quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017


Conquistando a Argentina

 

                            Houve sempre essa rixa divisória implementada pelos de fora, que dividem sempre para pretender ou conseguir governar, entre a Argentina e o Brasil, eles nos chamando de “macaquitos”, copiadores, ao passo que nos ressentimos do orgulho da falsa autonomia deles.

                            Com o Mercosul, Mercado do Cone Sul entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, inicialmente por imitação do Mercado Comum europeu, depois União Européia (dos 15, atualmente, prevendo-se a incorporação crescente de nações) despontou um acordo de aproximação que faz todo sentido.

                            A Argentina não se renderá ao Brasil, nem muito menos vice-versa. As áreas são de 2,781 e 8,514 milhões de km2 e as populações 37,5 milhões em 2001 e 169,6 milhões em 2000, respectivamente, com PIB’s consideráveis, fazendo-se conta das rendas invisíveis. Somam, portanto, 11,295 milhões de km2, o que não é exatamente pouca coisa, e mais de 210 milhões de habitantes, hoje, o que é considerável poder conjunto, ainda mais quando forem descobertas aquelas tremendas províncias petrolíferas previstas nas posteridades e nas ulterioridades. A Argentina tem maior homogeneidade, o Brasil maior diversidade, a soma dos dois (mais os adendos regionais, os países menores que seriam tutelados sem ofensa e redução detestável e indevida) fornecendo muitos motivos para o melhor dos futuros.

                          A conquista da Argentina não pode ser feita por força nem por invasões, de modo algum, só pelo respeito, e pela interpenetração, como favor aos povos juntar as duas nações mais amplamente. Deve ser conquistada pela simpatia do povelite/nação brasileira e vice-versa, mostrando cada um seus valores e significados. Brutalidade nunca, macieza sempre, uma investigação mútua por um grupo tarefa (GTAB, GT argentino ou platino-brasileiro) em que se coloquem juntos os estudiosos, mais os convidados dos demais países, para agilizar procedimentos que facilitem a aproximação, isto é, perguntar: que coisas de um e outro país devem ser reposicionadas para maior aceitação mútua?

                            Assim o GT diria o que deve ser ensinado nas escolas, desde o pré-primário até o pós-doutorado, sobre a geo-história dos dois países e sua Psicologia geral (figuras, objetivos, produções e organizações). Aproximados os dois o resto virá por acréscimo, no entanto devendo-se fazer esforço adicional entre os dois e cada um dos demais, especialmente o Chile, o mais europeizado dos sul-americanos.

                            Vitória, sábado, 07 de junho de 2003.

Cerealização da Humanidade

 

                            Olhando o mesmo livro Atlas de História do Mundo, p. 38, podemos ver que as civilizações surgiram nas Américas onde o milho era cultivado no México e no Peru, na Ásia onde o arroz foi difundido e do Crescente Fértil para dentro da Ásia onde o trigo se espalhou. Onde a opção eram a caça, a pesca (outro gênero de caça), a colheita de frutas, o pastoreio, a pecuária de leite e corte, meramente, as comunidades humanas não foram adiante, pelo contrário, se tornaram tributárias daquelas.

                            Propriedade mágica não é, deve derivar de alguma vantagem nítida dos cereais em relação aos demais elementos.

                            Essa vantagem deve dizer respeito à extrema multiplicação das sementes dos cereais (trigo, arroz, centeio, cevada, aveia, milho, sorgo), cada uma produzindo uma infinidade numa espiga, um grande número delas, que no próximo plantio pode disseminar-se numa área grande, depois no seguinte gigantesca, aos poucos ocupando países inteiros. É uma verdadeira praga, vendo pelo lado das demais plantas, principalmente quando associada a um multiplicador correlato como o humano, que é outro vírus. O potencial conjunto é fora do comum. Rapidamente áreas fantásticas são ocupadas, desde que haja liberação de competidores, e irrigação, o que o ser humano aprendeu logo a fazer.

                            O resultado palpável é o excedente, a sobra, ilimitadas quantidades de alimentos com relativamente pouco esforço. Que seria do 1,3 bilhão de seres humanos na China não fosse o arroz? E não só lá, em toda a Ásia.

                            Em resumo, o que houve é uma cerealização progressiva da humanidade. O crescimento humano, especialmente da civilização, não é uma dádiva do Nilo, porque ele é local, existe só no Egito, mas dos cereais, que estão agora em toda parte.
                            Vitória, segunda-feira, 02 de junho de 2003.

Avanços do Atlas de Toque

 

                            Vá lá atrás ver a proposta original.

