quarta-feira, 26 de julho de 2017


Habilitando as Motos

 

                            O usuário vê a moto pelo lado do uso e da utilidade. O engenheiro projetista (agora é sempre um grupo vasto) pelo lado da técnica. O modelo apontou muitos lados.

TANTOS LADOS, Ó QUANTA ALEGRIA! Em cada canto ou vértice deste quadrado deve ser vista uma dupla do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática). No encontro das diagonais, a Matemática. Para os vértices converge tudo do campo de um funil, e tudo se dirige ao topo da pirâmide-dupla de base quadrada.


 

HABILITANDO AS MOTOS NO MODELO

·       Segundo os conhecimentos altos;

·       Segundo os conhecimentos baixos;

·       Para o mecânico na oficina;

·       Como investimento (dados econômico-financeiros são explicitamente necessários);

·       Como especificidade na Economia (para agropecuaristas/extrativistas, para industriais, para comerciantes, para prestadores de serviços – é o caso das entregas por motoboys – e para banqueiros);

·       Para cada Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias descritas acima, organizações ou sociologias, para cada espaçotempo ou geo-história);

·       Para as 6,5 mil profissões (não se podem fazer desenhos particulares para cada qual, mas pelo menos para os grupos e supergrupos);

·       Para operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas;

·       Para homens e mulheres, crianças e adultos, gordos e magros, altos e baixos, velozes e lentos, etc.;

·       Para quem vai lavar;

·       Para quem somente vê (como índice de beleza de um objeto quase perfeito); e assim por diante.

Vendo assim as motos estão muito longe de ter esgotado seu potencial, até onde as levaram os japoneses e orientais, depois que os americanos e europeus as abandonaram. Pelo contrário, a coisa mal está começando.

Vitória, quinta-feira, 23 de setembro de 2004.

Gravitando o Modelo

 

                            Era preciso que o modelo não tivesse assumido a forma debilitante que adquirirá se for reverenciado, o que teria constituído simultaneamente um índice de maturidade e apontamento da grandeza já atingida pela humanidade. Como está colocado é certo que a dimensão explosiva levará de roldão a resistência abstrata e concreta, isto é, dos teóricos e dos práticos, em tantas linhas de condução. Fatalmente orbitarão (orbitar = GRAVITAR = GIRAR = RODAR) o modelo, isto é, gravitarão em volta dele, tomando-o como centro.

                            Visando minorar o mal que essa debilitação causará em termos reverência indevida é preciso encarregar pessoas de dentro de se porem em estado de permanente vigilância, visando impedir a idiotização dos leitores, pois o que se deseja mesmo é andar para frente. Aplausos não fazem a peça boa ou ótima, apenas reconhecem a distância entre os espectadores e o autor; uma vez é legítimo, porque algum esforço foi feito, mas a bajulação, excesso de dependência, é indevida e inoportuna, já que esquece de prosseguir. O mundo não se resolve EM NINGUÉM, nem em nada isoladamente. É uma esfera e comporta os contrários como solução também.

                            Porém, é útil construir os círculos de estudos, até para sair deles o quanto antes; teria sido estúpido evitar orbitar Newton só porque isso traria nalgum momento do futuro dependência em relação a ele – pois se ele resolveu, a solução é bem vinda. Agora, Newton certamente não era o único, nem o único grande, e ficar toda a vida em volta dele seria idiotice. O mundo É GRANDE. Devemos aproveitar a conjunção de luz e limpidez e festejar o belo dia, sem querer permanecer nele, pois existe o amanhã, graças ao Céu. O modelo é um instrumento; ninguém vive para os instrumentos, os instrumentos são usados e postos de parte quando perdem a serventia. Isso fatalmente acontecerá com o modelo PORQUE a própria utilização dele trará seu ultrapassamento. Não devemos temer: tudo é bom enquanto dura. Tolos são os que não sabem aproveitar ao máximo a duração. Sábios os que extraíram felicidade tanto da presença dela quanto de sua ausência posterior. Mais sábios ainda são os que, prevendo o aparecimento, se preparam para a extração, no caso de ela realmente poder se dar.

                            Vitória, sábado, 25 de setembro de 2004.

Estimando as Dimensões dos Lobatos

 

                            Não posso (nem por enquanto ninguém pode, dado que demandará muito trabalho de medição, posto em décadas do futuro) dizer que dimensões possuem os Lobatos, mas tomando que cada um tenha metade de seu continente – exceto na Eurásia (geograficamente Europa + Ásia, mas abaixo tomado diferentemente), onde existem dois e é difícil até estimar – podemos dizer por ordem de grandeza quantos milhões de quilômetros quadrados têm.

