sexta-feira, 28 de julho de 2017


A Evolução dos Consórcios de Rios

 

                            Olhando os grandes rios através da Teoria dos Lobatos podemos ver coisas muito diferentes. O Rio Amazonas, por exemplo, para os seres humanos SEMPRE esteve aí, mas o “sempre” dos seres humanos é muito curtinho, 10 mil anos, enquanto para a natureza zero físico-química ou geológica isso é um piscar de olhos.

                            RE-MONTANDO O PASSADO


O levantamento do arco de montanhas, os Andes, quando o cráton caminhou para o sudoeste depois da separação da África, provocou o levantamento conjunto do Lobato, que estava presumivelmente todo no fundo do páleo-oceano originalmente diante do cráton. O Lobato da América do Sul, LAS, assim como qualquer outro e como o arco, levantou em degraus, aos poucos, a partir de algum ponto desde 273 milhões de anos, especialmente desde 65 milhões de anos. Se estava (pela média dos oceanos) a três mil metros de profundidade e levantou até o cume de sete mil metros, há aí a soma de dez mil metros – podemos estimar quanto levantou a cada milhão de anos (10 mil metros em 100 milhões de anos, 10.000/100 = 10 metros por milhão de anos) o alto das montanhas. O Lobato terá subido bem menos, será preciso avaliar para cada ponto, porque não sabemos a altura de cada ponto quando no fundo do mar. Cada ponto tinha uma COTA ORIGINAL, digamos assim, aquela que possuía quando estava mergulhado. Será preciso calcular.

Isso tem um significado tremendo, porque ter ficado no fundo do oceano mais tempo quer dizer receber mais depósitos de ficto e zooplancto; ou, alternativamente, mais depósitos de vida terrestre. Então, é do maior interesse determinar os degraus na direção sudoeste-nordeste e perpendicular a ela, noroeste-sudeste. Porque as notícias são variadíssimas. Afinal de contas, cada ponto, cada km2 tem sua geo-história físico-química. Não é, de modo algum, aquela vasta falta geral de notícias. Cada caso é diferente, distintíssimo, particularíssimo.

Assim, o Consórcio de Rios, no caso o CR amazônico, também assume características únicas. O Rio Amazonas não tinha de ser, absolutamente, como ficou; ele é o resultado de disputas, de guerras que o foram conformando na paz que conhecemos hoje, ou seja, ele é notícia de conflitos longuíssimos. Poderia perfeitamente ter tomado outras direções-sentidos e chegar a outras con-formações. Ainda hoje ele é anúncio desses enfrentamentos e diariamente está se re-delineando, realinhando suas linhas e pontos, suas áreas e volumes. Rios anunciam contendas, desordens, duelos, rachas espaçotemporais. Nenhum rio é somente aquela coisa bonitinha e pacífica que vemos correr mansamente, de modo nenhum, ele também é oscilação dos pares polares opostos/complementares.

O rio de hoje é A APTIDÃO QUE SE PÔDE OBTER, é o que sobrou, é o que restou onde pôde remanescer, é o resultado de todas as oposições da Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e fogo/energia, no centro Vida e no centro do centro Vida-racional). Rios são construções das cinco forças (eletricidade, magnetismo, fraca, forte e gravinercial) nas várias conformações da pontescada.

Rios evoluem, saltam, reevoluem como se seres fossem.

Entrementes nunca li, nem sequer soube de algum livro falando da evolução dos rios, muito menos dos rios como consórcios, como vivência familiar de várias bacias.

Vitória, domingo, 03 de outubro de 2004.

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