                            Aqui devemos avançar.

                            Pense numa cidade, Linhares/ES, seus mapas (geográficos e históricos, ou do espaçotempo, de figuras ou psicanálises, dos objetivos ou psico-sínteses, das produções ou economias, das organizações ou sociologias) físicos, políticos, rodoviários, ferroviários, etc., como já ficou dito lá.

                            Podendo-se observar suas redes (veja Redes Urbanas, Livro 32) acima, ao nível e abaixo do solo, seu governempresa políticadministrativo pessoambiental (PESSOAS: indivíduos, famílias, grupos, empresas; AMBIENTES: o município/cidades, o entorno estadual, o completamento nacional, o mundo), poderíamos traçar os círculos de coligação, como sugerido em textos próprios, observar seus sistemas da Bandeira Elementar (abastecimento de ar, de água, de terra/solo, de fogo/energia), vendo-se os prédios públicos por suas fotografias e plantas baixas, quem ali trabalha, as empresas do lugar, os acessos, a rede de abastecimento.

                            Ou então São Paulo, com seus milhares de ruas, Nova Iorque com seus 900 mil prédios, perguntando aonde ir para se divertir (teatros, bares, hipódromos, o que fosse), as distâncias, como encomendar isto e aquilo, onde obter serviços com quais qualificações e indicações. Fotos antigas, uma profusão de informações. Enfim, o Atlas de Toque tende a ser o maior e mais perfeito programa de ensinaprendizado para professores e estudantes, para pesquisadores, para todos os níveis (povo, lideranças, profissionais, pesquisadores, estadistas, santos e sábios, e iluminados), tendendo a ampliar-se interminavelmente. Dilatando-se incansavelmente, precisa ser ajudado pelos governos, tendendo a juntar toda a mídia (TV, Revista, Jornal, Livro, Rádio e Internet) numa só coisa, fazendo tudo simultaneamente, de onde quer que se esteja.

                            Vitória, domingo, 1 de junho de 2003.

A Roça como Informação

 

                            Nos últimos cem anos com mais intensidade, mas desde 1453, começo da Idade Moderna, até desde antes, vem havendo uma migração progressiva para as cidades, mais recentemente inchando-as. Para se ter uma idéia da amplitude, há apenas 40 anos o Brasil tinha no campo 70 % de sua gente; lá por 1985 inverteu-se a situação, ficando no campo 30 %, agora chegando a 85 % de urbanização em alguns estados, exigindo uma redefinição do que seja cidade, para tentar reverter a visão.

                            Tenho repensado o campo com grande freqüência, mormente no sentido de tirar disso algum lucro futuro, revendo processos e objetos, os processobjetos ou programáquinas, programas da roça inseríveis em máquinas que sirvam ao campo DISTINTAMENTE, isto é, que sejam construídas para condições de uso muito mais duro, sendo, portanto, mais resistentes.

                            Despojado o campo de sua condição de mero objeto, vendo-o como CONCEITO ou IDÉIA ou ESTRUTURA, poderemos observar mais para dentro as condições de novo uso, de novos aproveitamentos, de muito mais denso rendimento, não naquele de o interior se tornar urbanizado, por pressão de uma compreensão errônea e de julgamentos extemporâneos de suposta qualidade de vida superior nas cidades, e sim em razão de amor mesmo à simplicidade, à paz de espírito, à tranqüilidade geral, à convivência mais ordenada, etc.

                            Daí que, no âmbito daquelas idéias de exploração e no das patentes, tenho visualizado uma quantidade bastante significativa de valorizações ou agregações de valor, mas não tantas quanto mais gente preocupada e dedicada veria, em todos os países do mundo. Entrementes, penso que nosso grupo deve voltar-se com intensidade para o Campo geral, de todas as nações. Remodelação pelas (até agora delineadas) 22 tecnartes, um bauhaus de novos desenhos. Isso vai ser mesmo muito emocionante e recompensador.
                            Vitória, sexta-feira, 06 de junho de 2003.

A Magia dos Livros

 

                            As revistas da míni-série quinzenal em quatro edições de Neil Gaiman, escritor, e John Bolton (desenhista L I), Scott Hampton (L II), Charles Vess (L III), Paul Johnson (L IV), Os Livros da Magia, São Paulo, Abril Jovem, 1991 (original americano de 1990) contam uma estória similar à de Harry Potter, só que mais esperta e coerente, dentro da proposta absurda: um garoto, Timothy Hunter/Caçador = CRISTO, recebe a visita de quatro misteriosos personagens (John Constantine, Mister Io, Doutor Oculto e Destino). Eles o levam ao passado, até antes do Big Bang, a Grande Explosão; pelo presente; pelos mundos paralelos, sem tempo; até o futuro mais distante, até o Big Crunch, o Grande Esmigalhamento.

                            Todas as frases e palavras podem ser traduzidas pelas regras da Rede Cognata (veja Rede e Grade Signalíticas, no Livro 2), mas escolhi algumas – e há muitas traduções em cada caso:

·        Livro I: “O elmo se chama Nabu, Destino achou-o numa pirâmide. Ele é um mago e se considera um herói” = A CHAVE SE CHAMA MODELO (ESTUDO), DESTINO ACHOU-O NUMA PIRÂMIDE. ELE É UM MESTRE E SE CONSIDERA UM HERÓI.

·        Livro II; “Então o quê é importante? Ser quem você é. Solidão, se for o que escolher. Civilização. Privacidade” = SATANÁS, SE FOR O QUE MATAR. CRIAÇÃO. SANTIDADE.

·        Livro III (muitas frases, selecionarei as menores): “Aqui está a chave. Use-a como quiser. Um presente meu para você” = AQUI ESTÁ O PI. MOVA-O COMO CINZEL. UMA PISTA MINHA PARA VOCÊ. “Aqui um país chamado Myrra, ali a terra de Pytharia; e em todas as fronteiras do mapa: ‘que aqui haja dragões’” = AQUI UM HOMEM CHAMADO MAL, ALI A TERRA DA PUTARIA; E EM TODOS OS PLANETAS DO MAL; QUE AQUI HAJA DEMÔNIOS. “Aqui, doze grandes casas, cada qual batizada com o nome da gema mais comum em sua área, conspiram, fazem alianças, traem, casam e assassinam” = AQUI, DEUSES GRANDES CRIMINOSOS, CADA QUAL TERRORISTA COM O NOME DO CRIME MAIS COMUM EM SUA ÁREA, CONSOMEM, FAZEM PRISIONEIROS, ATACAM E MINAM (o que pode ser lido ao contrário: minam, atacam, fazem prisioneiros e comem).

·        Livro IV: “Dizem que a humanidade só tem uma chance com o anel de ouro do carrossel” = DIZEM QUE A HUMANIDADE SÓ TEM UM PLANETA COM O SOL DE OURO (amarelo) DA CRIAÇÃO.

E assim por diante, todas as frases poderiam ser traduzidas, de muitos modos. Veja só que por trás de algo mágico/artístico está uma outra fala, certamente, como estaria em tudo. Veríamos coisas espantosas em cada poesia e prosa, em tudo mesmo. Desde quando vertêssemos as imagens em palavras leríamos igualmente o esplendor.

Como diz o TAO, o que é não parece e o que parece não é.

Em todo caso não é infantil senão em aparência. Por trás estão terríveis segredos e mistérios.

Vitória, sábado, 07 de junho de 2003.

60 Mil Anos

 

                            Das quatro grandes glaciações a terceira ocorreu há 300 milhões de anos e a quarta há apenas dois milhões de anos.

                            Das pequenas a mais recente é chamada de Würm na Europa e de Wisconsin nos EUA, tendo ocorrido há apenas 70 mil anos, acabando lá por 10 mil anos atrás, oito mil antes de Cristo, tempo que os seres humanos aproveitaram para expandir-se aceleradamente.

                            Das estimativas mais modestas de 60 a 100 metros à mais extremada de 200 metros de subida dos oceanos, teríamos uma média de 130 metros, digamos (eu tinha de cabeça um número como 160 metros). Imagine as águas 130 metros mais baixas, o que na vertical é muita coisa. Isso quer dizer que a população estava predominantemente concentrada nos trópicos de então, faixa bem restrita. A área acrescida seria enorme.

                            Como se sabe, as populações vivem à beira-mar, por vários motivos, inclusive pesca ou coleta de peixes, uma fonte fundamental de proteínas, quando não se pode cultivar, mormente em períodos muito frios. Tanto na costa do Japão quanto em Bimini, nas Bahamas, 26 milhas dos EUA, próximo da Flórida, foram descobertas muralhas ciclópicas afundadas. Evitando o preconceito o que isso quer dizer? Que os povos moravam e construíam à beira-mar, como fazemos agora.

