sábado, 8 de julho de 2017


A Biblioteca Viva Fala e Ouve

 

UM EXEMPLO DE FUNCIONAMENTO DAS BILIOTECAS NA Internet

Oficina no Festinbonito discute funcionamento de bibliotecas - Quinta-feira, 22 de Julho de 2004 - 11:39

Especialistas da Biblioteca Nacional estão aproveitando o 5º Festival de Inverno de Bonito para capacitar os funcionários das bibliotecas municipais. O Governo de Mato Grosso do Sul publicou, na semana passada, em Diário Oficial do Estado, a criação do Sistema Estadual de Bibliotecas com o objetivo, entre outros, de coordenar a execução de uma política estadual de informação e leitura pública.

                            Mas a questão é central, conceitual, ou seja, PARA QUÊ SERVEM AS BIBLIOTECAS?

                            As bibliotecas tem estado cegas e surdas, não falam e não ouvem há muito tempo. Não dão palestras, quando há tantos milhares de assuntos a discutir e expor. Os livros apenas ficam lá, à espera de algum necessitado. São depósitos de livros, sempre na defensiva, como se estivessem eternamente à espera de um milagre do aparecimento do LEITOR IDEAL.

OS SENTIDINTERPRETADORES EXTERNINTERNOS DAS BIBLIOTECAS

·       Visão das bibliotecas (olhando nas necessidades do mundo e reagindo a elas instantaneamente; isso é possível, agora, com a Internet de banda larga e larguíssima, verdadeiras trombas de elefante disponíveis nas universidades e institutos governamentais);

·       Audição das bibliotecas (fazendo enquetes, para saber o que pensam os usuários);

·       Paladar das bibliotecas (gostar de servir, colocar gente amorosa no atendimento, no acompanhamento, na triagem de livros e serviços especiais, ligados a pesquisadores e às comunidades, às necessidades das elites e do povo);

·       Olfato da bibliotecas (cheirar o que há, aquilo que pode haver, sentir os ventos que estão vindo, apurar a sensibilidade ao máximo);

·       Tato das bibliotecas (colocar-se a serviço SENSÍVEL das gentes todas, com extrema sensibilidade).

A LÍNGUA DAS BIBLIOTECAS

·       Línguas de duas mãos, ir-e-vir, falar-e-ouvir: chamar os pesquisadores teóricos e os desenvolvedores práticos para falar dentro das bibliotecas, OUVIR; ir aos departamentos falar das facilidades ofertadas.

A Biblioteca geral não é um empreendimento qualquer, nem medíocre; é uma das maiores aventuras da humanidade. Não pode ser tratada como uma qualquer, uma vadia que fica no poste à espera de freguês. Não é uma prostituta, é uma dama nobre, de grande envergadura ou capacidade. Os governempresas têm tratado-a com extremo desprezo, apenas porque são boçais e não entendem a largueza ou abastança das potências.

              Vitória, quinta-feira, 5 de agosto de 2004.

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