quinta-feira, 4 de outubro de 2018


Índice

 

O Tempo que Demoramos a Chegar à Altura de Silas

 

PASSO A PASSO

 

PLURIVERSO
  1. Pluriverso
  2. E-Bola e T-Bola de Modulação
  3. Campo de Sementes
  4. Esta Semente, Este Universo
LONGE
  1. Milagre
  2. Os 180 Primeiros Segundos
  3. Big Bang e Little Bang
  4. Godel
  5. Matemática
  6. Inflação de Fazer Inveja ao Governo Brasileiro
  7. Super-Ar
  8. Aglomer-Ar
PERTO
  1. Galáxia
  2. O Sim e o Não que Balançam o Berço
  3. Névoa Estelar
  4. Terra à Vista
MINHA TENTATIVA DE EXPLICAR
  1. Balde Cosmogônico
  2. Modelo Pirâmide
  3. As Três Pirâmides que Precisamos Conhecer
  4. Base Física
  5. Base Química
  6. Base Biológica (fungos, plantas, animais e primatas)
  7. Base p.2
  8. Base Psicológica
  9. Base p.3
  10. Informática-p.4, Cosmologia-p.5, Dialógica-p.6
  11. Cosmologia e Astronomia
  12. Geologia
  13. Paleontologia
  14. Antropologia
  15. Arqueologia
  16. Geo-História
  17. As Tecnartes São Psicologias
  18. Os Setes Níveis a Conduzir
  19. Google, GE, Wiki, e-books
ONDE VOCÊ PODE TENTAR VER
  1. Livros: www.joseaugustogava.com
MAIS COLOCAÇÕES
  1. Muita Piada
  2. Museus e Bibliotecas da Psicologia
  3. Einstein e Koestler
  4. Einstein e Newton
  5. Einstein e Bohr
  6. Einstein e Bose
  7. Bandeira Elementar e Outras Bandeiras
  8. Os Alfas e os Analfas, da Idade da Letra Lascada até a Idade do Bitotal
  9. Ecologia e Egologia
  10. Internet e Telefonia
  11. Humana Comunhão
  12. O Congresso da Vida e da Psicologia
  13. Comunhão da Vida e da Psicologia
  14. Os Novos Seres
TUDO CONVERGINDO PARA ISTO
  1. Yuki e Silas Chegam
  2. Silas Adulto e Criança

Serra, 2012.

Romântica Falsificação


 

Conn Iggulden escreveu tanto O Imperador (sobre Caio Júlio César) do qual falarei, quanto O Conquistador (sobre Temujin, Gêngis Kahn) que estou lendo, ambos em quatro volumes. Em termos de trabalho é um portento, bastante volumoso, mas em termos de “romance histórico” é falsificação.

Tudo tem coisas boas e ruins, vejamos as boas.

O LIVRO


TÍTULO
PÁGINAS
VOL
PUBLICAÇÃO ORIGINAL
PUBLICAÇÃO BRASIL
Os Portões de Roma
377
1
2003
2006, 6ª edição
A Morte dos Reis
501
2
2004
2006, 2ª
Campo de Espadas
487
3
2005
2006, 2ª
Os Deuses da Guerra
416
4
2006
2011, 4ª
TOTAL
1.781 PÁGINAS

É obra extraordinária por qualquer medida.

Demorado para ler, muito mais para escrever.

Sei por experiência que cada página escrita (vou pensando enquanto vou escrevendo) significa 40 minutos, para ele 40 minutos/página x 1.800 páginas = 72 mil minutos, aproximadamente 1,2 mil horas ou 150 dias de oito horas, direto, fora as pesquisas. Naturalmente, com as atividades intercaladas demorou vários anos, você pode ver acima que o primeiro foi publicado em 2003 na Inglaterra e o mais recente em 2006, quatro anos, o primeiro tendo sido escrito provavelmente em 2002. Enfim, gastou muito tempo, mesmo com auxílio de pesquisadores, fora os anos de preparação mental, etc.

