Dois Cones Muito
Interessantes
Como já havia posto
antes para a Vida geral: somos descendentes, todos e cada um, da mesma vida
original, aquela primeira, o conjunto podendo ser visto como um cone que vai se
reduzindo na perpendicular do eixo, ficando cada vez menor com o recuo no tempo
até se tornar o ponto do vértice, aquela origem. Ou seja, pegue um cone, faça
coincidir o eixo com o tempo, recue neste e vá até a origem, o vértice do cone,
onde a primeira VIDA SUFICIENTE (VS) começou a rodar o programa
além-da-química, esta a primeira das pontes. Quer dizer, a Química construiu a
Vida, que deu seqüência, no patamar da Biologia/p.2.
O mesmo pode se
feito para a Psicologia, que veio de p.2, a segunda ponte. Também por um cone
reconduziremos até a primeira RAZÃO SUFICIENTE (RS), aquela que deixou o mundo
racional de hoje como descendente. Isso veio dos 10 milhões de anos do período
hominídeo, quando os sapiens foram inventados, afirmando-se definitivamente em
nós há 35, 50 ou 100 mil anos, depois da EVA MITOCONDRIAL e do ADÃO Y há 200
mil anos.
Um ξ (épsilon,
infinitésimo) antes não havia e um ξ depois, sim. Precisamente naquele instante
a VS começou a rodar e não parou mais, adaptou-se a todas as figuras e a todos
os ambientes, todas as figurambientes biológicas. Do mesmo modo com relação a
RS, adaptou-se a todas as figurambientes psicológicas. Temos um Δξv
(delta-épsilon vital) e um Δξr (delta-épsilon racional). Naquele
instante biológico surgiu a vida e no instante psicológico a razão. Ora,
deveria tudo ser mágico para acontecer PRECISAMENTE uma única vez, em cada
caso; portanto, ao acaso da Natureza devemos contar que houve mais de um
evento, tanto na ocasião racional quanto na vital – devem ter acontecido
vários. Vários cones-biológicos e vários cones-psicológicos devem ter
acontecido, misturando-se, quer dizer, misturando seus programas biológicos e
psicológicos, respectivamente. Por exemplo, neste caso os programas
lingüísticos, de forma que certo rastreamento das línguas presentes na Terra
deve permitir apurar não apenas palavras de raízes antigas quanto,
principalmente, palavras de REDES PARENTAIS distintas, quer dizer, de várias
espécies psicológicas; assim como os corpos das várias espécies (digamos, os
neanderthais) foram absorvidos, também o foram suas línguas nestas que
restaram. Não é apenas o caso de o basco não caber nas línguas indo-européias;
deve acontecer de frases e palavras não caberem em nenhum CONSTRUTO lingüístico
do mundo. Tal rastreamento deve ser muito interessante.
Porém, raciocinar em
termos de cones, que são isentos de valorações, nos permite ver geometricamente
agudos problemas de interconvivências de diferentes linhas de DESENVOLVIMENTO
PROGRAMÁTICO, dos programáquinas que somos nós, tanto os P/M vitais quanto os
P/M racionais. Não se trata mais de
pensar por preferências, e sim geo-algébricamente em termos de geo-equações
para a solução completa dos problemas de surgimento da Vida geral e da Razão
geral. Quando vistos do eixo temporal (que é único, os eixos dos cones
coincidindo ou não no espaço), estivessem mais à esquerda ou mais à direita,
mais para adiante ou mais para trás, mais para cima ou mais para baixo em relação
a um eixo tricoordenado podemos, todavia, DES-VESTIR os preconceitos e tratar
como automatismos os dois surgimentos. SEM QUALQUER RELAÇÃO emocional.
Vitória,
quarta-feira, 28 de julho de 2004.
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