domingo, 25 de dezembro de 2016


O Pior de Todos

 

Em 1984, pouco antes de Figueiredo entregar o cargo de presidente, picharam nos muros de Linhares, ES: “estamos trocando 20 anos de ditadura [1964-1984] por 10 anos de merda pura”, mas estavam enganados, porque não foram 10, foram 30, 1984-2014, e mais. Trocamos a ditadura militar que fez algumas grandes coisas pela ditadura civil que fez grandes sujeiras, estão aí as delações da Lava Jato. Não canso de lembrar isso às pessoas, aos jovens e a todos que acreditaram na camarilha.

ESTÃO TODOS APONTADOS, INDICIADOS PELOS DELATORES PREMIADOS (esperamos que sejam presos todos os presidentes vivos, Itamar morreu). Faça você a lista das patifarias. Os apelidos que escolhi (o de Collor já existia).

NOMES.
ATROCIDADES POLÍTICAS COMETIDAS.
José Sarney, Sarninha.
Resultado de imagem para sarney
Maranhão, 1930, presidente de 1985 a 1990.
 
Fernando Affonso Collor de Mello, Collorido.
Resultado de imagem para collor
Rio de Janeiro, 1949, presidente de 1990 a 1992.
 
Fernando Henrique Cardoso, FHCB, F-HCB (é o nome do veneno).
Resultado de imagem para fernando henrique cardoso
Rio de Janeiro, 1931, presidente de 1995 a 2002.
 
Luís Inácio Lula da Silva, Luladrão.
Resultado de imagem para Lula
Pernambuco, 1945, presidente de 2003 a 2010.
 
Dilma Vana Rousseff, Dilmaluca.
Resultado de imagem
Minas Gerais, 1947, presidente de 2011 a 2016.
 
Michel Miguel Elias Temer Lulia, Temerário.
Resultado de imagem para temer
São Paulo, 1940, presidente desde 2016.
 

Coloquei os retratos pequenininhos porque eles são, nenhum deles teve a mínima grandeza para tentar entender o Brasil e seu povelite. E estão todos envolvidos na ladroagem, como está sendo mostrado na mídia.

Contudo, o pior de todos é Temer. Veja que é concorridíssimo!

Tendo assumido em 31 de agosto de 2016, em 116 dias corridos (como diz a Web) até 25 de dezembro de 2016, fez mais safadezas que todos os outros.

A LISTA PARCIAL DE IMUNDÍCIES DE TEMER (seria interessante alguém publicar tudo) – eles vieram juntos para destruir o Brasil, degradar os instrumentos (PETROBRAS, ELETROBRAS, TELEBRAS, ELETRONUCLEAR, BNDES, CEF, BB, etc.), a serviço aos banqueiros e do grande capital predador de fora e de dentro.

ATAQUE.
FAÇA A INVESTIGAÇÃO COMPLETA.
Doação de 105 bilhões de reais às TELES, às telefônicas.
 
Doação de 900 a 1.000 bilhões às empresas devedoras.
 
Tirou várias conquistas históricas dos trabalhadores, elevando o tempo de contribuição de 35 para 49 anos, introduzindo permissão de 12 horas diárias (todo o ganho dos operários será comido pela inflação, como sempre) e outras reduções.
 

Arruaça tremenda.

Os outros foram ruins (tendo tempo falarei deles), mas ele ganhou a palma de longe, foi o mais perverso deles, na sequência do projeto dos capitalistas, contra o povo brasileiro. E nem tem quatro meses que está no cargo!

Vitória, domingo, 25 de dezembro de 2016.

GAVA.

Explorando os 2,5 %

 

                            Acreditei no modelo que a margem estatística de erro sendo de 5 % poderíamos dizer que um vigésimo da esquerda seria 2,5 % e outro tanto da direita mais 2,5 %. Passei a adotar essas frações como definidoras de várias coisas. Por exemplo, se há qualquer par polar oposto/complementar, tirando 2,5 de 100 % ficamos com 97,5 % de não-extremadamente ruins. Ou seja, há 2,5 % de bons, 47,5 % de cooptáveis para o bem, 47,5 % de cooptáveis para o mal e 2,5 % de ruins, definitivamente ruins. Nada que se faça vai torná-los bons, nada mesmo. Eles vão ser permanentemente ruins em qualquer situação. Se tudo for feito a favor eles reclamarão da felicidade.

