segunda-feira, 5 de novembro de 2018


Programa de Mobilidade Urbana

 

Um daqueles deputados que nada têm para fazer em Brasília decidiu que já estava há várias legislaturas sem fazer uma lei sequer (quando no Brasil, depois da constituição federal de 1988, foram feitas até 2012 nada menos que 4,2 milhões delas nos três níveis), decidiu que tinha porque tinha de fazer pelo menos uma para os eleitores não desconfiarem.

Decidiu fazer a lei do Programa de Mobilidade Urbana.

Um colega cutucou que já existia, era o que pretendia alterar os transportes coletivos, por exemplo, no ES o TRANSCOL (transporte coletivo).

PMU

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Primeiro foi o Programa de Imobilidade Urbana.
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Ele decidiu mudar para não ficar igual e colocou o Programa de Urbana Mobilidade, logo no Brasil, que é tarado por siglas. Ficou PUM, que no país significa peido. O pessoal não perdoou: cadê o peido do Nicanor?

PUM pra lá, PUM pra cá.

Nicanor até que gostou, colocava o nome dele na boca do povo, quer dizer, no nariz do povo, projetava, dava fama.

E procurava explicar que o PUM dizia respeito a mover A CIDADE, entende? A moraria na casa de B, que moraria no bairro de F e assim por diante, todo mundo mudaria de casa e sentiria na pele o que eram as agruras do próximo, passando a amá-lo muito mais ou pelo menos a amá-lo.

AS donas de casa, sempre muito zelosas com suas arrumações, sempre muito cuidadosas com seus objetos, sempre protetoras, ficaram irritadas, até porque o projeto não pagava o transporte para levar e trazer, tinha de ficar tudo no lugar; e, claro, os outros estragavam, não cuidavam tanto quanto elas. O que tinham área menor, ao ir para área maior não queriam voltar, enquanto na situação inversa os outros se sentiam diminuídos e trancafiados.

Desacerto total.

As mulheres se irritavam, cutucavam os homens, que não trabalhavam direito; as crianças ficavam com caras de poucos amigos, até porque perdiam os antigos e ainda não tinham adquirido os novos quando deviam mudar de novo.

As mulheres fizeram um panelaço com palavras de ordens ofensivas:

- PUM, PUM, PUM, NICANOR TEM BODUM.

Quiseram pegar Nicanor no bailão a que ele foi.

Então a lei atingiu os ricos, que a bem da sociedade tinham de sair de suas mansões no Morumbi para as favelas de São Paulo.

Rapidamente descobriram que Nicanor estava envolvido nos escândalos da importação de calcinhas embebidas em cocaína, operação ligada ao Cachoeira e ao Cartel de Cancun. Não adiantou Nicanor dizer que nunca nem tinha ouvido falar de Cancun, não conhecida o Cachoeira da Fumaça, passava longe de Coca e Pepsi.

Numa rara operação combinada bem-sucedida da PF e do Congresso ele foi indiciado, julgado por falta de decoro parlamentar, preso por seis anos, sem sursis. Vai sair daqui a dois meses.

Serra, quinta-feira, 28 de junho de 2012.

Pratiquescola

 

Com tudo isso de ser superior aqui, superior ali, “fazer pós” (não é o pessoal das drogas que usa pasta básica para processar cocaína, “pó”, é a turma da “pós-graduação”, como se fosse passar blush), as pessoas - no intuito permanente de se engrandecerem, ganhar mais, vivem no bem-bom, enricar, “encimar” (para criar um novo verbo: ficar acima dos outros), “furar a bolha de cima” - querem a superioridade e vão aos cursos universitários.

Leia a cartilha Prisioneiros das Cidades em 175 + 3 Cartilhas para ver como não há jeito de as pessoas saírem das cidades, mesmo que teoricamente possam: não arranjariam emprego em Cingapura, não seriam aceitos pela imigração no Canadá, não teriam dinheiro para viver no México, não levariam os amigos ao Egito, não levariam os conhecimentos de farmácias, supermercados e lojas a Porto Seguro.

