quarta-feira, 25 de janeiro de 2017


Bibliotecas Eletrônicas

 

                            Visando não ficarmos totalmente dependentes das fontes remotas sobre as quais não temos controle ou domínio político, os bancos de dados estariam nos bairros. Se estiverem os distritos e bairros por município/cidade em média de 10, havendo no Brasil 5,5 mil cidades teríamos uns 60 mil distritos e bairros – e esse seria o tamanho do projeto, com esses novos supercomputadores que estão sendo feitos em Campinas, SP.

                            A construção seria como que um silo posto na vertical, com formas e cores identificáveis, abrigando o SC com os discos de memória baixando pela Internet e também fisicamente sendo transportados até as capitais dos estados e daí a cada cidade, conforme os contingentes populacionais. Veja no Livro 20 o artigo A Prosperidade do Livro Eletrônico para intuir como tudo mudará radicalmente. Agora nas casas poderemos ver os quadros, as pinturas, todas as tecnartes (22 identificadas até agoraqui), as 6,5 mil profissões, o Conhecimento geral, as pontescada tecnocientífica, as bandeiras e as chaves, tudo de que os governos municipais/urbanos, estaduais, nacionais e mundial dispõe, dependendo apenas da quantidade de memória. Via Internet, com banda larga de fio ou de rádio, partilhamento das folgas governempresariais de memória próximas, até dos computadores dos usuários que queiram participar, tudo pode ser arranjado.

                            As pessoas não precisariam sair de casa, livros inteiros de domínio público baixariam instantaneamente, ou sob demanda a um custo desanimador da pirataria, e leis, recomendações, propagandas pagas desejadas, o que fosse. Os textos poderiam ser comparados, estatísticas obtidas, trabalhos escolares feitos, receitas arranjadas, tudo a um clique do botão.

                            Vitória, terça-feira, 21 de janeiro de 2003.

Bibliotecas Dirigidas

 

                            Como forma de orientar adolescentes, jovens e adultos para suas profissões (são, dizem, 6,5 mil), colocar bibliotecas por áreas, em endereço real e virtual, quer dizer, accessível pela Internet. Bibliotecas econômicas (agropecuaristas/extrativistas, industriais, comerciais, de serviços e bancárias).

                            Vejo um círculo de cadeiras como de FAST FOOD (comida rápida) voltadas para o atendimento interno, uma estante circular a que os livros estejam presos em boxes por fios de aço (ou correriam o risco de serem roubados), o usuário assinando um depósito eletrônico na tomada. Banca em cada esquina, de forma a que as pessoas realmente possam usar os documentos para prosperar, servindo eles de base direta para isso. Livros excelentes, mas em papel barato, de fácil reposição, com livraria anexa que pudesse vendê-los, caso a pessoa queira tê-los em casa para consulta posterior e possa pagar o custo da educação.

                            Bibliotecas para arrumadeiras, para jardineiros, para tapeceiros, para cozinheiras, para todo tipo de profissão – podem ser agrupadas como RELATIVAS AO LAR, GOVERNAMENTAIS, DE LIMPEZA, DE SANEAMENTO, etc. Enfim, bibliotecas que dêem lucro, que visem a melhoria de vida dos usuários, que sejam um prazer, que engrandeçam e não sejam obrigações e desagradáveis serões solitários. Ímpeto para crescer, é isso.

                            Vitória, terça-feira, 21 de janeiro de 2003.

Aula de Modelo

 

                            Depois que escrevi os 252 textos do modelo, média de umas 50 páginas, e as posteridades e ulterioridades, 366 textos de média menor, em torno de 10 páginas, num total de ao redor de 16,5 mil páginas, tratei das patentes e idéias, que são agora mais de sete mil. Entrei então nos textos destes livros, até aqui 20 livros de 50 artigos = mil artigos, com umas mil e quinhentas páginas.

                            Então senti necessidade de expor o modelo para adultos e adolescentes. Isso corresponde a não apenas explicitar os enquadramentos como também as consequências deles, isto é, como reorganizam o pensamento humano, ou pretendem fazê-lo. Para isso é preciso arranjar as transparências, para ser mais fácil projetar os quadros e desenhos, bem como conseguir um retroprojetor. Não é fácil, porque não há recursos. No início será precário, mas depois pode evoluir para modelação gráfica, fita de vídeo, DVD, CD-ROM, livro didático, professores treinados, se a coisa se mostrar interessante e útil.