                            E assim por diante, otimistas e pessimistas, pombas e gaviões, oferecidos e resistentes. Ressalta que os 2,5 % estarão sempre chamando os seus 47,5 % e tentarão cooptar os outros 47,5 % que não são seus, mas podem ficar tão indiferentes ao contrário que é como se fossem. Isto é, em algum momento 97,5 % da população podem ser anti-governistas. Nessa extremização polar a mola ou tensor dialético estará armado ao máximo, com a máxima potência de retorno. Quando o retorno se der os que estiverem contra os 2,5 % que passam a liderar serão massacrados – haverá nova extremização, mas para o oposto/complementar, até a energia se gastar, até o esvaziamento. Exemplos podem ser vistos em toda a geo-história, digamos no Terror francês, basta triar, vascular a GH.

Agora, se o mundo fosse reduzido aos 2,5 %, eles passariam a ser 100 %, porque é estatístico. Ou seja, se o mundo fosse reduzido aos 2,5 % de fiéis, dentro deles começariam a surgir os novos infiéis, e assim por diante para todo o dicionário. Em resumo, o mundo retornaria a tudo que é agoraqui, de outra forma, com outros nomes, desde que houvesse tempo suficiente para o ciclo dialógico, ou as condições fossem as mesmas. Como nunca podem ser exatamente as mesmas, o desenho evidentemente nunca é o mesmo, também. Mas é semelhante. Por outro lado, se tentassem zerar os 2,5 % da esquerda ou da direita, ou ambos, eles reemergiriam, reassumiriam suas prerrogativas.

                            Creio que toda uma sintanálise nova surgirá da avaliação desse problemassolução dos 1/40.

                            Para todas as palavras do Dicionário, onde estão seus 2,5 % representantes? Onde os 2,5 % de prescientes, onde os 2,5 % de ejaculadores precoces que nunca serão curados? Onde os 2,5 % de ébrios para os quais as tentativas de cura constituirão tortura? Aqueles que estarão embriagados sem sequer beber? E onde e em quantos indivíduos estão as palavras do Dicionário espalhadas? Porque é certo que haverá um egoísta entre os ébrios, com seis bilhões de pessoas – o que vem colocar questões muito interessantes. E aquelas pessoas que são permanentemente azaradas? E outras, que são sempre sortudas, como o Forrest Gump? Não é um pensamento interessante?
                            Vitória, segunda-feira, 26 de agosto de 2002.

Excelência Capixaba

 

                            Ainda me lembro de quando os produtos japoneses, na década dos 1960, significavam porcarias, coisas ruins, que não devíamos comprar, como hoje os chineses, que a gente adquire por serem mais baratos que os outros todos. Foi assim que os japoneses se firmaram, a ponto de hoje serem considerados os melhores, por exemplo, os televisores Sony. As empresas brasileiras consorciadas com os japoneses afirmam: “os nossos japoneses são melhores que os dos outros”. O mesmo se dará com os produtos chineses. Quarenta anos passam logo.

                            Sobre o Made in Brazil (feito no Brasil) poderíamos acrescentar EXCELÊNCIA CAPIXABA. De início              as pessoas iriam rir, talvez, mas com o tempo se acostumariam, em 40 anos teríamos uma realidade nova, reconhecida no mundo inteiro. Não precisamos seguir exatamente os passos do restante do Brasil, podemos acrescentar algo, do mesmo tamanho ou menor. E colocar o ES na senda do crescimento das exportações.

                            Uma vez fui contra, na época do Delfin Neto, PORQUE as coisas melhores vão sempre para o exterior, deixando no Brasil somente as coisas de segunda, terceira ou quarta classes. Contudo, se forem produzidas no mesmo nível de excelência (pelo mesmo preço), sendo vendidos os produtos indiscriminadamente dentro e fora, estarei de acordo e fazendo propaganda.

                            Então, nessas condições, o ES deveria se tornar eminentemente exportador, como o Japão, a Coréia, os tigres, os dragões, a China, os asiáticos todos. Territorialmente inexpressivo, o ES deve seguir a mesma senda do Japão e dos países pequenos, que investem pesadamente em tecnociência e em conhecimento, na reeducação de seu povo e de suas elites.

                            Agora, é questão de as lideranças capixabas se conscientizarem, de existir um governante que pelo menos tenha visão-de-mundo de estadista, de construtor de estado. Esse governante não surgiu ainda. Há tanto para fazer e muito pouco feito. Há milhares de tarefas, cada uma das quais já necessitaria uma vida. Daí ser preciso juntar muitos milhares de vidas brilhantes para fazer o ES dar esse salto. Em particular o salto exportador. Os transportes aéreos, terrestres, aquáticos e comunicativos ou de telecomunicações são o zênite de nossas existências.