FALSIFICAÇÃO DOS PERSONAGENS


PERSONAGEM
VIDA (a.C.)
FALSIFICAÇÃO
Caio Júlio Cesar
100 a 44, foi imperator (chefe do exército) e não imperador.
Iggulden o faz participar da batalha de Pompeu Magno contra Espártaco (conhecida como Guerra dos Escravos, Terceira Guerra Servil, Guerra dos Gladiadores; César teria 30 anos), o que não está comprovado.
Espártaco
120 a 70
Liderou 100 mil escravos e gladiadores, mas no livro aparecem quantidades variadas.
Caio Mário
Talvez 150 a 86
Iggulden fá-lo morrer nos muros de Roma, assassinado por Sila e seus soldados infiltrados durante a guerra civil. Na realidade ele fugiu para a África e voltou. Fê-lo tio de César, quando a esposa dele é que foi tia (Júlia Cesaris, - a 69).
Marco Junior Brutus
85 a 42: Um dos assassinos de César, foi adotado por ele (o livro Contos e Lendas, Heróis e Vilões da Roma Antiga, Jean-Pierre Andrevon, São Paulo, Cia. Das Letras, 2004, original de 2001, página 160, diz “Outro vínculo prendia esse jovem a César: É filho seu, que ele teve de uma primeira e breve união com uma jovem romana...”). Naturalmente os filhos naturais eram adotados.
Fê-lo contemporâneo e amigo de César, de mesma idade aproximada, sendo de fato 15 anos mais novo. No livro de Iggulden é filho de Servília (realmente amante de César até o fim da vida).
Servília
Cepião
112 a 42, 12 anos mais velha que César, foi sua amante, morreu dois anos depois dele, com 70 anos entre datas.
Aparece como dona de prostíbulo, 15 anos mais velha que César, no final conspirando pela morte dele (provavelmente verdadeiro, em razão de alguma rejeição e ao filho dela e dele, Brutus).
Lúcio Cornélio Sila
138 a 78: morreu de cirrose no campo.
Fá-lo morrer assassinado por fictício escravo de César.
Cornélia Cina
94 a 68: mais nova que César seis anos, tem Júlia com ele e morreu aos 26 anos no parto de menino natimorto.
Ela é morta na vila de campo de César por assassinos contratados. É mais velha que César vários anos.
Marco Licínio Crasso
115 a 53, quando o pai de César morreu aos seus 14 anos teria 29, não era tão mais velho. Homem riquíssimo.
Aparece como general fracassado, mas a história da Wikipédia diz que foi ele que venceu as tropas de Espártaco em 71.
Cneu Pompeu, Magno
106 a 48, apenas seis anos mais velho que César, casou-se com a filha deste, Júlia, em 60, com 46 anos.
Aparece como tendo 15 anos ou mais que César.
Cleópatra VII
69 a 30, quando César morreu em 44 tinha 25. Teve com ele o filho Cesário, morto por Otaviano em seguida.
 
Caio Júlio Cesar Otaviano, Augusto
63 a.C. a 14 d.C., quando César morreu em 44 teria 19 anos, foi adotado por este. Foi realmente o primeiro imperador em 27.
Filho de Átia, sobrinha (que aparece como sendo mulher pobre) de César. O autor o coloca participando da Guerra da Gália de 58 a 51, quando teria apenas cinco a 12 anos.
Marco Antônio
83 a 30: 17 anos mais novo que César.
 
Pompéia Sila
Neta de Sila, o mesmo que queria matá-lo anos antes, casou-se com ela em 67, repudiando-a depois.
 
Calpúrnia Pisão
77 a – (casou-se com César em 59).
 

O que penso disso é que se você torcer bastante, o liquidificador que tem pás e o cortador de grama que também tem pás parecerão os mesmos sob a “liberdade poética”.

Isso não é história, história é a BUSCA da verdade (embora como racionais nunca cheguemos a atingi-la totalmente). Pelo menos a busca e não a subversão. Pode-se nos “romances históricos” interpolar entre os fatos conhecidos, mas não se pode distorcê-los. É errado fazer assim, porque esta geração de Internet, deslocada das buscas mais profundas, acreditará, sendo depois difícil desfazer os erros.

Esse é o lado ruim dos livros dele.

Quanto a O Conquistador sabemos menos de Gêngis, porisso pode parecer verdadeiro lá.

Serra, domingo, 08 de abril de 2012.

Revivendo o Mundo

 

ESTOU MORTO PARA ESSE TRISTE MUNDO ANTIGO (diz Taiguara na música)

Universo no teu corpo
 
Eu desisto
Não existe essa manhã que eu perseguia
Um lugar que me dê trégua ou me sorria
E uma gente que não viva só pra si
Só encontro
Gente amarga mergulhada no passado
Procurando repartir seu mundo errado
Nessa vida sem amor que eu aprendi
Por uns velhos vãos motivos
Somos cegos e cativos
No deserto do universo sem amor
E é por isso que eu preciso
De você como eu preciso
Não me deixe um só minuto sem amor
Vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se unem em versos à canção
Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
Vem, vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se unem em versos a canção
Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
São teu corpo amante amigo em minhas mãos.

Assim como estamos mortos para o mundo antigo, o mundo antigo está morto para nós.

Os romanos de antes de 476 não morreram quando chegou esta data, mas a Antiguidade foi efetivamente transformada pelo cristianismo que, como já disse, durante esses quase mil anos de Idade Média mudou a forma de proceder, fazendo com que as elites aceitassem o povo, pensando em fornecer produtos e ideias, o que foi culminar com o escancaramento de Gutenberg, o funil das experiências e das letras ao inverso. O povo passou a ser aceito como fazendo parte da mesma humanidade; depois foram as mulheres, a seguir as crianças, os velhos, os negros, os escravos e toda gente. Isso ampliou tremendamente o mercado, criando um círculo virtuoso e abrindo o conhecimento a todos que o buscassem (infelizmente o povo não procurou).

Para a Idade Média a Antiguidade estava morta.

Do mesmo modo, para a Idade Moderna a Idade Média tinha desaparecido enquanto interesse.

Embora não haja ainda futuro, podemos estimar que para ele, quando chegar, este presente - tendo se tornado passado – terá morrido.

Para todos os efeitos, como disse Krishna a Arjuna todos de agora já estamos mortos; as bandalheiras que acumulamos e passamos a considerar coisas corriqueiras nos afundaram no precipício. Não fui eu a fazer, nem foram vários outros, mas coloco “nós” porque efetivamente foram os seres humanos de agora cavamos nossa sepultura, matamos o mundo.

Imagino pode “ver” conjunções de daqui a 30 ou 20 anos, que as pessoas só enxergarão daqui a 20 ou 30 anos: em 1977 tive a sensação de 700 a 2.000 milhões de mortos e depois, por mais que fizesse, só piorou até chegar agora a 6.000 milhões. Será verdade? Não saberemos até que aconteça (ou não). Em todo caso, a previsão desde 1997 é de crise em 2019 na China e guerra mundial em 2029.

Quase ninguém sabe que o mundo está morto (se é que está mesmo) e quando digo que devemos revivê-lo isso certamente parece loucura. Sei que está morto, sei que é preciso revivê-lo, sei que isso será feito pelo amor e pelos amorosos. Como disse Krishna no Bagavad Gita, “todos eles estão mortos” (estão mesmo, mas ainda assim é difícil combatê-los).

Reviver o mundo passa por esse (exaustivo) combate.

Serra, sexta-feira, 18 de maio de 2012.

Próximo de N’Eu


 

N’Eu é não-eu.

O que é o não-eu?

O modelo pirâmide foi bem claro.

AS PESSOAMBIENTES


 
AVANÇOS
Pessoas
Indivíduo-eu
 
Família
 
Grupo
 
Empresa
 
Ambientes
Cidade-município
 
Estado
 
Nação
 
Mundo

O EU, por sua vez, não é mais o eu-antigo eu-NEMAY (neandertais de Eva Mitocondrial e Adão Y) de 300 mil anos ou o eu-CROM (cro-magnon, homo sapiens sapiens) de 80 mil anos, é o eu-sobreposto de todos aqueles avanços.

Assim, o “self”, que está separado de tudo e morre solitariamente, não existe SEM INFLUÊNCIA e SEM RETRANS (reforma-transformação): ainda é solitário, ainda é a separação primeiro-gerada, mas não é mais isento de mudanças como no surgimento, é o eu-transformado.

Deste modo, ainda que os japoneses e os chineses estejam nos antípodas geográficos e comportamentais enquanto civilizações, não deixam de ser eu-agora, eu pós-contemporâneo, eu-2012, pois que unidos a mim através de inúmeros laços. Embora não-eu, como tudo que se situa fora de mim, ainda são “eu”, pois me influenciam. Todos aqueles níveis estão próximos de mim: é irrecorrível. Não se trata mais do mundo antigo, antagônico, não-humano, apenas ambiente biológico-p.2, é ambiente psicológico que gera-para-mim, modifica-me.

Aquilo que está lá também está cá através da miscigenação de inumeráveis sinais: é isso que não foi captado. Foi essa a mensagem que não foi exposta em livro ENQUANTO BOMBARDEIO PESSOAMBIENTAL DE SINAIS. O mundo me ajuda e me castiga com a carga de sinais.

Nenhum livro nos mostrou a pressão insana diária e como metade da curva 50/50 do sino aceita e metade recusa tal bombardeamento (bem como os procedimentos padronizados ou não de aceitação ou recusa).

Como o organismo bio-psicológico humano-racional se posiciona diante desse choque diário com as informações MODIFICADORAS?

É isso que é irritante: que, havendo tantas pessoas no mundo, as coisas mais bobas ainda não tenham sido investigadas.

Serra, terça-feira, 17 de abril de 2012.

Os Professores da Escola do Amor

 

1º) a teoria da transmissão, denominada pedagogia, que adéqua o que vai ser transmitido à largura da ponte [relativa ao fluxo a estabelecer para fazer chegar a todos do outro lado - inferidos por estimativa, inclusive preditiva (a predição dizendo respeito aos primeiros interessados e à soma exponencial destes) - o teor da mensagem];

2º) a prática professoral, que é a do ensino ordenado de respostas frente à prática dos alunos, que é a do aprendizado caótico das perguntas.

PONTESCADA (ao mesmo tempo em que atravessa o abismo, sobe a escada rumo à-frente/superior dela)

PASSADO
Triângulo isósceles: PONTE A PASSAR
FUTURO
 
Derrocada atual
Regeneração
 
Desânimo presente
Ânimo posterior
 
Velho desamor
Novo amor
 
PESSIMISMO
OTIMISMO
 
 
DEGRAU SUPERIOR
DEGRAU INTERMÉDIO
DEGRAU INFERIOR

Ora, os pedagogos, OS FILÓSOFOS DA TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO devem conhecer ao mesmo tempo o passado, o presente e o futuro.

ENTÃO, DEVERÍAMOS TER ESTA SEQUÊNCIA

1.             Filosofia do amor (antes de tudo o amor deve soar como possível, depois como provável, a seguir como necessidade e adiante como convicção);

2.             Pedagogia do amor (a transferência leva em conta o emissor, o meio e o receptor: quem ama transfere como a quem?);

3.            Os professores do amor (os primeiros treinados para possibilitar, probabilizar a transferência) devem ser extremamente dedicados, porque – devemos lembrar – o amor tornou-se objeto de deboche).

4.            Os alunos do amor (estes vão sofrer inicialmente o desprezo dos depravados, dos devassos, dos desencaminhados, dos desnaturados, dos desvirtuados) devem aceitar o amor, que é fundamental, apresentado no presente como absurdo, o que passa a ser nos momentos de tremendo, de avantajado ódio.

Eis algo de tremendamente difícil atualmente, pois é como se os doentes debochassem dos médicos e biólogos.

O mundo tornou-se antro de perversão e malícia. Pagará o preço. Não que i Deus-Natureza esteja cobrando, é mais que fica dentro do sistema fechado e uma hora irrompe.

Serra, sexta-feira, 18 de maio de 2012.