                            Seguramente depois de outros incidirem sobre o modelo ele será aprimorado e tornado muito mais vistoso na apresentação, na medida em que seja mostrada sua utilidade organizativa geral. Debates proveitosos incrementarão pontos sucessivamente. A apresentação gráfica e conceitual da formestrutura dará saltos. Infelizmente, como tudo, ele congelará, quando os idiotas se apoderarem dele como dogma, o que é não apenas triste como bloqueador - devendo existir combatentes cuja tarefa seja, ao contrário do que podem pensar ser meu desejo, combatê-lo pela contínua revisão. O modelo não é um totem e não deve ser reverenciado. É um estudo, é um molde, é uma estátua – não cabe para ele veneração alguma.

                            Vitória, quinta-feira, 16 de janeiro de 2003.

Bibliocampo

 

                            Desde 1984/87, quando estive em Linhares, venho insistindo na constituição de uma biblioteca para as roças.

                            Agoraqui vejo como módulos verdes a serem colocados nas sedes dos distritos, nas vilas, que de modo algum devem se tornar cidades, seria uma perda para os do campo e para os citadinos. Neles toda a Economia (agropecuária/extrativismo, indústrias, comércio, serviços e bancos) seria voltada para o campo, a saber: indústrias de produtos agropecuários, comércio local, seções bancárias, etc.

                            Como o interior foi esvaziado em razão das pressões que depois foram como efeito denominadas “evasão rural”, devemos aproveitar tal erro para manter o Campo geral relativamente vazio como instrumento para a purgação das angústias urbanas, ou seja, como apoio psicológico da salvação dos moradores sofredores das cidades inchadas. Seja através do agroturismo, do ecoturismo, da visitação ou do que for, devemos amparar a transformação do campo num vastíssimo instrumento de renovação da sociedade/civilização/cultura. Isso seria feito por meio das bibliotecas do campo, que podem ser tão contemporâneas quanto quiosques eletrônicos públicos, com programáquinas que de fato auxiliam as economias rurais. Essa é a atualização daquelas idéias mais simples de 15 a 17 anos atrás, quando não havia Internet ainda.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003.

As Recompensas do Casamento

 

                            Se soubermos listar as recompensas dos casamentos saberemos como fazer para mantê-los, para fazer as pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) felizes, para diminuir a taxa de divórcios. Daí a pergunta ser relevante, até fundamental: que é que mantém os casamentos?

                            O QUE MANTÉM OS CASAMENTOS (na minha opinião)

·        O sexo (cuja pressão contrária ou negação causa desestabilização e dor de ausência, plantada pela Natureza como forma de extração de posteridade);

·        O companheirismo, poder falar e ouvir, compartilhar;

·        A acumulação de riqueza, prestígio, fama, evidência;

·        Os filhos (risos e brincadeiras, sentido de responsabilidade, de cuidar de alguém que é dependente);

·        Status socioeconômico enquanto nível superior familiar de existência;

·        Privacidade, independência em relação a pai e mãe, parentes e amigos;

·        Conforto de roupa limpa, comida na hora certa;

·        Segurança para dormir;

·        Cuidados nas doenças, e outros, não quero me estender muito.

Em geral, sendo a Bandeira da Proteção composta de lar, armazenamento, saúde, segurança e transportes, queremos essas coisas. Claro que casar traz uma quantidade enorme de problemas, mas nos casamos até para tê-los e poder resolvê-los, pois como diz o adágio, “esposa (ou marido) é alguém que você arranja para ajudar a resolver os problemas que não teria se não tivesse casado”. Evidentemente nos casamos para ter problemas que preencham nossas existências, que as tornem menos vazias.

Acontece que nunca houve uma investigação exaustiva e terminal do casamento pela Academia, de suas recompensas e de seus problemas. O que houve, isso sim, é o tratamento dele por um ou outro psicólogo mais destacado, mas mesmo assim não na Psicologia (figuras ou psicanálises, objetivos ou psico-sínteses, produções ou economias, organizações ou sociologias, espaçotempos ou geo-histórias dos casamentos) geral do modelo. E é isso mesmo que falta, esse compromisso dos governempresas, e é isso que doravante esperaremos.

Vitória, quarta-feira, 22 de janeiro de 2003.

Articulistas e Colaboradores

 

                            Gabriel me perguntou sobre as pessoas que escrevem em jornais. Coloco isso por dois motivos: 1) as pessoas têm oportunidade de conversar com os filhos, chance que não devem perder; 2) isso é oportunidade de aprendizado próprio.

