quarta-feira, 5 de julho de 2017


O Que o Modo de Sentar nos Diz dos Racionais e o Que os Sapatos nos Falam de Homens e Mulheres

 

                            Mulheres sentam com uma perna sob a outra, esquerda ou direita; no Modelo da Caverna os homens (machos e pseudofêmeas) são caçadores e as mulheres (fêmeas e pseudomachos) são coletoras. Não é bom, nas caçadas, colocar-se em posição de não-protidão, porque isso faz perder as presas ou ser objeto de cobiça dos predadores. De modo que, necessariamente, homens não irão sentar-se com uma perna sob a outra, nem muito menos com as duas, uma debaixo da outra como no Oriente se dá na “posição do lótus” para meditação (isso indicaria submissão, feminilização, bem assim o ajoelhar-se diante de Deus, ou dobrar o joelho na genuflexão diante do suserano – em todos os casos o homem estará se comportando como mulher).

                            Por outro lado, na caça seria incorreto atrair a atenção do predador ou afastar a presa com barulho. Homens usarão sapatos macios, de preferências mocassins, que não façam balbúrdia ao andar nem quebrem galhos. Sapatos que se contramoldem com os pés, que sejam invertidos deles e MACIOS POR FORA (mas não por dentro – isso seria desprezível; apenas mulheres usarão sapatos macios por dentro). Desse modo homens tenderão a irem descalços para as caçadas, com isso ficando com solas enrijecidas nos pés; ou com sapatos macios por fora. É que a defesa masculina é, primariamente, individual, cada um por si.

                            Ao contrário/complementar, as mulheres, cuja defesa é coletiva e assustadiça, todas por uma, usarão sapatos que fazem barulho, com saltos duros que repercutam no terreno (saltos duros não são, necessariamente, saltos altos; como já vimos, os saltos altos visam encompridar as pernas, sinal de mulher trabalhadora e cobiçada. Desse modo saltos DUROS E ALTOS são duplamente valorizados por elas). Até pode ser que se tenha desenvolvido um código de sons de sapatos, as pisadas indicando isso e aquilo.

                            Podemos deduzir também que sociedades como a francesa pré-revolucionária, em que os homens se pintavam, recobriam as unhas, colocavam perucas e andavam de saltos altos e duros, e a chinesa-mandarina também pré-revolucionária, eram sociedades altamente feminilizadas, enfraquecidas em seu potencial guerreiro, tendentes a fugir, a divertir-se através de extrema sexualização e a perder guerras. E que tão logo haja uma REVOLUÇÃO REMASCULINIZADORA todos os aparatos antigos serão postos de banda, as unhas serão cortadas, os homens (e as mulheres) deixarão de pintar-se, as mulheres serão recolhidas aos lares, havendo enrijecimento dos costumes com redução da sexualidade aparente e real e de um modo geral evitados todos os sinais de feminilização, doravante anátemas ou execrações.

                            Podemos, portanto, também aqui, compor a partir dos sinais uma Curva do Sino ou de Gauss ou das Distribuições Estatísticas, situando-se mais à direita as sociedades mais frouxas e macias, femininas, e mais à esquerda as menos frouxas e macias, as duras, masculinas. São sinais femininos: presença de cores e de sons e tudo que é da coleta. São sinais masculinos: ausência de cores e de sons e tudo que é da caça.

                            Isso permitirá classificar o ESPECTRO SOCIETÁRIO.          

                            Vitória, segunda-feira, 19 de julho de 2004.

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