Em resumo, não há como mudar.

E há o preço das passagens e estadia lá longe. Na prática, mesmo, só 1 % (um em 100) ou menos, 0,1 ou 0,01 % (um em mil ou um em 10 mil) poderiam ir agora mesmo, neste instante, por exemplo, Eike Maravilha, Bill Gates, Carlos Slim e outros que comandam o mundo.

O resto apenas sonha.

Ganhamos os cursos universitários (o que foi maravilhoso) e perdemos aquela independência antiga de saber uma ou mais profissões antigas, por exemplo, curtir couros ou fazer macramê ou dobraduras japonesas ou cozinhar ou costurar ou isso e aquilo. Os homens não tinham acesso às habilidades femininas, mas as mulheres perderam os acessos que tinham.

NA PRÁTICA AS ESCOLAS

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ONDE

GOVERNAMENTAIS
EMPRESARIAIS
SENAI
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SESI
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SENAC
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SESC

Cursos de eletricista, tinturaria, jardinagem, pintura de casas, arranjos florais, tricô e crochê, bombeiro hidráulico, pedreiro, marceneiro, vidreiro, congelador de comidas, cozinheiro e outros. Principalmente se for para prazer, para temperar o corpo e a mente, para acalmar.

Ficamos indefesos, não sabemos fazer mais nada que dê sustentação básica à vida. Para tudo (exceto nossa profissão) dependemos de terceiros. A sociedade é um sistema super-poderoso que nos deu coisas de grande primor, atribuída sua construção longinquamente a uma rede produtivorganizativa cujo controle está fora de suas mãos.

Do que consumimos quanto sabemos fazer?

A maioria de nós nada mais sabe fazer, inclusive cozinhar, porque compra as comidas prontas.

Os sensos nacionais não investigam o que as pessoas conseguem realizar e se investigassem depararíamos com o fosso de nossa ignorância. Conforme cresceu a especialização decresceu a generalização.

Se fosse reunida uma comunidade de 60 famílias, 240 indivíduos, há enorme chance de a grande maioria ser formada em um ou mais cursos superiores, sem qualquer aporte prático para a vida independente.

Se subitamente a tecnociência recuasse 80 anos, 95 % ou mais das pessoas morreriam (sem nenhum vírus, bombas PEM, bombas nucleares ou qualquer ofensa guerreira) meramente porque nada mais saberiam fazer. Mal e mal cozinhariam, mas não saberiam plantar.

Serra, quarta-feira, 27 de junho de 2012.

Prábola

 

Praça-bola.

Era redonda, circular na base e hemisférica para cima. Entrava-se pelo norte e sul, leste e oeste. Do lado de dentro as quatro ruas separavam arcos de várias circunferências concêntricas, com ruas circulares. Tratava de tudo de bola, daquela de futebol às de ping pong, de basquete a de futebol americano, toda espécie dela.

Não havia dúvida, se era redonda tinha lá. Virou dito popular: “Vá à redonda”. Qualquer coisa que você quisesse, tinha lá. Livros sobre esportes, mas não só. Indicavam as fábricas, os que tinham participado dos esportes e praticado, os que teorizaram, as empresas.

E “prá-bola” dava ideia de “para a bola”, a favor dela. De fato, aquela gente vivia para isso.

DICIONÁRIENCICLOPÉDICO DA BOLA

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Centenas e centenas de lojas.

E havia as palestras ao vivo, bem como documentários e todo tipo de filme que era passado para os freqüentadores. Quem nunca foi lá não tem nem ideia da quantidade de gente que gira em torno das bolas. É muito mesmo, você precisa ir lá, fica em Carapina, na Serra, perto do Parque Estadual Luciano Varejão.

Praça de alimentação, é lógico, cinemas, era um shopping completo do mais alto significado. Vídeo-conferências, jogadores que eram convidados, técnicos, sala da fama, olheiros dos times, empresas patrocinantes, do lado de fora um estádio poliesportivo com todas as modalidades, até uma escola esportiva, biblioteca e museu, coisa fina.