APRECIANDO OS GIGANTES              (Fonte: Enciclopédia e Dicionário Koogan-Houaiss ou Almanaque Abril 2004 digital, ou lembrança)

LOBATO
MILHÕES DE KM2 (metade da área continental; percentual do TOTAL)
LA, Lobato da Austrália
3,84
LAF, Lobato da África
15,11 (20 %)
LAN, Lobato da América do Norte
10,65 (15 %)
LANT, Lobato da Antártica
6,50
LAS, Lobato da América do Sul
8,75
LE, Lobato da Europa
5,25
LEU, Lobato da Eurásia
22,09 (30 %)
TOTAL
74 MILHÕES

Não coincide com metade das terras emersas porque várias ilhas estão fora dos continentes. Nem tem qualquer significado maior colocar tais cifras, exceto o de mostrar que é muito e que uns Lobatos são maiores que outros. Alguém deverá fazer o levantamento correto. Além de quê na África não há cráton, então a área será muito maior. E na Antártica está coberto de gelo, porisso não temos a menor idéia. Também está faltando o levantamento das províncias de gás nos arcos de montanhas. Os três maiores somam 65 % e um está inacessível.

Podemos pensar em quanto cada um irá aproveitar, porque, por exemplo, o da Austrália é só dela. Se tivéssemos um índice, mesmo que aproximado, isso nos permitira ver como será o mundo futuro. Podemos tomar os km2 acima obtidos (o que por si só é falho) e dividir pelo número de países que irão beber diretamente dele. Por exemplo, o da Austrália é na tabela acima 3,84, mas só ela participa, de modo que divide por 1 = 3,84.

FAZENDO UMA AVALIAÇÃO GROSSEIRA DOS GRAUS DE LIBERDADE (o percentual do Lobato pelo número de países confrontantes)

LOBATO
BEBEDOR CONFRONTANTE
ÍNDICE
LAN, Lobato da América do Norte
Três
5,33
LA, Lobato da Austrália
Austrália
3,84
LAS, Lobato da América do Sul
11 (Equador e Chile estão excluídos, ficam no arco)
0,80
LEU, Lobato da Eurásia
45 países, não sei quantos participam
0,49
LAF, Lobato da África
53 países, idem
0,29
LE, Lobato da Europa
48 países, idem
0,11
LANT, Lobato da Antártica
Nenhum
---

Olhando apenas quantitativamente, parece que Deus privilegiou a América do Norte e a Austrália, DISPARADO. É claro que a análise não pode ser superficial assim, porque os dominantes (na Ásia a China, com a cumplicidade da Rússia Oriental) e nas Américas os EUA mudam o cenário. E se a Europa não tem um Lobato tão grande assim, a Rússia está coligada através da Rússia Ocidental; e de todo modo ela têm tecnociência de sobra.

Mas você entendeu. DE PLANO, assim logo de cara nitidamente a Natureza beneficiou os anglo-saxões. As posições mais confortáveis de todas são a da Austrália e a da América do Norte, embora neste caso seja só média, tudo dividido por três, ainda que dois desses detenham 90 % ou mais do LAN, Lobato da América do Norte. Mas você entendeu.

Vitória, sábado, 25 de setembro de 2004.

Escrever Sobre Duas Armadilhas

 

                            Nosso amigo W, agente de patentes, me disse recentemente para eu falar dos tempos de juventude, de 30 anos atrás. Ele não quer meu mal, é claro, sinto amizade nele, mas é uma armadilha, claro: 1) conto por um preço de capa bem baratinho coisas que ninguém sabe, desde ponto de vista privilegiado, e privilegiado meramente porque ninguém o viveu, colocando algumas pessoas (mesmo somente com iniciais) e correndo o risco de desagradá-las, porque mesmo sem qualquer intenção disso e até pelo contrário tal risco sempre se apresenta; 2) sirvo de testemunho histórico, se houver qualquer importância posterior dos personagens; 3) divirto talvez com “verve” os leitores (com muita sorte os abordados também acharão graça); e assim por diante.

                            Meus irmãos AJG, mais velho, e RPG, mais novo, sugeriram há 25 anos que eu escrevesse livros de ficção científica. Isso deturparia os elementos da minha criação, porque se tudo se passar por ficção as pessoas não precisarão se engajar, se empenhar em compreender, e do outro lado se estaria rebaixando o contador a largar mão de vez de suas intenções de tecnociência. E PFR me disse para “rebaixar” o nível de expressão dos textos que escrevo, de modo a permitir sua leitura pela gente comum. Isso daria a falsa impressão de o tatibitate expressivo ser o meu jeito de colocar os fatos: 1) as elites ficariam irritadas pela obrigação de ler em conotação infantilizada; 2) o povo ficaria igualmente aborrecido por ter sido julgado incompetente de realizar o esforço mais alto de leitura. Claro que PFR é meu amigo, sinto isso, mas é que por vezes até as boas intenções dos amigos podem se mostrar armadilhas.

