quarta-feira, 5 de julho de 2017


Os Lobatos da Antártica e da Austrália

 

                            Os canais Lobato foram definidos como os que se estabelecem quando a placa continental, caminhando, montou sobre outra, elevando um arco, uma cadeia de montanhas (Andes, na América do Sul; Rochosas, na América do Norte; Alpes, na Europa; e assim por diante). Antes de estar tudo levantado do fundo do mar uma parte fica ainda mergulhada, havendo os crátons de um lado e o arco montanhoso do outro, e no meio uma seqüência: 1) um grande canal de mar; 2) um canal estreito; 3) lodaçais gigantescos; 4) muitas lagoas de água salgada; 5) um pouco menos de lagoas de água doce; 6) cada vez menos destas; 7) umas poucas; 8) nenhuma ou quase nenhuma; 8) deserto.

                            O LOBATO DA ANTÁRTICA

·       O cráton parece ser a Cadeia da Rainha Maud (vendo a América do Sul na vertical, desde o Pólo Sul, fica à direita);

·       O arco desde s Terra de Oates em baixo até a Terra de Graham em cima, uma cordilheira grande;

·       Necessariamente, entre elas deve haver um canal Lobato (em qualquer trânsito-de-formação, porque o continente está coberto de gelo desde 30 milhões de anos atrás);

·       Podemos dizer, sem pesquisar, que ele caminha da direita para a esquerda;

·       O centro pode ainda estar parcialmente afundado em relação ao nível do mar, ao nível dele ou acima;

·       Ali deve ter havido, caso tenha estado parcialmente emerso, gigantesco e luxuriante cenário da vida, como a Amazônia hoje, só que maior, porque, embora a América do Sul tenha mais de 17 milhões de km2 e a Antártica apenas mais que 14 milhões de km2, o certo é que os crátons sulamericanos são maiores, bem como a cadeia de montanhas também.

O LOBATO DA AUSTRÁLIA

·       Nitidamente o arco é a Grande Cordilheira Australiana, a oeste;

·       O cráton é a Cadeia MacDonnell, no centro;

·       Entrementes, a planície central já está muito levantada, quase irreconhecível, significando que o continente inteiro já montou na placa sobre a qual caminha;

·       Já está tão avançado o processo que todo o centro-oeste se encontra em processo de desertificação acentuada (como acontecerá depois com o Brasil e os EUA);

·       Não há, evidentemente, nenhuma lagoa, ao passo que na América do Sul ainda restaram alguns exemplares.

UMA CLASSIFICAÇÃO DOS LOBATOS (provisória, dependendo dos geólogos) – quanto ao estágio temporal.

·       LOBATO AUSTRALIANO: muito antigo, sem qualquer traço de água (como um dos africanos, aquele de que o Saara era a planície);

·       LOBATO SULAMERICANO: médio, com algumas lagoas;

·       LOBATO NORTEAMERICANO: jovem, com um corredor imenso de lagos e lagos.

Isso deverá ser aprimorado, claro, no sentido de uma precisa classificação final em alguns anos.

Vitória, domingo, 18 de julho de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário