quinta-feira, 6 de julho de 2017


Dois Cones Muito Interessantes

 

 

                            Como já havia posto antes para a Vida geral: somos descendentes, todos e cada um, da mesma vida original, aquela primeira, o conjunto podendo ser visto como um cone que vai se reduzindo na perpendicular do eixo, ficando cada vez menor com o recuo no tempo até se tornar o ponto do vértice, aquela origem. Ou seja, pegue um cone, faça coincidir o eixo com o tempo, recue neste e vá até a origem, o vértice do cone, onde a primeira VIDA SUFICIENTE (VS) começou a rodar o programa além-da-química, esta a primeira das pontes. Quer dizer, a Química construiu a Vida, que deu seqüência, no patamar da Biologia/p.2.

                            O mesmo pode se feito para a Psicologia, que veio de p.2, a segunda ponte. Também por um cone reconduziremos até a primeira RAZÃO SUFICIENTE (RS), aquela que deixou o mundo racional de hoje como descendente. Isso veio dos 10 milhões de anos do período hominídeo, quando os sapiens foram inventados, afirmando-se definitivamente em nós há 35, 50 ou 100 mil anos, depois da EVA MITOCONDRIAL e do ADÃO Y há 200 mil anos.

                            Um ξ (épsilon, infinitésimo) antes não havia e um ξ depois, sim. Precisamente naquele instante a VS começou a rodar e não parou mais, adaptou-se a todas as figuras e a todos os ambientes, todas as figurambientes biológicas. Do mesmo modo com relação a RS, adaptou-se a todas as figurambientes psicológicas. Temos um Δξv (delta-épsilon vital) e um Δξr (delta-épsilon racional). Naquele instante biológico surgiu a vida e no instante psicológico a razão. Ora, deveria tudo ser mágico para acontecer PRECISAMENTE uma única vez, em cada caso; portanto, ao acaso da Natureza devemos contar que houve mais de um evento, tanto na ocasião racional quanto na vital – devem ter acontecido vários. Vários cones-biológicos e vários cones-psicológicos devem ter acontecido, misturando-se, quer dizer, misturando seus programas biológicos e psicológicos, respectivamente. Por exemplo, neste caso os programas lingüísticos, de forma que certo rastreamento das línguas presentes na Terra deve permitir apurar não apenas palavras de raízes antigas quanto, principalmente, palavras de REDES PARENTAIS distintas, quer dizer, de várias espécies psicológicas; assim como os corpos das várias espécies (digamos, os neanderthais) foram absorvidos, também o foram suas línguas nestas que restaram. Não é apenas o caso de o basco não caber nas línguas indo-européias; deve acontecer de frases e palavras não caberem em nenhum CONSTRUTO lingüístico do mundo. Tal rastreamento deve ser muito interessante.

                            Porém, raciocinar em termos de cones, que são isentos de valorações, nos permite ver geometricamente agudos problemas de interconvivências de diferentes linhas de DESENVOLVIMENTO PROGRAMÁTICO, dos programáquinas que somos nós, tanto os P/M vitais quanto os P/M racionais.  Não se trata mais de pensar por preferências, e sim geo-algébricamente em termos de geo-equações para a solução completa dos problemas de surgimento da Vida geral e da Razão geral. Quando vistos do eixo temporal (que é único, os eixos dos cones coincidindo ou não no espaço), estivessem mais à esquerda ou mais à direita, mais para adiante ou mais para trás, mais para cima ou mais para baixo em relação a um eixo tricoordenado podemos, todavia, DES-VESTIR os preconceitos e tratar como automatismos os dois surgimentos. SEM QUALQUER RELAÇÃO emocional.

                            Vitória, quarta-feira, 28 de julho de 2004.

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