domingo, 30 de julho de 2017


Partidos Não São Inteiros

 

                            Desde a constatação de Muamar al Kadafi, em seu Livro Verde, de que os partidos não são inteiros me coloquei a pensar. Isso ficou remoendo dentro de mim.

                            Não são inteiros em que sentido?

                            FAZ SENTIDO?

1.       A Rede Cognata diz que inteiro = PARTIDO = SENTIDO. O partido aponta preferencialmente numa direção com dois sentidos, num sentido particular: é uma escolha de direção-sentido, com exclusão de todas as demais. Enfim, é um anúncio de guerra, mesmo que não pareça;

2.       É uma escolha ideológica, sub-filosófica, porisso mesmo ortodoxa, não-sujeita a mudanças ou alterações. É idéia-fixa, um convênio do conjunto em volta de uma crença, com exclusão de todas as demais. Torna-se partidária, exclusivista, doente de si, não podendo ser discutida. É um dogma, uma violação dos outros 359º do círculo;

3.      É uma proposta de ditadura, admitindo apenas o parentesco com as flechas próximas (proximidade que será definida nos estatutos gravados e práticos do partido e fechada angularmente caso ele chegue ao poder);

4.      Faz pregação da divisão decretada, ESTATUÍDA, porque tem estatuto. Treina gente para acreditar que aquele é o único modo correto de pensar;

5.      É pregação da subversão nacional, dado que só aquele modo de pensar é o MAIS CORRETO – todos os outros são, por natureza, perversos, pervertidos, suspeitos;

6.      Outras partições (que você pode pensar – a questão aqui não é frisar demais).

Se são PARTIDOS, separados do todo que é o interesse geral do povelite/nação ou cultura, não sendo totalizadores precisam de disciplina re-constituinte, que re-constitua, precisam de lições, precisam de professores; seja ensino oficial ou oficioso isso significa uma grade curricular, que não existe. Então, por não existir algo que os leve à melhor razão, são desarrazoados, injustos, despropositados, exemplos de caos, soltos dentro da nação.

Vitória, sexta-feira, 01 de outubro de 2004.

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