O Governo geral é coisa ruim por natureza (sou anarco-comunista), mas por vezes faz coisas boas, uma aqui e outra acolá, acho que há gente boa em toda parte.

Gostei, voltei, fiquei freguês, até que tive de mudar de cidade por razões de serviço. Sempre que vou ao ES vou lá.

Uma beleza.

Dessa vez acertaram.

Serra, quinta-feira, 14 de junho de 2012.

Possessão

 

O professor de psicologia entrou espumando no laboratório de humanidades.

- Quem fez essa cagada?

- Calma, professor.

- Que cagada?

- Não se faça de desentendido comigo, senhor Ix.

- O que eu fiz, professor?

- O senhor e sua turminha de fedidos, o senhor Xix e a senhora Xiv ultrapassaram toda medida!

- Mas professor...

- Nada de mas. Eu falei repetidas vezes que não era para abusar. No máximo eles usam 30 % de sua capacidade de memória, raras vezes, raríssimas vezes mais que isso, no geral 10 %, grande parte 5 %. É porisso que podemos pegar o remanescente para computação paralela dos nossos programas. E – riu com ironia – agora que são 7,0 bilhões está sobrando, para que abusar? Nos tempos de nossos avós, quando eram apenas milhares ou centenas de milhares e tínhamos de usar os animais e os primatas, era bem pior. São as crianças de hoje.

Ix e sua turma não sabiam onde enfiar as cabeças.

O professor continuou descendo o malho.

- Com tanta capacidade de processamento assim, por quê ir aos limites?

Ninguém respondeu, todos estavam atrapalhadíssimos.

- É por essas e outras que usamos pouco. Agora, se você pegar 5 % de cada um, vezes milhares de cada um, são milhares de por cento que bem administrados podem produzir muito, concordam?

Todos balançaram as cabeças apressadamente, querendo adular o professor.

- Agora, se você usar 10 ou 15 % numa necessidade extrema dá para entender, é muito, mas por pouco tempo, não causa trauma. Se passar de 30 % complica demais, ninguém faz isso, só idiotas (e ele frisou o “idiotas”). O cérebro deles é dividido em três partes, segundo os teóricos deles, mas abaixo há outros dois, que eles chamaram de cérebro mamífero (na realidade, primata) e cérebro reptiliano (que é o animal propriamente dito). Acima está o cérebro humano. Se você usa muito do humano, ele empurra as tarefas para os níveis mais baixo, onde as divisões não estão bem estabelecidas e as pessoas começam a “falar em línguas”, começam esses estranhos procedimentos que os religiosos deles chamam de “possessão”, caminhando para investigações chamadas “exorcismos”. Está no nível religioso-teológico, mas se chamar a atenção dos ideólogos-filósofos e dos técnicos-cientistas a coisa toda vai feder, porque vão começar a investigar e aí, como ficamos?

Os garotos e meninas alienígenas estavam sem saber onde colocar as várias cabeças de cada qual.

Era embaraçoso só de ficar olhando-os, dava dó.

- Quem foi o jerico que começou isso?

OS VÁRIOS CÉREBROS HUMANOS

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ReptIliano
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Mamífero
Neocórtex
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Freud era um iceberg.

Eles estavam derretendo de vergonha, queriam afundar no chão e nunca mais ser vistos.

- Agora eles têm mídia, divulgam. Vocês têm de entender a situação e prometer (não é para mim ou para seus progenitores, tem de prometer para si mesmos) que não vão mais fazer essas besteiras. Eles começam a ter pesadelos, a grunhir, a fazer as coisas mais esquisitas, vou passar uns filmes, não vão rir e achar que eu perdoei vocês.
Serra, terça-feira, 19 de junho de 2012.

Porto Galo

 

As pessoas dizem que Portugal veio como etimologia de Portus Caius, o Porto de Caio Júlio César que efetivamente esteve lá e esteve na Espanha e na Inglaterra.

CÉSAR ESTEVE EM PORTUGAL?

