quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017


Megasítio de Construção Civil

 

                            Um grande site de Internet para a construção civil.

                            Como é área tão importante, que no mundo envolve vários trilhões de dólares, pode-se investir bastante na solução a partir de qualquer empresa grande de informática, talvez tendo QUATRO telas pelas quais entrar, uma para cada PESSOA (indivíduos, famílias, grupos e empresas). Pode parecer estranho colocar famílias, mas sem a felicidade das famílias fica difícil levar qualquer empresa.

                            Quanto aos demais, contratação de serviços, de produtos, do que for, como base havendo um dicionárienciclopédico de CC, ligando também com as (até agoraqui identificadas) 22 tecnartes, digamos a arquiengenharia, o urbanismo, o paisagismo/jardinagem, etc. Dupla via, de dentro para fora, de fora para dentro, neste caso RECEPÇÃO ELETRÔNICA, que não pode ser feita pelos detestáveis robôs “sim, senhor” - nem as máquinas, nem as pessoas-máquinas, horrendas criaturas subservientes.

                            Uma diplomacia empresarial é esperada, com treinamento privilegiado das interfaces, seja dos atendentes, seja dos gerentes de compras, de todos, enfim.

                            Um FÓRUM DE CONSTRUTORES CIVÍS é fundamental, bem como um grupo de pressão em nome de toda a categoria, patrões e empregados, junto ao governo-Estado ou Estado-governo, como preferir. Principalmente para debates intermináveis e como fonte de conselhos essa Assembléia CC é de fundamental importância, especialmente orientando as feiras de construção civil em todas as nações principais (as secundárias que enviem observadores), estados e cidades mais relevantes. A tela quádrupla deve se tornar uma segunda natureza dos engenheiros, dos arquitetos, dos tecnartistas, dos mestres de obras, dos operários, de todos mesmo.

                            Que nada assim exista é motivo do mais preocupante espanto da minha parte, com tanto avanço relativo em toda parte.

                            É certo que antes de 1989 não existia uma comunicação planetária eficaz, porém verdadeiramente depois dessa data não há desculpa para os governempresas.

                            Vitória, segunda-feira, 02 de junho de 2003.

Mascate

 

                            Aparece uma nave espacial alienígena moderníssima e enorme próxima do planeta Terra e depois do susto inicial, começando o diálogo, os aliens iniciam a venda de um monte de coisas avançadíssimas, de aparelhos de antigravidade a holotelevisores, vacinas gerais, robôs, fábricas automatizadas, escavadores de profundidade, dessalinizadores, tudo que nós humanos ainda não sabemos fazer, como geradores nucleares de fusão, programas que nunca, jamais dão defeito, decodificadores instantâneos de todo os genomas de todas as criaturas da Terra, conversores solares eficientíssimos, xeno-dicionarienciclopédicos lindíssimos, enfim infinitos artigos em troca de coisas terrestres que temos em abundância.

                            As pessoas ficam felicíssimas, claro, imaginando tratar-se de criaturas muito boas, que zelam pela felicidade humana, deuses benévolos que vem em nosso socorro com a última palavra da tecnociência.

                            Eles vão embora, com o agradecimento devotado de toda a humanidade, arrancada da pregressa idade das trevas, podendo enfim saltar um degrau na escalada da evolução, quando pouco depois aparece outra nave incomensuravelmente mais bonita e perfeita, com as criaturas revelando-se como policiais que caçam bandidos que enganam os roceiros vendendo tralhas e bugigangas, tudo ultrapassado e caduco, coisas de museu.

                            Isso recolocará o relativismo cultural de Jonathan Swift, em Gulliver (Dublin, Irlanda, 1667 a 1745, 78 anos entre datas), em termos espaciais. O universo é vasto, rico, poderoso além da imaginação humana.

                            Vitória, domingo, 01 de junho de 2003.

Marshall Latinamericano

 

                            Aquele que seria o general George Marshall nasceu e morreu nos EUA (1880 a 1959, 79 anos entre datas). Foi chefe do Estado-Maior do exército americano durante toda a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), depois embaixador na China, a seguir secretário de Estado, por último secretário da Defesa, renunciando em 1951.

                            Lá por 1948 elaborou o que se tornou o Plano Marshall de assistência aos países da Europa Ocidental.

                            De um modo ou de outro os EUA ajudaram os vencidos.

                            Agora, com o NAFTA (North American Free Trade Agreement, Acordo Norte-Americano de Livre Comércio), do qual participam o Canadá, os EUA e o México, mercê das facilidades de importação-exportação o México tem crescido muito. Se vai acontecer a mesma coisa com a América Latina restante, em especial as Américas Central e do Sul, particularmente o Cone Sul, o Mercosul, eu não sei.

