por
natureza, perversos, pervertidos, suspeitos;
6. Outras partições (que você pode pensar
– a questão aqui não é frisar demais).
Se são PARTIDOS, separados do todo que
é o interesse geral do povelite/nação ou cultura, não sendo totalizadores
precisam de disciplina re-constituinte, que re-constitua, precisam de lições,
precisam de professores; seja ensino oficial ou oficioso isso significa uma
grade curricular, que não existe. Então, por não existir algo que os leve à
melhor razão, são desarrazoados, injustos, despropositados, exemplos de caos,
soltos dentro da nação.
Vitória, sexta-feira, 01 de outubro de
2004.
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