quinta-feira, 27 de julho de 2017


O Fundo do Mar que os Lobatos Trouxeram Aqui em Cima

 

                            Quando fui reunir o material para o conjunto dos textos da Teoria dos Lobatos, juntando-os desde as Posteridades, vi que no começo cometi um erro: porque diziam a todos que a América do Sul já tinha vindo formada da separação com a África imaginei que a Placa de Nazca é que montava nela, formando a crista dos Andes, que cairia um pouco para o lado do leste a cada vez em razão do peso e da erosão, o que não é verdade, sendo exatamente o oposto, a placa da América do Sul é que monta na placa de Nazca. Até que eu pudesse mudar o paradigma e ver o Lobato da América do Sul não pude ver a verdade.

                            O fato é que os Lobatos inteiros foram levantados. As placas não mergulham na vertical rumo ao manto, interpõe-se entre este e as placas de cima, de modo que vão fundo dentro dos continentes, levantando os arcos de montanhas, onde derreteram pouco, e os Lobatos mais para dentro onde derreteram mais. O fato é que a TAXA DE DERRETIMENTO, chamemos assim, das placas inferiores é muito pequena, mínima, e elas resistem bravamente ao calor até muito para dentro. Tipicamente a placa indo-australiana entrou pelo menos 1.300 km no Himalaia, MAIS um pedaço relativamente ao Lobato da Eurásia, LEU.

                            O Lobato é uma novidade tremenda, porque todo ele foi trazido do mundo do mar. Os arcos de montanhas também, mas neles, seja pela declividade, seja pela erosão em razão das chuvas ou das neves derretidas ou dos ventos o solo escorreu para os vales por gravidade; mas nos Lobatos, não, tudo está lá, intacto, mais o que veio dos arcos vizinhos e dos crátons formadores, estando depositado neste caso nas páleo-fozes. O Lobato é o fundo do mar levantado, por vezes vários quilômetros, vários milhares de metros, com toda riqueza que foi lá depositada por bilhões de anos, o que quer dizer não apenas restos da Vida geral como principalmente materiais inorgânicos extraídos ou minerados nas páleo-bacias. Assim, Lobatos são de longe as coisas mais interessantes. São tremendos lagos (por exemplo, o LAS, Lobato da América do Sul, tem oito milhões de km2 ou mais) todo minerável. TUDO da placa está ali. TODA a placa da América do Sul se concentrou no LAS, como que num banco. O LAS é o banco mineral-energético da América do Sul.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de setembro de 2004.

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