                            Que esse governante surja, pois, para fazer a obra de libertação do povelite capixaba.
                            Vitória, quinta-feira, 29 de agosto de 2002.

Escolhendo em Quem Votar

 

                            Naturalmente faz muitos anos que não acredito em votar, em candidatos e em políticos – que estão no terceiro dos setes níveis, o da verdade/mentira utilitária, conforme chamei no modelo, onde ficam os políticos profissionais, os profissionais liberais, os professores, os sofistas em geral. Voto em qualquer um, quando minha mãe pede, para vereador ou para deputado estadual, mas nunca para governador, presidente, etc.

                            Se fosse para votar, quem escolher?

                            Em primeiro lugar, como disse a meu filho, Gabriel, de 16 anos, e a minha filha, Clara, de 18 anos, em quem ofertasse um programa lógico e dialético, relativo à realidade, um diálogo verdadeiro com o mundo. Por exemplo, com relação ao saneamento básico, os pontos seriam: 1) diagnóstico da situação passada e presente; 2) avaliação dos meios estatais e empresariais de intervenção; 3) como rearranjar os recursos (humanos e financeiros); 4) os projetos de arquiengenharia; 5) os desenhos efetivos; 6) a participação do povo e das elites, etc.

                            E construção de residências de boa qualidade para as massas: 1) terreno; 2) construção compartilhada e expansível; 3) paisagismo (grama, árvores, flores); 4) locais de conveniência; 5) acompanhamento por agentes dos governempresas, e assim por diante. O novo governante deveria instruir um programa tecnocientífico de produção de altíssima qualidade por preço muito baixo; e que elas pudessem ser modularmente expansíveis para acomodar os que vão nascendo.

                            Enfim, cadê a lógica da coisa, da res publica, a coisa pública?

                            Sem uma competente avaliação do cenário, como trilhá-lo? Sem avaliação dos recursos ambientais (municipais/urbanos, estaduais, nacionais e mundiais) e dos agentes pessoais (indivíduos, famílias, grupos e empresas), como prosseguir? Como conjuminar pessoas em ambientes nesse novo modo de agir?

                            A avaliação diria respeito a estudar o passado e o presente para, verificando as necessidades do primeiro estabelecer com as forças e poderes do segundo o futuro.

                           Os políticos profissionais só falam trivialidades: construção de pontes, de casas populares (ao modo antigo), de hospitais, compra de viaturas policiais para a segurança, e o resto. Ora, se houver tratamento de água e esgoto, se forem feitas boas casas, se houver um programa real de emprego, não necessitaremos tantos policiais porque haverá menos crimes.

                            De mais a mais, os governos estão sempre a reboque, resolvendo os problemas do passado, quando devem estar à frente, como consórcios populares que são. E quanto a agropecuária/extrativismo, industrialização, comercialização, serviços e bancos, o que dizer? E a exportação em grande escala, como fazem os países do Oriente, por exemplo, a Coréia, a China, o Japão? A Coréia, soube hoje, vai investir US$ 10 bilhões até 2006 para criar mais uma centena de milhar de cientistas, quando já tem 46 mil. O Brasil, que tem quatro vezes a população da Coréia (Brasil 172,8 milhões, estimativa para 2001, Coréia 47,1 milhões em 2001 – 172,8/47,1 = 3,7), deveria ter proporcionalmente 180 mil cientistas, pretendendo formar em quatro anos mais 450 mil, e estamos bem longe disso. Os países estão investindo na formação de seus povos, enquanto nós estamos investindo em porcarias.

                           Quando eu vir um político ou governante assim, darei meu voto com vontade, com confiança nesse fulano ou nessa fulana. Não há nenhum que investigue a fundo e crie um programa geral, que sirva a todos, seja ou não eleito. Devemos pensar que quem chegue lá, oferecendo esses programas, abrirá uma quantidade de funis que se abrirão parra o futuro. Programas vitoriosos sempre são adotados pelos governantes seguintes, mesmo que o atual não seja reeleito. No caso do fim da inflação, quem desejaria o retorno dela? Que governante ousaria propor algo assim? Por aí se vê que FHC e José Serra, tendo implantado bons programas, garantiram sua presença definitiva no cenário do mundo.

                            Eles são muito fracos.

                            É preciso alguém forte, que ame efetivamente povo e elites, a nação ou cultura. Esse alguém não surgiu ainda à frente do cenário do mundo.

                            Vitória, segunda-feira, 26 de agosto de 2002.