                            Se os cientistas e técnicos não estivessem procurando a todo custo evitar o óbvio, concluiriam da oportunidade urgente de pesquisar os limites extremos, mundiais das antigas ocupações, para não dizer civilizações, estabelecendo novos desenhos continentais em toda parte. O que os povos neanderthais e sapiens construíram nesse período de 60 mil anos que vai da glaciação de Würm até o presente ou até 10 mil anos atrás, pelo menos? Por sabe-se lá quantos milhares de anos as águas estiveram baixadas. Mesmo com povos muito mais primitivos as ocupações se deram em áreas que podem, fácil, somar 30 milhões de km2 em todo o mundo. No Brasil mesmo não sabemos quantos quilômetros além estava a linha-das-marés, a praia. O certo seria começar o mapeamento logo, imediatamente.

                            O resto é medo bobo. Se é para desnudar façam isso logo.

                            Vitória, segunda-feira, 02 de junho de 2003.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017


Iniciativa

 

VEM DO VERBO INICIAR, COMEÇAR (no dicionário eletrônico Houaiss)

Verbo
Transitivo direto e pronominal
1            dar início a, começar; principiar (-se), inaugurar (-se)
Ex.: <i. um trabalho, uma obra> <espero que este ano se inicie de melhor forma que o passado>
Bitransitivo e pronominal
2.       informar (-se), instruir (-se) nos segredos de uma técnica ou de uma arte; dar ou adquirir os primeiros conhecimentos relativos a qualquer área do saber
Ex.: <i. alguém na pintura> <i.-se em matemática>
Bitransitivo e pronominal
3.       introduzir (-se) no conhecimento e na participação de mistérios religiosos, pôr (-se) a par dos segredos e práticas de uma seita ou uma sociedade secreta
Ex.: <i. alguém nos mistérios da maçonaria> <i.-se no culto de uma divindade>
Transitivo direto
4        Rubrica: informática.
Executar o procedimento de partida do computador
Obs.: f. não pref.: inicializar
Ex.: i. o micro
Transitivo direto
5        Rubrica: informática.
Em programação, atribuir valores a entes que podem assumir valores diferentes ao longo do tempo (como variáveis em programas ou campos em registros de bancos de dados)
Obs.: f. não pref.: inicializar
Substantivo feminino
1         ação daquele que é o primeiro a propor e/ou a realizar qualquer coisa
Ex.: tomar a i. de fazer algo
2.       traço de caráter que leva alguém a empreender alguma coisa ou tomar decisões por conta própria; disposição natural; ânimo pronto e enérgico para conceber e executar antes que outros
Ex.: <uma mulher de i., pessoa com espírito de i.> <embora muito jovem, ele já mostrou que tem i.>

Ficam falando de empreender (que é tarefa correta) e de empreendedorismo (que é a doença mental, a doutrina que impede o raciocínio alheio), superafirmação do verbo.

De pronto o modelo diz que tudo é 50/50, nem adianta querer para metade, ela sofreria com a pressão. Precisamos estimular os 50 % destinados a ir na frente, por exemplo, os inovadores, os inventores, os construtores, os empreendedores. Há mulheres cujas iniciativas não passarão de repetir em círculo, ciclicamente, por metabolismo do passado, mimeticamente, do que já foi feito; e há outras que imaginarão, que pensarão o novo – há lugar para todos e cada um.

DESTACANDO NO HOUAISS

Traço de caráter que leva alguém a empreender alguma coisa ou tomar decisões por conta própria; disposição natural; ânimo pronto e enérgico para conceber e executar antes que outros.

Este é o grande valor, o grande ajudante da construção da nacionalidade: é fundamental colocar lenha na caldeira do país, injetar energia no seu funcionamento tradicionalmente lerdo, até agoraqui. Esta é a grande oportunidade, o grande diferencial desde o mundo anterior até o atual e o futuro, é o que distingue os nacionais e as nações e as coloca em primeiro ou em último lugar.

Precisamos ter iniciativa em todas as instâncias.

INSTÂNCIAS PESSOAMBIENTAIS

INSTÂNCIAS AMBIENTAIS.
Iniciativas mundiais (naquilo a que estivermos coligados).
Iniciativas nacionais.
Iniciativas estaduais.
Iniciativas urbano-municipais.
INSTÂNCIAS PESSOAIS.
Iniciativas empresariais.
Iniciativas grupais.
Iniciativas familiares.
Iniciativas individuais.

É basilar exponencializar isso.

Em todo o ensinaprendizado, nas escolas, nos poderes, nas fábricas, nos escritórios, nas ruas, em toda parte.

Vitória, terça-feira, 21 de fevereiro de 2017.

GAVA.