O Que o Modo de
Sentar nos Diz dos Racionais e o Que os Sapatos nos Falam de Homens e Mulheres
Mulheres sentam com
uma perna sob a outra, esquerda ou direita; no Modelo da Caverna os homens
(machos e pseudofêmeas) são caçadores e as mulheres (fêmeas e pseudomachos) são
coletoras. Não é bom, nas caçadas, colocar-se em posição de não-protidão,
porque isso faz perder as presas ou ser objeto de cobiça dos predadores. De
modo que, necessariamente, homens não irão sentar-se com uma perna sob a outra,
nem muito menos com as duas, uma debaixo da outra como no Oriente se dá na
“posição do lótus” para meditação (isso indicaria submissão, feminilização, bem
assim o ajoelhar-se diante de Deus, ou dobrar o joelho na genuflexão diante do
suserano – em todos os casos o homem estará se comportando como mulher).
Por outro lado, na
caça seria incorreto atrair a atenção do predador ou afastar a presa com
barulho. Homens usarão sapatos macios, de preferências mocassins, que não façam
balbúrdia ao andar nem quebrem galhos. Sapatos que se contramoldem com os pés,
que sejam invertidos deles e MACIOS POR FORA (mas não por dentro – isso seria
desprezível; apenas mulheres usarão sapatos macios por dentro). Desse modo
homens tenderão a irem descalços para as caçadas, com isso ficando com solas
enrijecidas nos pés; ou com sapatos macios por fora. É que a defesa masculina
é, primariamente, individual, cada um por si.
Ao
contrário/complementar, as mulheres, cuja defesa é coletiva e assustadiça,
todas por uma, usarão sapatos que fazem barulho, com saltos duros que
repercutam no terreno (saltos duros não são, necessariamente, saltos altos;
como já vimos, os saltos altos visam encompridar as pernas, sinal de mulher
trabalhadora e cobiçada. Desse modo saltos DUROS E ALTOS são duplamente valorizados
por elas). Até pode ser que se tenha desenvolvido um código de sons de sapatos,
as pisadas indicando isso e aquilo.
Podemos deduzir
também que sociedades como a francesa pré-revolucionária, em que os homens se
pintavam, recobriam as unhas, colocavam perucas e andavam de saltos altos e
duros, e a chinesa-mandarina também pré-revolucionária, eram sociedades
altamente feminilizadas, enfraquecidas em seu potencial guerreiro, tendentes a
fugir, a divertir-se através de extrema sexualização e a perder guerras. E que
tão logo haja uma REVOLUÇÃO REMASCULINIZADORA todos os aparatos antigos serão
postos de banda, as unhas serão cortadas, os homens (e as mulheres) deixarão de
pintar-se, as mulheres serão recolhidas aos lares, havendo enrijecimento dos
costumes com redução da sexualidade aparente e real e de um modo geral evitados
todos os sinais de feminilização, doravante anátemas ou execrações.
Podemos, portanto,
também aqui, compor a partir dos sinais uma Curva do Sino ou de Gauss ou das
Distribuições Estatísticas, situando-se mais à direita as sociedades mais
frouxas e macias, femininas, e mais à esquerda as menos frouxas e macias, as duras,
masculinas. São sinais femininos: presença de cores e de sons e tudo que é da
coleta. São sinais masculinos: ausência de cores e de sons e tudo que é da
caça.
Isso permitirá
classificar o ESPECTRO SOCIETÁRIO.
Vitória,
segunda-feira, 19 de julho de 2004.
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