Escola de Línguas

 

                            Dizem que existem três mil línguas e mais cinco mil dialetos, totalizando oito mil, das quais os seres humanos que foram mais longe chegaram a aprender, sei lá, 50 ou 60, o que já um absurdo. Quem consiga três ou quatro, incluindo a própria, já foi bem longe.

                            Normalmente as escolas de línguas ensinam uma, em geral agoraqui o inglês, que é falado quase em toda parte pelos ricos (vou tomar como 5 %, o índice brasileiro) e os médios-altos (15 %), mais alguns pobres esforçados. Portanto, no mundo, um bilhão de duzentos milhões, para quinhentos milhões de falantes naturais.

                            Seja o inglês, o alemão, o italiano, o japonês, ensina-se a língua com desconsideração das demais, ao passo que na planetarização ou mundialização ou globalização desejamos algo além, algo mais. Já preguei a chamada inserção ou imersão lingüística, que consistiria em construção de verdadeiras cidades, mas aqui quero mais: escolas que pensem em todas as línguas simultaneamente. É impraticável ensinar todas elas, até mais que algumas, mas nem porisso precisamos deixar de pensar em todas, no que é a Língua geral, e no seu processo de matematização, como Psicologia/p.3 que é, mais longe ainda, Informática/p.4, Cosmológica/p.5 e Dialógica/p.6 (neste caso a tecnociência geral de diálogo com o universo).

                            Daí, se pudéssemos colocar essas novas escolas, elas teriam essa dimensão planetária, sendo franqueáveis em todo o planeta. O propósito não seria apenas o de ensinar algumas línguas, mas de ensinar humanização mesmo, a interpenetração de todos os seres humanos, para os novos propósitos.

                            É preciso um punhado de dinheiro para chegarmos até esse ponto, mas a serventia será termos diálogo com todos os seres humanos, sem ser necessário o forçamento para desaparecimento de quase toda a riqueza da diversidade linguística e a sobreposição daquelas poucas línguas tidas como as melhores, em razão da alta produtividade socioeconômica dos povos que as falam. Como estamos perdendo três espécies biológicas/p.2 por dia, estamos também perdendo espécies psicológicas/p.3, inclusive línguas e dialetos, o que é um desastre total.
                            Vitória, terça-feira, 27 de agosto de 2002.

Dewar Eletromagnético

 

                            Como eu já disse, gravinércia zero, º K e teleporte são a mesmíssima coisa. Se segue que podemos remeter uma partícula desde a Terra até 50 km  de altura (ou qualquer distância) dado um piparote, um empurrãozinho de nada nela. Ela sumirá aqui e reemergirá lá adiante. Conforme eu vinha pensando antes, seria necessário afastar todas as partículas até a distância de Planck (10-35 m) para, fugindo ao universo, mergulhando fundo, mergulhando “por baixo dele”, emergir lá longe, escapando à inércia, que tende a segurar tudo.

                            Agora, se em º K encontramos a porta ou passagem, naturalmente não precisamos ir até os buracos negros, onde qualquer nave seria estraçalhada pelos efeitos de maré. E muito menos ficar pensando em emergir num buraco branco, porque, se a matéria/energia e a radiação são expulsas nas bocas brancas, os big bangs de todo tamanho, as explosões de supernovas são naturalmente cataclísmicas.

                            É diferente pensar que em zero Kelvin podemos fazer a transição. Uma partícula pode ser enviada a qualquer parte do universo SE NÃO TOCAR EM NADA, porque, desde quando toque começará a receber movimento ou temperatura, daí massa, inércia, e peso, gravidade, seguindo-se sua paralisação. Deverá ser envolta num campo magnético, de modo a impedir-se totalmente que toque em qualquer coisa.

                            Para objetos grandes fica mais difícil.

                            A cristalização em ZK (zero kelvin) é possível, mas na medida em que o objeto viajasse a velocidades hiperluminais, maiores que a da luz, as camadas exteriores seriam detidas pela inércia ou temperatura ou velocidades maiores que ZK, enquanto as camadas mais de dentro prosseguiriam – o objeto deixaria um rastro de desintegração (isso pode ser usado para desintegrar objetos). Cabe aqui também a garrafa magnética.

                            Se trata de ENGANAR O UNIVERSO, envolvendo o objeto com um manto que não possa ser trilhado pela inércia nem pela gravidade – para todos os efeitos o objeto não se encontra lá.