                            Tanto as sugestões mais antigas quanto a mais recente são no conjunto, claramente, armadilhas, embora totalmente involuntárias, eu o sei; continuam sendo, involuntárias ou não. Entrementes, às vezes até armadilhas são boas escolas, porque é necessária alguma capacidade para torná-las inócuas, ineficientes em sua falta de propósito, e virados do avesso, tornando-as frutuosas para todos os envolvidos.

                            Assim, decidi escrever os livros, os dois.

                            É bom, sim, porque a construção precisa ser muito mais operosa, detalhada e fina do que normalmente seria.

                            ISSO me atrai: o jogo dentro do jogo dentro do jogo.

                            Vitória, sábado, 25 de setembro de 2004.

Épocas da Forma e Épocas do Conteúdo

 

                            A SOMA ZERO F+C


Quando é época da forma ou imagem ou superfície, não adianta o conteúdo ou conceito ou estrutura tentar se intrometer, porque será esforço baldado, inútil mesmo; e vice-versa. Quando foi época dos hippies os yuppies passaram longe – era a época da “revolução das flores”, do “faça amor, não faça guerra” e coisas tais, de, digamos, 1964 a 1979 (cada um que escolha sua faixa de quinze anos; os geo-historiadores poderão estudar e chegar a um acordo). Depois, de 1979 a 1994, foi a época dos outros, daqueles que superprezavam as formas ou embalagens, as camuflagens, e que não tinham nada a dizer em termos de aprofundamento. Você pode pensar que só aqueles que buscam as profundezas são importantes, mas não, de modo algum; isso conduziria muito fundo e as pessoas se afogariam na rigidez in-formal (que é tão rígida quando a outra – quem pensa que só a ortodoxia é dura e rígida está muito enganado, pois para o outro lado é a falta de fixidez que é ruim e ele vai estar certo TAMBÉM).

DUAS ÉPOCAS (alternadas por faixas de 15 anos)

·       Era dos informais (conceituais, relaxados em relação ao simbolismo da aparência), representados pelos hippies;

·       Era dos formais (sem-conteúdo, tudo é simbolização nas roupas, nas pinturas, nos trejeitos, nas jóias e bijuterias, em tudo que é representação).

A curva não é rígida, dado que o caos intervém; mas as leis dialéticas que a conduzem, sim, elas são explicativas. Se a soma de uma seção circular é maior, será menor logo a seguir; se for muito maior, será muito menor em seguida – mas se não for, então adiante será ainda menor e assim sempre, de forma que no conjunto é zero. A era de 1994 a 2009 deveria estar sendo informal, mas não é o caso, pelo menos intensamente; então, podemos garantir que está havendo acumulação de potências. Além disso, uma é criadora da outra, como dizem o diagrama Y/Y (yin/yang), a dialética e o modelo. De modo que a era informal fraca de agora gerará uma outra era formal fraca de 2009 a 2024 e por aí a fora. É o que esperamos, mas pode acontecer de haver contenção forte.

De que serve esse gênero de previsão, que não pode apontar terminantemente? A realidade não é de fácil interpretação, mormente no que toca o futuro; mas o modelo garante alguma regularidade. Desde que os geo-historiadores possam determinar um zero de onde partir teremos garantido que as semelhanças serão vistas. Poderemos nos preparar para EXTRAÇÃO PRECISA e EXTRAÇÃO DIMINUIDA, de baixos investimentos, direcionando-o a lucros outros. Por exemplo, se for uma época de formalismo faz todo sentido colocar cabeleireiros para as mulheres; numa época informal, como de 1964 a 1979, as pessoas não estavam nada preocupadas com os cabelos. Podemos saber que uma fase áurea dos cabeleireiros foi de 1979 as 1994. É só conferir. Ou estudar as faixas que os GH determinarem.

Se agora é uma época de fabricação de conceitos eles estão sendo gerados em silêncio nos gabinetes, de 1994 a 2009, e explodirão na fase formal COMO EMBASAMENTO NOVO DELA, e vice-versa.

É só porque a realidade é tão estranha e desafiante que ela é legal enquanto motivo de estudos.

Vitória, sábado, 25 de setembro de 2004.

Empresamiga

 

                            Porque a última vogal de empres/A é a mesma da primeira de A/miga podemos criar essa fusão empres/A/miga, que será útil para o movimento que se deve iniciar, como vou colocar.

