segunda-feira, 3 de julho de 2017


A Coletivização da Lógica e a Marcha do Indivíduo Até a Altura do Mundo

 

                            No começo da lógica humana, na EVA MITOCONDRIAL e no ADÃO Y de 200 mil anos atrás o par fundamental tinha só dois indivíduos, um homem e uma mulher, o par homulher em nível mínimo de lógica, aquela com que nascemos como média geral da Curva do Sino de todos os potenciais seres humanos. Nesse ínterim passamos pelos níveis de PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e de AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e mundo), de modo que pulamos em 200 mil anos de dois para 6,3 bilhões e do indivíduo-indivíduo para o indivíduo-mundo.

                            No decorrer dessa marcha no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) migramos dos níveis inferiores de razão (superiores em emoção) para os patamares superiores da razão (inferiores em emoção), de M/A e a C/T. A lógica saiu então das manifestações isoladas do indivíduo e foi até o coletivo, principalmente através do conhecimento tecnocientífico e da matematização de tudo. Quanto mais há fora de nós símbolos e conjuntos de símbolos que são tratados coletivamente MENOS o indivíduo pode decidir por si mesmo. Por exemplo, na construção de um aparato espacial, de uma nave interplanetária, pouco podemos nos emocionar; tudo é premência tecnocientífica, tudo é controlado por equações muito precisas, definidíssimas. Ao cantar uma música pouco há do coletivo, a pessoa pode se expressar de modo até completamente individual, quase ganindo; se vai fazer apresentação profissional já há restrições, porém não tantas assim.

                            Imaginando uma superestrutura T/C e uma infra-estrutura M/A podemos ver que estão presas: a M/A não pode mais se manifestar cruamente, unicamente por si; a T/C fica presa à capacidade de todos de oferecer uma quantidade de tecnocientistas que compreendam as equações. Contudo, quanto mais vai se fazendo coletiva a lógica, ou seja, externa, condicionada a símbolos que agem independentemente dos seres humanos, mais a T/C vai dominando os cenários, que se aproximam da matematização total (logo mais só a MICA – memória, inteligência e controle artificiais – poderá entendê-la).

                            Vitória, segunda-feira, 19 de julho de 2004.

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