                            Em todo caso, deve ser duplo manto, porque o que está fora (o universo) deve encontrar-se apenas com a separação magnética, enquanto o que está dentro também, na segunda folha de separação. Entre ambas a condição de ZK. Então, quando o universo enviar as partículas medidoras e a cola de retenção gravinercial, que dizer, o campartícula gravinercial, deparará com um buraco, um vazio, nada tendo a denotar. Dentro estará ainda a gravinércia própria do objeto, que é bem diminuta mesmo. Se a aceleração a pequena quantidade de G’s (gravidades) já provoca danos, imagine a aceleração quase infinita a velocidades super-luminais, acima da velocidade da luz! E depois a desaceleração! A contenção da dupla-folha magnética deve ser bastante poderosa, não podendo haver vazamento nenhum, ou as conseqüências seriam trágicas, com disrupção ou rompimento total. Isso em se falando de objetos inertes – imagine a situação de seres, quaisquer uns, em especial os humanos.

                            O problema fica sendo que enviar é fácil, trazer é que é difícil. Ao contrário do que se mostra em filmes de FC, o problema principal (mas é sempre problema) não é emergir dentro de uma estrela ou um planeta ou o que seja, mas sim no espaço “vazio”, que é, todavia, cheio, e para tal objeto MUITO CHEIO. Para se ter idéia, o Sol tem 1,3 milhão de km de diâmetro e isso é apenas quatro segundos-luz, ao passo que ele se insere num cubo de 4,5 anos-luz (a distância até Alfa do Centauro, a estrela mais próxima – seria 4,5/2 vezes dois, pois há que contar para o outro lado; então, 4,5 AL mesmo como lado do quadrado que compõe uma das seis faces do cubo), ou seja, (4,5 AL)3 = mais de 90 AL3. Um AL = 365,25 x 24 x 3.600 x 300.000 km/s. O Sol é, por comparação, um pontinho “insignificante”, e o restante do sistema solar mais ainda, pois todos os planetas juntos tem menos de um milésimo da massa do Sol. Ainda fica o problema, mas é mínimo. Talvez seja até o contrário, a desaceleração súbita a velocidades tão imensas pode destroçar uma estrela, sei lá. Esses objetos seriam armas inacreditavelmente poderosas.

                            Enfim, se for factível, os problemas a solucionar são em número muito grande. Gabriel, como muitos antes dele, como a FC faz tempo diz, pensou em enviar câmaras fotográficas. O problema mais agudo é como, ao chegar lá, onde quer que fosse, voltar; o que redirecionaria o objeto para trás, o que o empurraria de volta? E, principalmente, o que haveria de mirar a Terra, exatamente (e por exatamente o que estou entendendo o SS)?

                            Vitória, domingo, 25 de agosto de 2002.

Deuses = Doenças

 

                            No volume I, Das Origens à Grécia, na História Ilustrada da Ciência, Rio de Janeiro, JZE, 1987 (original de 1983), Colin A. Ronan diz na página 61: “Perpetuaram os calendários maias, dando especial ênfase ao tzolquin de 260 dias, e montaram um grande provisionamento com sua profissão médica, a qual subscrevia a antiga crença mesopotâmica, segundo a qual as moléstias eram causadas pelos deuses; o tratamento médico era, por isso, um paliativo até que os deuses apropriados pudessem ser persuadidos a efetuar a cura por si mesmos. Os vislumbres de ciência, que tinham aparecido na cultura dos olmecas e dos maias, desapareceram”.

                            Acontece que na Rede Cognata deuses = DOENÇAS = TRAIÇÕES = TENSORES = DIREÇÕES = DEMÔNIOS = DUPLOS = TORÇÃO = TIÇÃO = TESÃO = TENSÃO = TRAMPO = TRAMPOLIM = DÍZIMO = DEZ = TEMPLO = DOMÍNIO = TRIPLO = TOSE = BOSE = JESUS = JOSÉ = JOÃO = DOZE = TREZE = DOIS = TRÊS, e assim por diante.

                            Então, se a Língua Cognata for verdadeira, as doenças seriam mesmo deuses – mas, por quê eu não sei. Que deuses e demônios sejam duplos, duas faces da mesma moeda, é fácil de entender, porém a razão de um templo ser um trampolim para qualquer lugar, nem tanto. Será que as pessoas terão tesão quando estiverem tensas?

                            Em todo caso, acho que o passado está longe de ser simples como imaginaram (imaginamos). Talvez as pessoas tenham sabido de coisas através dos sonhos, ou a idéia das reencarnações seja correta (vazando conhecimentos de vez em quando), ou existam mesmo extraterrestres, sei lá. O fato é que a Língua Cognata começa a mostrar uma variedade de confirmações daqueles desprezados conhecimentos do passado.
                            Vitória, segunda-feira, 26 de agosto de 2002.