A Biblioteca Viva
Fala e Ouve
UM EXEMPLO DE FUNCIONAMENTO DAS
BILIOTECAS NA Internet
Oficina no
Festinbonito discute funcionamento de bibliotecas - Quinta-feira, 22 de Julho de 2004 - 11:39
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Especialistas da Biblioteca Nacional
estão aproveitando o 5º Festival de Inverno de Bonito para capacitar os
funcionários das bibliotecas municipais. O Governo de Mato Grosso do Sul
publicou, na semana passada, em Diário Oficial do Estado, a criação do
Sistema Estadual de Bibliotecas com o objetivo, entre outros, de coordenar a
execução de uma política estadual de informação e leitura pública.
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Mas
a questão é central, conceitual, ou seja, PARA QUÊ SERVEM AS BIBLIOTECAS?
As
bibliotecas tem estado cegas e surdas, não falam e não ouvem há muito tempo.
Não dão palestras, quando há tantos milhares de assuntos a discutir e expor. Os
livros apenas ficam lá, à espera de algum necessitado. São depósitos de livros,
sempre na defensiva, como se estivessem eternamente à espera de um milagre do
aparecimento do LEITOR IDEAL.
OS SENTIDINTERPRETADORES
EXTERNINTERNOS DAS BIBLIOTECAS
·
Visão das bibliotecas (olhando nas necessidades do mundo e
reagindo a elas instantaneamente; isso é possível, agora, com a Internet de
banda larga e larguíssima, verdadeiras trombas de elefante disponíveis nas
universidades e institutos governamentais);
·
Audição das bibliotecas (fazendo enquetes, para saber o que
pensam os usuários);
·
Paladar das bibliotecas (gostar de servir, colocar gente
amorosa no atendimento, no acompanhamento, na triagem de livros e serviços
especiais, ligados a pesquisadores e às comunidades, às necessidades das elites
e do povo);
·
Olfato da bibliotecas (cheirar o que há, aquilo que pode
haver, sentir os ventos que estão vindo, apurar a sensibilidade ao máximo);
·
Tato das bibliotecas (colocar-se a serviço SENSÍVEL das
gentes todas, com extrema sensibilidade).
A
LÍNGUA DAS BIBLIOTECAS
·
Línguas
de duas mãos, ir-e-vir, falar-e-ouvir: chamar os pesquisadores teóricos e os
desenvolvedores práticos para falar dentro das bibliotecas, OUVIR; ir aos
departamentos falar das facilidades ofertadas.
A Biblioteca geral não é um
empreendimento qualquer, nem medíocre; é uma das maiores aventuras da
humanidade. Não pode ser tratada como uma qualquer, uma vadia que fica no poste
à espera de freguês. Não é uma prostituta, é uma dama nobre, de grande
envergadura ou capacidade. Os governempresas têm tratado-a com extremo
desprezo, apenas porque são boçais e não entendem a largueza ou abastança das
potências.
Vitória,
quinta-feira, 5 de agosto de 2004.
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