Áreas de Depósito,
Páleo-Bacias e Páleo-Depósitos
Áreas de depósito
tanto servem para a atualidade quanto para os tempos antigos. Por exemplo, o
Rio Doce, que deságua na foz em Regência Augusta, Linhares, Espírito Santo,
Brasil, tem uma área de depósito que fica defronte, dentro do mar. Mas tudo que
é mar vira terra emersa e vice-versa, algum dia. Hoje, determiná-la é apenas
exercício geológico menos interessante, mas encontrar as do passado é muito
importante, porque as fozes são o PLUS que se acrescenta aos contínuos
depósitos de ficto e zooplancto, aquele algo a mais que se soma continuamente à
media dos outros.
Como já foi dito, há
que diferenciar, porque se o Amazonas é novo, alguns milhares de anos, talvez
milhões, deposita muito numa área muito grande, a cada segundo, ao passo que o
Rio Doce, que é antigo de 70 milhões de anos ou até 280 milhões, deposita pouco
relativamente, ou seja, devemos encontrar as multiplicações Vv (velho, vazão
pequena) e nV (novo, vazão enorme), máximos e mínimos, e tudo que está no meio.
Devemos achar também
as páleo-fozes, como já ficou estabelecido; e as páleo-bacias, as antigas
bacias que existiram antes das atuais: digamos, a páleo-bacia do
páleo-Tocantins. E todos os páleo-amazônicos e todos os páleo-rios do mundo. É
uma busca frenética, porque ali estarão os maiores depósitos. Definidas as
grandes páleo-bacias (que de modo algum coincidirão com as atuais) teremos nas
páleo-fozes grandes páleo-depósitos diante delas, com chance maior de encontrar
grandes depósitos de petróleo. E onde tenha havido muito tempo (para o lado do
Oeste do Planalto Brasileiro, pelo menos prováveis 3,8 bilhões de anos da
duração da Vida, especialmente 600 milhões de anos desde a Explosão Cambriana)
teremos depósitos imensos, gigantescos mesmo. Dado que o canal Lobato da
América do Sul (LAS) só se fechou nos últimos milhões de anos, antes da
existência do Consórcio Amazônico (isso que se chama Rio Amazonas hoje e que só
existe há pouco tempo relativo) os páleo-rios depositaram nele por pelo menos
(600 – 70 =) 530 milhões de anos, na realidade até perto de 600 milhões de anos
mesmo, porque só no último milhão de anos o Rio Amazonas foi se conformando.
Vitória,
terça-feira, 13 de julho de 2004.
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