                            Em todo caso o México vem crescendo desde 1995, por oito anos seguidos, quando se pensava que meramente seria incorporado aos EUA, sendo sugado por este. O que se viu foi o crescimento avantajado, que pode beneficiar também a América do Sul, em particular o Brasil. As elites daqui, sôfregas por exploração do povo a preço vil, talvez se ressintam da admissão, porque ela implica regras a obedecer, REGRAS DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDAS, o que quer dizer terras rurais e urbanas, coisas, casas e apartamentos, etc.

                            EM TODO CASO significará pressão enorme sobre o Brasil, no sentido de contemporanização e pós-contemporanização, quer dizer, adaptação ao mundo pós-1991, depois da queda da URSS.

                            Na prática a ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas) significará não acredito que a hegemonia norte-americana, mas sim, com toda certeza, pressão inconcebível POR ATUALIZAÇÃO de tudo, das PESSOAS (dos indivíduos, das famílias, dos grupos, das empresas), dos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações, mundo latinamericano). Um Plano Marshall LA, que implicará em as elites locais terem de cortar um dobrado para se adaptarem à constrição de atualização das Américas atrasadas à contemporaneidade EM TUDO e por todos os lados. Na medida em que a LA se atualizar isso impulsionará a Europa e a Ásia, daí retornando, em ondas que virão e irão numa velocidade crescente, na medida do estreitamento dos vínculos. Que é que os povos daqui podem esperar de melhor? Ficar nas mãos gananciosas das elites locais por mais 50 anos? Veja o que aconteceu no Brasil com a reserva de mercado para as empresas de computação daqui: nos atrasamos 20 anos em troca de nada, a não o enriquecimento (ilícito) de uns tantos bandidinhos bem situados politicamente.

                            A compressão, verdadeiro esmagamento, vem em boa hora, quando nós não conseguimos mais conviver com os destratos, os maltratos, as covardias das elites locais, o vampirismo socioeconômico que sangra-nos sem nada dar de volta.

                            Na realidade devemos aplaudir a Iniciativa para as Américas, do governempresa americano, porque embora ela possa ter alguns propósitos ruins que conseguimos ver ou não, ainda será melhor do que continuar na mesmice de uma exploração unilateral que já dura cinco séculos.

                            Vitória, sexta-feira, 06 de junho de 2003.

Lendo FC

 

                            Como já disse, a FC (ficção científica, na realidade FT, ficção tecnológica, porque só os cientistas fazem FC) poderia ser a melhor das prosas, posta em mãos competentes, porque por princípio deve reinventar TODA A PSICOLOGIA (reinvenção das figuras ou psicanálises, reinvenção dos objetivos ou psico-sínteses, reinvenção das produções ou economias, reinvenção das organizações ou sociologias, reinvenção dos espaçotempos ou geo-histórias), vá ler os textos em que investiguei isso. Não é como na prosa ordinária, em que tudo está mais ou menos pronto em nossas cabeças e só deve ser rearranjado para que vejamos os novos cenários particulares em que ocorrerão as tramas.

                            Na FC até 100 % de tudo deve ser reinventado. Poderíamos até ver a qualidade dela nesse quesito, a saber, quanto foi reinventado. Poderíamos dizer de FC-10, em que 10 % tenham sido reinventados, até FC muito mais densas em que 90 % tivessem sido reestruturados.

                            Em todo caso tenho aí uns 600 livros de FC e li quase todos, exceto os intragáveis. Não me deixei tocar pelo preconceito dos sábios de plantão, aqueles que julgam a FC gênero menor. De fato, perderam tempo, porque poderiam ter feito coisas formidáveis, alucinantes em sua perfeição e potência, obras primas que permaneceriam para sempre. Poucos que saíram no Brasil até certa época não terei comprado, além dos de Portugal; revistas; álbuns, tudo mesmo, até os magazines que vieram com o nome de Isaac Asimov. Vi filmes, séries, tudo mesmo.

                            Diverti-me extraordinariamente, ri à beça, minha consciência expandiu-se em todas as direções e sentidos. Passo os livros aos meus filhos, que também aproveitam à vontade em memoráveis leituras.

                            Creio que faltam livros de FC, mais gente deveria se dedicar a eles; faltam traduções brasileiras de todos os países do mundo, das obras mais significativas. Falta gente se empenhando, falta ensinaprendizado nas escolas. Falta ainda muita coisa. Falta a dignificação do gênero, de preferência os otários saindo da frente e parando de falar besteira.

                            Boas horas de leitura nos dão esses livros. Hoje estou relendo-os, por prazer e para comentá-los. Toda civilização que se pretenda tecnocientífica e de ponta, de primeiro mundo, deve implementar o gênero.

                            Vitória, domingo, 08 de junho de 2003.

