sábado, 29 de julho de 2017


Os Vários Modos de Olhar a Nota

 

                            Não sei dizer se alguém já fez estudos mais detalhados das notas de provas, inclusive usando estatística e correlacionando com o perfil (que pedi) da classe de ensinaprendizado; se não fez seria interessante fazer.

OS MODOS DE OLHAR A NOTA (que consigo ver; quando for mais bem explorado, mais coisas serão vistas)

·       O modo tradicional brasileiro: a) cinco para dez; b) cinco para zero; c) em torno da média;

·       Alterado do tradicional (americano): 1) em quatro grupos de 2,5; 2) em cinco grupos (como os americanos, A indo de 8 a 9 e de 9 a 10, B+ significado talvez 7 a 8);

·       MTB multiplicado por dez (era o antigo): a) cinqüenta para cem; b) cinqüenta para zero; c) em torno de cinqüenta. Não era apurado, como os múltiplos de dez sugerem, mas poderia ser, se houvesse gente especializada nisso;

·       ATA multiplicado por dois: A++, A+-, A-+ e A-- (8,0 a 8,5; a 9,0; a 9,5; a 10,0), significando maior separação dentro dos 20 %;

·       MTB exponencializado: os 50 % superiores multiplicados por 10 (50 a 100), indicando os alunos; os 50 % interiores divididos por 10 (0,50 a 0,10), indicando fracasso do processo de ensinaprendizado, das escolas e dos professores.

Ainda mais: de cada nota há que contar o “fator sorte”, porque a pessoa pode ter estudado justamente a matéria que caiu; ou o “fator azar”, ela ter estudado tudo, menos o que foi pedido. Então, se tirou 7,5 haveria uma faixa, de 5,0 a 10,0, na qual se situaria.

Em resumo, os estatísticos e os estudiosos precisam rever a questão da atribuição de valores de medição do conhecimento. Como está não pode ficar. É impreciso, é infiel, não retrata bem, não extrai todas as informações que poderia – é primitivo e inadequado, insuficiente e impróprio, devendo ser substituído.

Vitória, terça-feira, 28 de setembro de 2004.

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