                            A Curva do Sino ou das Distribuições Estatísticas, que Gauss descobriu, coloca uma extremidade esquerda, uma extremidade direita e um centro, que é maioria. No modelo divide-se 100 em duas porções 50/50 da soma zero dos pares polares opostos/complementares. E há 1/40 ou 2,5 % em cada extremidade. Tomando assim, de 10 milhões de empresas teremos cinco milhões de cada lado, isto é, no par polar PARTICIPAR e NÃO-PARTICIPAR metade estará a favor e metade contra. DECIDIDAMENTE A FAVOR haverá sempre 2,5 %, no exemplo dado 250 mil que aceitarão lançar-se ao projeto, o que é muita coisa, pois qualquer assunto na Terra de hoje é logo de cara muita coisa.

                            Então, temos um contingente de pelo menos 250 em 10.000. Como as empresas no planeta devem passar de 200 milhões, podemos contar com 20 x 250, cinco milhões de empresas, do micro às gigantes, todo tipo de capacidade organizativa e produtiva. Nelas estão PESSOAS (indivíduos, famílias e grupos nas empresas) e elas estão em todo AMBIENTE (cidade/município, estado, nação e regiões do mundo). Se a causa for justa, se não houver abusos, se não houver propaganda e sim trabalho em algumas décadas pode-se criar um instrumento novo. Quem se dedique a isso terá, ao cabo de uma vida de trabalho, criado algo novo. Esta é a CONDIÇÃO DE CRIAÇÃO.

                            O MOTIVO DE CRIAÇÃO é este: gerar universalmente um sentimento de haver uma REDE MUNDIAL de amparo e apoio para essas próprias empresas, pequenas e grandes, como se fora uma espécie de Rotary a nível empresarial, só que sem pieguice. As empresas de todo o mundo saberiam da rede e haveria um sistema de referência e codificação para impedir a entrada da pirataria emocional, do oportunismo que está sempre de plantão querendo amealhar facilidades às custas dos outros. Um sistema classificatório mundial, com crachás e tudo mais. Reuniões da diretoria decidiriam pelos objetivos do coletivo e o movimento teria nascido.

Uma universidade-biblioteca e um museu-laboratório seriam criados, pois isso se pode fazer com os recursos coletivos de tantos milhões de empresas, na base da contribuição espontânea; gente-pensamento que amplie os horizontes lógicos da iniciativa, tornando-a de alto nível.

                            Vitória, domingo, 26 de setembro de 2004.

Economia da Fé

 

                            Podemos ver os pequenos demônios da Igreja Universal do Bispo Macedo (é como se fosse propriedade dele, e é) com suas iniciativas incompletas de apossamento, e rir, porque o modelo os ajudaria a serem mais vis (ou eles poderiam trilhar o caminho correto, claro, mas não se espera isso deles – de modo que sendo infantis chocarão com o muro logo adiante).

                            O Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) da Universal é incompleto. Ela não tem contato com a pontescada científica (Física/Química, Biologia/p.2, Psicologia/p.3, Informática/p.4, Cosmologia/p.5 e Dialógica/p.6), visando aprender, e não aprendendo não pode ensinar; não ensinando não será admirada – ela é um lugar de expansão de furores ou fúrias. Não tem um programa de admiração e de participação nas 6,5 mil profissões. Ainda que tenha lançado seus missionários através do mundo, ela vive de confluências fortuitas de presenças e de ausências, de capitais alheios e de desesperanças, além de se aproximar da Magia com os “passes” e possessões (são cognatos).

                            Não tem um programa para a Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias) inteira, nem muito menos para a Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) em particular.

A ECONOMIA UNIVERSAL (eles são primitivos, agressivos, abusados, céticos, cínicos – e porisso mesmo serão desmascarados)

·       Agropecuária/extrativismo universal (como eles plantam Fé para colher?);

·       Indústrias universais (as fábricas com linha de montagem de produtos-da-Fé para os crentes);

·       Comércio universal da Fé (preparação dos vendedores-pastores para a comercialização, aproveitamento das técnicas antigas e criação de novas técnicas de vendas de artigos da Fé);

·       Serviços universais da Fé (igrejas e templos como lojas da Fé);

·       Bancos universais da Fé (para serviços internos às empresas-da-Fé e atendimento externo aos fiéis).

São primitivos, sim, mas o próprio fato de apresentarem semelhanças com o que está posto mostra que não são o lento e cuidadoso caminho de Deus e sim as coisas súbitas do demônio.

Vitória, domingo, 26 de setembro de 2004.