Juntando as Pistas

 

a)     Do filme 13º Andar: é um programa de computador do futuro;

b)    Do livro A Cidade, de Arthur Clarke: quando necessita o superprograma modela um solucionador que ajeita as coisas no lugar;

c)     Do filme Matrix: o superprograma está em luta com vírus criados pela oposição;

d)     Do filme Show de Trumann: o programador é de cima e brinca com as pessoas, introduzindo atores contratados;

e)     Do mito platônico da Caverna: a maior parte dos que estão dentro, na realidade quase todos não percebem o que está acontecendo, nem acreditariam na verdade exterior;

f)      Do mito, creio que hindu, dos cinco sábios que apalpam o elefante em cinco lugares diferentes: os cinco sábios (mágicos/artistas, teólogos/religiosos, filósofos/ideólogos, cientistas/técnicos e matemáticos) não vão conseguir decifrar a mensagem;

g)     Do filme Abra os Olhos, espanhol, depois refilmado como Vanila Sky: o mundo está sendo modelado do futuro;

h)     Das pistas traduzidas pela Rede Cognata (li uma cuja tradução seria SE A CHAVE NÃO FOR ACHADA O PROJETO/PLANETA SERÁ FECHADO/MORTO – mas se F = S, SERÁ SELADO) tudo indica duas vozes em disputa;

i)       Muitas outras - seria demorado discorrer.

Creio, portanto, ter legitimamente decifrado e sem ajuda alguma, sem qualquer auxílio, pelo contrário, tentaram atrapalhar ao máximo. QED, terminado.

Vitória, domingo, 01 de junho de 2003.

Geo-História Hebraica

 

                            De um povo extraordinariamente inculto, traiçoeiro, vil, os judeus pelo sofrimento foram transformados realmente em algo de nobre, após muitos milênios. Que tarefa, hem?

                            Fica a curiosidade de saber quantos são, onde estão, o que fizeram. A começar de Jesus, passando por Einstein, são Paulo, são Pedro, Freud, Trotsky, Moisés e tantos outros, o que um dicionário e uma enciclopédia judaica nos ensinaria sobre as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) judaicas nos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo)?

                            Os demais povos não precisam ficar com ciúmes, há lugar para todo mundo, como disse Jesus: “na mansão de Meu Pai há muitas moradas”, muitos modelos, ou seja, muitos modos de ser e de estar, muitas possibilidades de se expressar, muitos jeitos de ajudar, de trabalhar, de fazer. Esse é apenas aquele particular dos judeus, sua distinção.

                            Assim, a psicologia hebraica (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, sociologias ou organizações, geo-histórias ou espaçotempos judeus) nos interessam, desde o seu estado-nação israelita na Palestina até sua disseminação ou diáspora pelo mundo. O que fizeram no Conhecimento (Magia/Arte, Teologia/Religião, filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) geral? Isso deve ser explicitado urgentemente.

                            Vitória, segunda-feira, 02 de junho de 2003.

Formidável Ferdinando

 

                            Al Capp (Alfred Gerald Caplin, americano, 1909 a 1979) inventou o Ferdinando Buscapé (Li’l Abner, no original americano) em 1934. No Brasil saía n’O Globo e meu tio Alvacy Perim lia sempre, divertindo-se muito.   Saía também no Gibi e em revistas próprias, que comprei ou ganhei e li, dando todas, não sobrou nem umazinha, para grande arrependimento meu; hoje gostaria de ter as coleções integrais de todas aquelas revistas maravilhosas – seria um grande prêmio, um maravilhoso presente. Veja-se o que se pode fazer aos 25 anos, após peregrinar de sindicato em sindicato (as instituições que controlam a cessão dos quadrinhos aos jornais, em tiras desenhadas e publicadas diariamente, como se faz em toda parte, em particular no Brasil, só que aqui a partir de cada autor isoladamente).

                            Era formidável. Havia uma Baixa Eslobóvia que representava a União Soviética. Brejo Seco era a caricatura dos EUA mais atrasado, das regiões do meio-Oeste onde a nação era arcaica e até retrógrada. A instituição do Dia da Maria Cebola, em que as mulheres saíam à caça dos maridos, e uma quantidade de situações divertidíssimas encantavam. Imagine que durou de 1934 a 1979 - o autor morrendo depois de desenhar uma última tira -, portanto, por 45 anos, vezes 365,25 dias, quase 16,5 mil dias de divertimento para milhões de pessoas. Individual ou coletivamente os quadrinistas deveriam receber um Prêmio Nobel da Paz, pelo muito que fizeram para que ríssemos e esquecêssemos nossos ódios e frustrações. Ou vários, pelo tanto que nos deram de alegrias.

                            Ridicularizando os que se supõe grandes demais perante a humanidade, zombando das instituições, esses autores devem ser estudados pela Academia, o conjunto das universidades, que perde tempo em coisas idiotas. Quantos foram eles? Quantas tiras produziram? Por quanto tempo, cada qual e juntos?

                            Como curiosidade, o Al Capp estava na faixa dos 80 % de absorção das rendas pelo IR americano e procurava ficar nisso, para não chegar na seguinte, de 93 %, enquanto no Brasil reclamamos de 15 % (e os ricos nada pagam).

                            Vitória, domingo, 08 de junho de 2003.