                            Bem, tais páginas vêm de duas fontes: a) os articulistas, profissionais pagos para escrever, e b) os colaboradores, amadores que escrevem de graça, por prazer, pela oportunidade de dizer algo que seja útil a todos e a cada um ou só por desejarem aparecer para mostrar aos parentes e amigos. Como coloquei no artigo deste Livro 21, Jornal de Articulistas, os articulistas poderiam ter um jornal de poucas páginas, compacto, mais como se fosse um livro grande, metade do tamanho de um tablóide (que é metade do tamanho de um jornal comum), portanto um quarto das dimensões usuais, que poderíamos carregar com facilidade.

                            Quanto aos colaboradores, há gente de todo tipo, colocável numa escala de valores, desde os que pesquisam antes de escrever aos que apenas transcrevem suas opiniões e vontades.

                            Tanto num caso quanto no outro são mal aproveitados, porque as bordas poderiam estar em cor diferente, para a gente ir diretamente ao assunto, sendo o restante do jornal quase todo desprezível. Quanto a essa página de articulistas e colaboradores, profissionais e amadores deveriam ser separados, talvez aqueles colocados em quadros, em molduras, para destacá-los. Ou em duas páginas separadas. Os paginadores deveriam ser, em nome dos proprietários do veículo, mais imaginativos, organizando a bagunça em favor dos leitores, cujo tempo é, presumidamente, precioso, ainda mais que só as elites compram jornais (custando R$ 1,50 por dia o exemplar, R$ 45 por mês, ¼ do salário mínimo, como esperar que o povo o faça?). Objetividade seria o nome disso.

                            Os articulistas têm a vantagem de escrever sobre pesquisas embasadas em suas reputações. Os colaboradores estão colocados por vezes em postos de proeminência mundial, nacional, estadual, municipal/urbana, empresarial ou grupal, ou institucional, como universidades e institutos, falando de suas experiências. Enfim, essa página (poderiam ser duas - o editorial, que representa a opinião do jornal, estando estampado em outra parte, talvez na capa, num quadro) é importantíssima, fundamental mesmo, merecendo muito maior atenção do jornal.

                            Vitória, quinta-feira, 23 de janeiro de 2003.

Os Trópicos São Tristes?

 

De passagem no livro de Joice Hasselmann sobre Sérgio Moro ela fala de tristes trópicos, mas seria assim?

NÃO CREIO QUE OS TRÓPICOS SEJAM TRISTES, PELO CONTRÁRIO, SÃO ESFUZIANTES (isso prosperou a partir da análise fraca dele)

O AUTOR.
O LIVRO.
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Claude Lévi-Strauss, belga, 1908-2009, mais de 100 anos.
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Tenho este, não li (mas vou ler) justamente porque já pelo título é depressivo e agressivo.

Veja que nos países do Norte a Natureza dorme seis meses (na Sibéria, nove) sob o manto branco da neve e só é festiva durante os outros seis. No Brasil, por exemplo, 12 meses, com um friozinho nos lugares mais altos e ao Sul.

OS TRÓPICOS

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1.       Aqui há mais energia por metro quadrado;
2.      A Natureza produz até três colheitas/ano (e isso sem a tecnociência de Israel);
3.      As pessoas não precisam de tantas roupas para se proteger do frio;
4.     A Natureza brilha e vibra e se regozija 100 % do tempo;
5.      As casas e repartições em quase 100 % do Brasil não precisam de lareiras ou calefação;
6.     Existem muitos índices, mas como o propósito aqui não é esgotar, busque você (a lista será grande, agora que há direção-sentido).

Não somente os trópicos não são tristes, como são muito felizes do jeito que estão, enquanto atualmente pobres, ainda antes dos tempos de depois, quando serão necessariamente os mais ricos do mundo, seguindo as propostas que tenho postado.

Lévi-Strauss foi rancoroso, de qual rancor não sei.

Parcial, porque não pensou imparcialmente o todo.

Não foi feliz na abordagem porque não foi magnânimo com os atualmente empobrecidos e em dificuldade de trânsito.

Os trópicos são brilhantes, felizes, esfuziantes, o que logo será reconhecido. Não são eles que sonham no frio com as “ilhas do Sul”?

Vitória, quarta-feira, 25 de janeiro de 2017.

GAVA.