quarta-feira, 5 de julho de 2017


Os Lobatos e as Glaciações

 

                            VENDO LOGO AS GLACIAÇÕES NA Internet           

Para falarmos da entrada do homem na América e como ele chegou até aqui, precisamos conversar um pouco sobre as glaciações. As glaciações são fenômenos climáticos que ocorreram ao longo da história de nosso planeta.
Segue abaixo, uma tabela com as glaciações nos Estados Unidos e o nome correspondente na Europa Glaciações nos EUA e Europa
GERAL
América do Norte
Europa (Alpes)
Datações -início de cada período
Pós-glacial
Pós-glacial
Pós-glacial
10.250 ap.
Última glaciação
Wisconsin
Würm
70.000 ap.
Último Interglacial
Sangamon
Riss-Würm
187.000 ap.
Penúltima glaciação
Illinoian
Riss
230.000 ap.
Penúltimo interglacial
Yarmouth
Mindel-Riss
435.000 ap.
Ante-penúltima glaciação
Kansan
Mindel
476.000 ap.
Ante-penúltimo interglaciali
Aftonian
Günz-Mindel
550.000 ap.
Primeira glaciação
Nebraskan
Günz
590.000 ap.


                            Veja que os avanços-levantamentos das placas devem interagir com os avanços-recuos das glaciações, ou seja, com os levantamentos-rebaixamentos do nível do mar, de modo que se passarmos os planos verticais de corte no sentido das longitudes (leste-oeste) e das latitudes (norte-sul) veremos tanto a terra subir quanto o mar descer e subir, oscilando conforme a passagem dos milhões de anos (no caso das glaciações citadas, no tempo mais recente; porém existem glaciações muito mais antigas). É claro que as glaciações levavam os gelos até o Rio Grande do Sul, fechavam a saída sul do Lobato da América do Sul, que virava então um braço de mar, descendo do Planalto das Guianas até os limites dos glaciais. Quando abria voltava a passar água do Norte para o Sul e vice-versa, com os depósitos de vida morta voltando a ocorrer também ao Sul, que deve então ser menos produtivo que o Norte, para os lados da Bolívia, Brasil, Venezuela, também porque lá havia mais energia disponível.

                            Quantas vezes fechou e quanto fechou de cada vez? Precisamos de informações precisas igualmente aqui. Se pudermos combinar os resultados da subida das terras, devida à entrada de Nazca sob a América do Sul, com os avanços-recuos dos glaciares teremos uma ideia muito mais precisa. Até que paralelo iam os gelos? Avançavam até que latitude? Até que altura do Rio Grande do Sul? Pois, veja, se para os lados do Rio Grande e da Argentina era mais baixo, evidentemente empoçava muita coisa ali, muitos restos, talvez durante muito tempo; e saber corretamente onde ficavam as bordas dos gelos de cada vez permitiria conhecer onde estavam os limites de arrumação, de contenção dos avanços das águas com os restos, como se fosse uma represa. Como o paralelo corre de leste a oeste ou vice-versa e as terras levantam primeiro no Oeste, há uma espécie de afunilamento para os lados do Paraguai, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná. E lá há, evidentemente, muito petróleo, mais ou menos onde é Itaipu hoje. Quem poderia esperar uma coisa dessas?

                            Vitória, terça-feira, 20 de julho de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário