quarta-feira, 26 de julho de 2017


Jóia Literária

 

                            As pessoas podem pronunciar levianamente essas palavras ou para expressar a convicção de que estão diante de uma obra prima enquanto criação literária, mas o que quero entender por tal refere-se à produção editorial.

                            FORMESTRUTURA EDITORIAL

·       Planejamento da forma, imagem ou superfície dos livros (o embrulho é a primeira propaganda; a capa é o empacotamento do texto);

·       Idealização do conteúdo, da estrutura ou conceito do Livro.

A IMAGEM DO LIVRO

·       Imagem externa (capa):

1.       Primeira capa;

2.       Segunda capa;

3.      Orelhas;

·       Imagem interna (miolo):

1.       Da catalogação bibliográfica (que é um bloco legalizado);

2.       Da introdução e da conclusão;

3.      Dos capítulos:

·       Um a “n”;

·       Das fotografias;

·       Das pinturas;

·       Dos desenhos;

·       Dos diagramas, etc.

Em resumo, como preciosidade que é o livro deve ser preparado visando a eternidade, de modo a durar para sempre, requisitando muita mão-de-obra e pensamento-de-obra superespecializados, de preparação longuíssima. Daí a proposta de criar mesmo uma companhia, uma empresa dedicada com esse nome Cia. JÓIA LITERÁRIA, terceirizando os serviços em grande estilo ou modelo, colocando uma verdadeira universidade para pesquisar todo tipo de coisa (papel, tinta, papelão da capa, couro, o que for). Amo tanto os livros que seria bom nos dedicarmos excelsa-mente, sobrenaturalmente a eles. As pessoas não vão saber de nada, nem vão se tocar de que por 10 dólares têm em mãos uma jóia de inigualável beleza. Que importância terá isso? Não é para o prazer deles, é para o nosso.

Vitória, quarta-feira, 22 de setembro de 2004.

Instituto das Uniões

 

                            TODAS AS UNIÕES

·       UNIÕES AMBIENTAIS

1.       Uniões de mundos;

2.       Uniões de nações (internacionalização, a globalização em curso);

3.      Uniões de estados (a federação brasileira é uma delas);

4.      Uniões de cidades-municípios (as regiões metropolitanas encaixam-se aqui);

·       UNIÕES DE PESSOAS

5. uniões de empresas (por adesão, ou por compra, hostil ou consentida – neste caso é o estupro empresarial);

6. uniões de grupos (são raras);

7. uniões familiares (chama-se grupalização, convivência familiar);

8. uniões de indivíduos.

Já disse noutros textos que os casamenteiros deveriam voltar, pois o mundo está se tornando cada vez mais complexo; está certo que a emoção deve mesmo intervir - nisto o Ocidente está trilhando o caminho correto –, porém a razão deve operar também, à moda oriental. Afinal de contas são mais de três bilhões de mulheres (para elas outro tanto de homens) com quem combinar. Quem é a melhor opção? Com tantos casamentos infelizes os governempresas deveriam estar dispostos a estudar a questão mais profundamente, proporcionando soluções compatíveis. Há 1,5 bilhão de famílias: de quais nos aproximaremos? Há muito maior número de opções mundiais agora. Há centenas de milhões de grupos e de empresas. Quais empresas deveriam se combinar? Quais as melhores para adquirir ou com as quais nos associarmos? Quais cidades dentre as 200 ou 300 mil teriam experiências e conceitos a partilhar vantajosamente? Quais poderiam ajudar outras? Do mesmo modo, estados e províncias (devem ser uns quatro mil). Sem estudos não é possível fazer nada.

Há a questão dos ambientes onde se está. Há as facilidades da Internet e da telefonia internacional, quando não dos Correios. Há um punhado de novidades no horizonte. Que interesses cada um têm? Que facilidades podem partilhar? Todos os bilhões de indivíduos existentes, com zilhões de interesses devem ser misturados PROVEITOSAMENTE para todos os lados envolvidos.

A PSICOLOGIA DOS CONJUNTOS A COMBINAR

·       Figuras (formas ou imagens; e razões, como formação escolar) ou psicanálises;

·       Objetivos ou metas ou psico-sínteses;

·       Produções ou economias (embora na amizade e no amor não deva ser o primeiro guia, a sustentação é fundamental em tudo);

·       Organizações ou sociologias;

·       Espaçotempos ou geo-histórias.

Você vê? São coisas demais a combinar. Ninguém pode fazer isso de orelhada, deve estudar profundamente, porque os sentimentos e as razões estão envolvidos. Não podemos mais continuar no mesmo nível de antes, o mundo se tornou complexo demais, exigindo uma empresa dedicada a isso, que pode ganhar muito dinheiro.

No início talvez seja motivo de chacota, mas logo se firmará como uma das opções mais visitadas, pois além de tudo temos pouco tempo para sondar as melhores amizades e as melhores ligações.

Vitória, segunda-feira, 27 de setembro de 2004.

Indústria Cinematográfica Indiana

 

                            Do que se sabe, a indústria de cinema na Índia tem feito POR ANO 700 filmes ou mais, quase dois por dia. Como não há quem possa fazer tantos, devem existir vários grupos; se cada equipe for capaz de realizar dois por ano são necessárias 350 delas ou mais, o que implica diretores, continuístas, fotógrafos, maquiadores, produtores, uma quantidade incrível de gente, porque por vezes, pelo menos nos grandes filmes de Hollywood, são necessárias duas mil pessoas, sei lá. Em todo caso é muita gente envolvida.

                            A ÍNDIA TOCA AS PESSOAMBIENTES

·       FOCANDO AS PESSOAS:

1.       Mirando os indivíduos;

2.       Observando as famílias;

3.      Olhando os grupos;

4.      Admirando as empresas;

·       FOCALIZANDO OS AMBIENTES:

1.       Contemplando as cidades/municípios;

2.       Apreciando os estados;

3.      Atentando para as nações;

4.      Experimentando o mundo.

Claro que 90 % ou mais de tudo que for apontado será da Índia - passado, presente e futuro. Nisso varrerão cinco mil anos de história do país e toda a sua geografia, bem como de sua redondeza, fazendo inclusive amigos na Ásia. Já que são 700 por ano, em vinte anos acumulação 14.000 filmes, o que esgota todo o horizonte, especializando os roteiristas, que deverão buscar fundo. Depois de varrer o passado e o presente, se voltarão para o futuro; classicamente é o próprio país que é posto nele, tornando-o imperialista. Assimilarão os países vizinhos, pelo menos artisticamente, através do cinema, melhorando sua compreensão deles. Como diz a notícia de um dos anexos, estão buscando cenários exteriores, que passarão a ser indianos – as pessoas pensarão que aqueles lugares ficam na Índia, porque sendo o país quase desconhecido, não se poderá atestar que não. Em resumo, com 21 mil filmes em 30 anos dá para fazer coisas “do arco da velha”; ao cabo de uma geração já será hora dos remakes, das refilmagens, que constituirão uma visão mais apurada que a anterior, passando-se à segunda geração da indústria.

Enquanto isso, que vemos no Brasil?

Os cariocas, que açambarcam a indústria cultural (não apenas cinematográfica) brasileira, são auto-referentes, miram os próprios umbigos, e batem palmas uns para os outros, todos vivendo do monopólio ou oligopólio cultural. Enquanto na Índia dois milhões de indivíduos estão diretamente envolvidos (quase três mil por filme), no Brasil são pouquíssimos. No Brasil, para emplacar dois ou três milhões de pagantes em vários anos de exibição é uma luta, que só os Trapalhões vencem; na Índia são 70 milhões de ingressos POR SEMANA: o absurdo de 3,5 bilhões por ano (quase 20 vezes a população do Brasil).

Enquanto o Brasil-carioca é de origem portuguesa a Nova Índia é filo-britânica, seguiu fielmente o modelo anglo-saxão, disparando na frente em tudo. Para terminar: o modelo auto-referente brasileiro não é bom; é preciso mirar o exterior – o exterior do Rio de Janeiro e o exterior do Brasil.

Vitória, domingo, 26 de setembro de 2004.

 

GRANDE FATURAMENTO EM TODOS OS SENTIDOS

Qual o país que mais faz filmes no mundo?
Adivinhe qual é a maior indústria cinematográfica do mundo? Aposto que você pensou nos Estados Unidos por causa de Hollywood, não é? Pois saiba que você está totalmente enganado... Na verdade, a maior indústria cinematográfica do mundo pertence à Índia!

 

BOLLYWOOD NA Internet (até deram nome para o lugar, semelhante a Hollywood, claro)

O Ministério do Turismo está mantendo contatos com o governo indiano e com produtores de cinema daquele país para divulgar o Brasil nos filmes de Bollywood, a maior indústria cinematográfica do mundo depois de Hollywood. O Ministério quer oferecer apoio logístico e até incentivos financeiros aos produtores indianos para que usem as paisagens brasileiras em suas histórias.

Índice Revolucionário

 

                            Nós sabemos que há revoluções.

                            Sabemos que tanto os catastrofistas (que exageram o papel das catástrofes) quanto os uniformitaristas (que superafirmam a importância da uniformidade) estão errados nas posições solitárias, polares. Existem tanto as revoluções, evoluções súbitas, quanto as evoluções, revoluções lentas.

REVOLUÇÕES PESSOAMBIENTAIS (as pessoas e os ambientes são os focos que disparam as revoluções)

·       REVOLUÇÕES PESSOAIS:

1.       Revoluções individuais (o indivíduo é o foco da mudança súbita, do salto revolucionário);

2.       Revoluções familiares (são elas que disparam a sucessão rápida de eventos);

3.      Revoluções grupais (certos coletivos podem fazer efervescer, como o Green Pace);

4.      Revoluções empresariais (de fato, a Microsoft, com seu sistema operacional em constante evolução, provocou muitas mudanças através do mundo);

·       REVOLUÇÕES AMBIENTAIS:

1.       Revoluções municipais/urbanas;

2.       Revoluções estaduais (algum estado se projeta à frente, como a Califórnia);

3.      Revoluções nacionais (há o destaque de alguma nação, como a China agora, desde 1986);

4.      Revoluções mundiais (como existe só um planeta, não é possível apontar diferenças).

Sim, sabemos que há revolucionários, mas como apontá-los? Deveria haver uma pirâmide de base circular, com os degraus significando as distinções entre os revolucionários, com saltos exponenciais à Richter (da escala de terremotos) em qualquer base, digamos a 10, o seguinte significando dez vezes o precedente. O R6 significaria 106R1 e isso para cada pólo do Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática). Se soubéssemos que características tinham os conjuntos que promoveram revoluções saberemos focar para buscar e identificar QUAIS PROMOVERÃO, não apenas estando perto deles como também procurando apoiá-los e superapoiá-los, porque o futuro depende metade dos revolucionários e das revolucionárias soluções que encontram.

Vitória, quinta-feira, 23 de setembro de 2004.

Incidência de Flechas, a Fábrica da Geologia

 

 

                            Só depois de raciocinar sobre os componentes verticais (que balança o mundo, fazendo-o vibrar intensamente e acrescentando energia ao sistema termomecânico do manto, rebentando a crosta nos pedaços que são as placas tectônicas) e horizontal (que empurra as placas criadas para todo lado) é que pude ver que na realidade a componente vertical pouco nos interessa. Ela apenas balança o objeto celeste. Claro que é importante, mas não é fundamental. Ela mexe com o interior da Terra, mas não com sua imagem ou superfície; não nos afeta enquanto Vida geral.

                            É a componente horizontal que é fundamental.

                            Ela movimenta as placas para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo, fazendo-as inclusive girar; cria as cadeias ou os arcos de montanhas, levanta os Lobatos, planeja os continentes, institui todo ritmo de quem está em cima. A componente horizontal é a fábrica onde a geologia é montada.

                            Quando vemos as crateras pensamos em quão fundo foi a flecha, mas na realidade deveríamos pensar: QUÃO LONGE? O que ela fez na e à superfície? Não vivemos a três quilômetros de profundidade, nós dependemos de apenas 10 metros para cima e para baixo para tudo ou quase tudo, menos as minerações profundas de matéria prima e pilhas energéticas (petróleo, gás) e mesmo estas províncias são os componentes horizontais que criam. E é justamente isso que não vem sendo estudado “a fundo”, para fazer um trocadinho; esse é o estudo superficial mais profundo que podemos e devemos fazer, pois dele dependem 95 % ou mais do nosso futuro. Que tenhamos perdido tanto tempo com as profundezas é retrato de nossa falta de lógica e seriedade.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de setembro de 2004.

Igual Àquele que Passou...

 

                            As desatentas pessoas que dizem da igualdade dos objetos que olham certamente estão fazendo baixo aproveitamento.

O MAIS ATENTO DOS HUMANOS (que ficou conhecido como “O Obscuro”) – Heráclito de Éfeso, 540 a 480 a.C.

Os modernos historiadores do pensamento grego costumam tratar Heráclito como o primeiro filósofo a propor uma visão dialética do mundo. No século XIX, Hegel apontou-o como um precursor de suas próprias concepções. Heráclito nasceu em Éfeso, por volta de 540 a.C. Barsa Consultoria Editorial Ltda.

Embora o modelo tenha mostrado claramente que os dois lados valem, isto é, que a soma é CONSTRUTIVA/DESTRUTIVA 50/50, girando em torno do eixo ou zero como conjunto de pares polares opostos/complementares interpenetrantes, o maior dos otimismos foi sem dúvida o de Heráclito: o que está acontecendo acontece uma vez só e devemos prestar a maior atenção. Os que acreditam em Deus diriam que é uma dádiva, essa construção toda, a soma de tantos cenários. O rio que passou, passou mesmo, não será mais o mesmo no instante seguinte. Mas isso aprisiona, esse real MACIÇO, porque nos faz prestar atenção demasiada à realidade, daí ser necessário o outro lado, o ideal ou virtual. O RIO VIRTUAL fica como idéia em nossas cabeças. O ano que passou como um rio que foi embora com seus fatos, levando-os ao oceano do passado, também ficou enquanto lembrança ou idealiz/ação, ato permanente de idéia/lizar, trans-formar em idéia, ir além da forma ou do fenômeno para manter o conteúdo ou conceito.

Então, os que dizem que é “tudo igual”, por exemplo, que “as mulheres são todas iguais” não estão querendo valorizar ou dilatar as diferenças entre elas, as distâncias que provém do esforço pessoal e coletivo delas; essa diminuição não faz favor a ninguém, nem a elas nem aos homens. Pelo contrário, também erram-acertam os que afirmam que não há semelhanças, que cada uma é um caso à parte, uma singularidade – se fosse não saberíamos ver o que é comum.

O ano que está em curso não foi igual ao anterior, como diz a música brasileira, não sei se cantada por Zé Kéti: “este ano não será igual àquele que passou”. Será sim, em parte - e não será em outra - pois alguma coisa foi, ou não saberíamos sequer que foi ano, pois chamamos de “ano” a identidade.

O que quero dizer é que a realidade é complexa e felizmente ela comporta dois lados, podendo ser muito mais proveitosa assim.

Vitória, segunda-feira, 27 de setembro de 2004.

Hipácia

 

Hipácia é um motivo muito bom para filme.

1.       Primeira mulher astrônoma;

2.       Trabalhando em Alexandria, a primeira universidade (Biblioteca) e o primeiro laboratório (museu) do mundo;

3.      Existindo quando o cristianismo estava se tornando triunfante;

4.      Fez contribuições interessantes (outros motivos serão descobertos).

Pode-se abordar várias questões correlatas.

·       A relação dos gregos com os egípcios desde a chegada dos ptolomeus;

·       A evolução de Alexandria durante 750 anos;

·       A “vingança” dos cristãos vitoriosos contra seus antigos desafetos (miraram nitidamente Hipácia [noutros textos dizem que não foi]);

·       Os tempos de transição do poder ocidental para o poder oriental;

·       Outros.

Enfim, vale estudar e fazer um filme, para começar todo um estudo novo em volta dela.

Vitória, domingo, 26 de setembro de 2004.

 

HIPÁCIA NA Internet

A cidade de Alexandria foi fundada por Alexandre, o Grande, no ano de 332 a. C, e logo se tornou o principal porto do norte do Egito. Localizada no delta do rio Nilo, numa colina que separa o lago Mariotis do mar Mediterrâneo, foi o principal centro comercial da Antiguidade.

HIPÁCIA DE ALEXANDRIA, A GEÔMETRA

Por volta do ano 410 da era cristã, uma bela mulher, vestida com o manto especial dos filósofos caminha pelas ruas de Alexandria. Logo é parada por inúmeras pessoas que querem ouvi-la. Essa mulher era Hipácia, matemática e filósofa pagã, que na opinião do historiador americano Wil Durant, foi a mais interessante personalidade da ciência na época.
Hipácia de Alexandria (370 d. C. - Mar 412 d. C.)
"A vida é uma descoberta...e quanto mais longe viajamos, mais verdade conseguimos apreender. Compreender as coisas que estão à nossa porta, é a melhor preparação para compreender as que se encontram muito para lá dela."