A Evolução dos
Consórcios de Rios
Olhando os grandes
rios através da Teoria dos Lobatos podemos ver coisas muito diferentes. O Rio
Amazonas, por exemplo, para os seres humanos SEMPRE esteve aí, mas o “sempre”
dos seres humanos é muito curtinho, 10 mil anos, enquanto para a natureza zero
físico-química ou geológica isso é um piscar de olhos.
RE-MONTANDO O PASSADO
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O levantamento do arco de montanhas,
os Andes, quando o cráton caminhou para o sudoeste depois da separação da
África, provocou o levantamento conjunto do Lobato, que estava presumivelmente
todo no fundo do páleo-oceano originalmente diante do cráton. O Lobato da
América do Sul, LAS, assim como qualquer outro e como o arco, levantou em
degraus, aos poucos, a partir de algum ponto desde 273 milhões de anos,
especialmente desde 65 milhões de anos. Se estava (pela média dos oceanos) a
três mil metros de profundidade e levantou até o cume de sete mil metros, há aí
a soma de dez mil metros – podemos estimar quanto levantou a cada milhão de
anos (10 mil metros em 100 milhões de anos, 10.000/100 = 10 metros por milhão
de anos) o alto das montanhas. O Lobato terá subido bem menos, será preciso
avaliar para cada ponto, porque não sabemos a altura de cada ponto quando no
fundo do mar. Cada ponto tinha uma COTA ORIGINAL, digamos assim, aquela que
possuía quando estava mergulhado. Será preciso calcular.
Isso tem um significado tremendo,
porque ter ficado no fundo do oceano mais tempo quer dizer receber mais
depósitos de ficto e zooplancto; ou, alternativamente, mais depósitos de vida
terrestre. Então, é do maior interesse determinar os degraus na direção
sudoeste-nordeste e perpendicular a ela, noroeste-sudeste. Porque as notícias
são variadíssimas. Afinal de contas, cada ponto, cada km2 tem sua
geo-história físico-química. Não é, de modo algum, aquela vasta falta geral de
notícias. Cada caso é diferente, distintíssimo, particularíssimo.
Assim, o Consórcio de Rios, no caso o
CR amazônico, também assume características únicas. O Rio Amazonas não tinha
de ser, absolutamente, como ficou; ele é o resultado de disputas, de
guerras que o foram conformando na paz que conhecemos hoje, ou seja, ele é
notícia de conflitos longuíssimos. Poderia perfeitamente ter tomado outras
direções-sentidos e chegar a outras con-formações. Ainda hoje ele é anúncio
desses enfrentamentos e diariamente está se re-delineando, realinhando suas
linhas e pontos, suas áreas e volumes. Rios anunciam contendas, desordens,
duelos, rachas espaçotemporais. Nenhum rio é somente aquela coisa bonitinha e
pacífica que vemos correr mansamente, de modo nenhum, ele também é oscilação
dos pares polares opostos/complementares.
O rio de hoje é A APTIDÃO QUE SE PÔDE
OBTER, é o que sobrou, é o que restou onde pôde remanescer, é o resultado de
todas as oposições da Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo e fogo/energia,
no centro Vida e no centro do centro Vida-racional). Rios são construções das
cinco forças (eletricidade, magnetismo, fraca, forte e gravinercial) nas várias
conformações da pontescada.
Rios evoluem, saltam, reevoluem como
se seres fossem.
Entrementes nunca li, nem sequer soube
de algum livro falando da evolução dos rios, muito menos dos rios como
consórcios, como vivência familiar de várias bacias.
Vitória, domingo, 03 de outubro de
2004.
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