Com as invasões romanas, nomeadamente após o consulado de Caio Julio César, que viria a ser o primeiro imperador de Roma, e que aqui esteve como governador da "Ulterior" no século I AC, todo o norte de Portugal foi ocupado e pacificadas as cidades dos lusitanos, incluindo o Castro Calbo, Castro de Romariz, etc.
Chegada dos Gregos (Século VII A.C. )
Chegaram no século VII A.C. Fundaram colónias no Mediterrâneo, como Massilia (Marselha), Dianium (Dania), Zacunthos (Sagunto).

É bem mais possível que seja Porto Galo, dos galos, essa raça que existia na Península Ibérica e foi parar no País dos Galos, tanto a Gália (Cisalpina e Transalpina; vistas de Roma a Gália Cisalpina era a que ficava aquém dos Alpes e a Transalpina era a situada depois) quanto na Grã-Bretanha os ().

E tudo em Portugal tem um galo, inclusive o Azeite Galo.

OS GALINHOS PORTUGUESES

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Seria preciso que os geo-historiadores debatessem.

DÊ-BATE (as discussões rendem frutos, então são árvores)

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Faria mais sentido o que diz a Rede Cognata, pois galo = CELTA = GALÍCIA = GREGO e segue.

A PRESENÇA DOS GALOS NA EUROPA

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País dos Galos, Grã-Bretanha.
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Portogália.
Gália francesa.

BRIGA DE GALOS (as esposas dos galos seriam as galinhas e os lugares de briga as rinhas) – as guerras dos galos (Vercingetorix foi um, Viriato o outro)

Viriato, herói português contra os romanos.
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Vercingetorix, herói dos franceses contra os romanos.
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Serra, sexta-feira, 22 de junho de 2012.

Política do Olho-no-Olho

 

Zé Maria Cabeça Feia era adepto da programação neurolinguística e de olhar olho-no-olho e dizer diretamente o que pensava.

Porisso ficou diante do espelho e olhando sua imagem firmemente olho-no-olho começou a se doutrinar:

- Você acredita no programa do partido.

- Acredita firmemente nas mentiradas dos governantes do Executivo, dos políticos do Legislativo, dos juízes do Judiciário que mentem.

- Acredita que os empresários trabalham pelo bem do Brasil e não sonegam.

- Acredita nas criancinhas, assim como Pelé.

- Sem dúvida nenhuma acredita que dias melhores virão, inclusive acredita nos resultados positivos do Fome Zero e no Programa Minha Casa, Minha Dívida.

- Acredita que não há desvio de verbas e de verdes.

- Acredita nas medições das rodovias pelos órgãos do governo que vigiam as empresas de terraplenagem e asfaltamento.

- Acredita que os pedágios são para o bem do povo.

- Quando alguma criança perguntar dirá que acredita em Papai Noel e na Fada dos Dentes, bem como nos dentistas.

- Acredita que os governos nada têm a esconder.

- Acredita que foram mesmo os terroristas árabes que derrubaram as Duas Terras.

- Acredita na composição dos custos do petróleo e que a gasolina não pode ser vendida mais barata.

- Acredita n’O Petróleo é Nosso e não dos petroleiros da PETROBRAS.

- Acredita que o Congresso algum dia vai conseguir prender e manter preso algum congressista.

- Acredita em Georgina, no juiz Lalau, no Jader Barbalhão, no Zé Dirceu e em tantos outros.

- Acredita que não há superfaturamento.

- Acredita que o governo não gasta muito, e mal.

- Acredita em tudo que conversamos ontem e antes de ontem e durante este mês todo.

- E se não acredita guarde para si e apenas balance a cabeça.

- Aperte as mãos e sorria, diga que ama o povo e as criancinhas, que zela pelos desfavorecidos e pelos deficientes. E quando estiver no exterior vivendo no bem-bom à custa do povo, dirá que está buscando novos investimentos.

- Amén.

- E, sobretudo, não se deixe pegar. Se for pego negue sempre. Se for preso não tema gastar da poupança para ser solto porque há muito mais a pegar. Acredite nisso.

Serra, quarta-feira, 20 de junho de 2012.