terça-feira, 6 de dezembro de 2016


Eu Rico

 

Por toda minha vida insisti em não ter riquezas nem conta de poupança, por vários motivos, dentre os quais os centrais são:

1)      Não participar da ganância de ter rendimentos de aplicações à custa de outros;

2)     Não ter tanta oportunidade de sair de carro, de viajar, de empregar o tempo em algo mais que pensar, ler, escrever, conversar (o que tem faltado, pois as pessoas não aceitam o pensamento divergente, não-concordante).

E há essa polêmica quanto a ser rico, se há realmente dano na concentração de renda, a GRANDE maioria, a quase totalidade acreditando que sim.

Já identifiquei o mecanismo que propulsiona ou, do outro lado, impede ou antepara o crescimento nacional, não sendo nada daquilo de Adam Smith e seus papagaios repetidores. Tão simples quanto isto: o que favorece os ganhos populares impulsiona a sócioeconomia, pois os miseráveis e os pobres gastam tudo, quase não poupam, levando os ricos e médio-altos a produzir para se apossar, girando e girando em círculo virtuoso.

Como em tudo no MP, Modelo Pirâmide, a riqueza é 50/50: em 50 % a concentração atrapalha e em 50 % favorece, neste caso criando as condições de investimento, além dos benefícios já citados da abastança (proteção das matas, desenvolvimento de novidades e produtos, etc., vá seguir).

Imagine minha situação, o que poderia ter feito se tivesse decidido seguir por aquele caminho e agora tivesse (para falar de números “redondos”, com zeros, pois eles não existem e podem ser quaisquer) 50 bilhões de dólares e 50 mil funcionários diretos, outros 450 mil indiretos: como é que 500 mil trabalhadores, estando agregados, poderiam ter sido prejudicados, se antes não tinham emprego e, se tinham, para serem arrancados deles só o seriam por salários maiores? Além disso, meus 50 bilhões estariam em bancos ou parte aplicada em construções que demandariam mais operários remunerados, com isso elevando a sócioeconomia.

Teria mil produtos-patentes, empregando engenheiros para fazer, desenhistas para criar as formas, competência desenvolvidas para criação dos produtos e assim por diante.

De fato, essa coisa da riqueza precisa ser revista.

Há um lado mau/mal (o mal é teórico, o mau é o praticante) e um lado bom/bem (aqui eles se confundem, só Deus é bom/bem, como disse Jesus) na fortuna, que favorece o crescimento. Parte do mal vem de que poucos decidem o que deve ser desenvolvido. Por mais que a GE, General Electric, tenha um lado ruim, é certo que desenvolveu produtos e estimulou outros a fazê-lo, tendo partido de Thomas Alva Edison, que sozinho (em seu nome) acumulou 2.332 patentes no mundo, 1.093 nos EUA.

PATENTES DA GE

http://files.brazil.geblogs.com/brazil/files/2011/03/linha-tempo-1a5.jpg
Estimulando os demais a inventar.
http://www.scielo.br/img/revistas/rac/v8nspe/a06fig01.jpg
Forçando os outros a pular.
http://www.scielo.br/img/revistas/rac/v8nspe/a06quad01.jpg
Estimulando a competição dos outros e a exponencialização a partir da inicial.
http://www.ufrgs.br/antropi/lib/exe/fetch.php?media=artigo_html_19ca1a99.jpg
TI, tecnologia da informação de outros.

Claro que foi contra pagamento, muitas vezes régio, grande rendimento deles contra o baixo aproveitamento nosso, mas como os índios teriam dado os saltos que deram com o acoplamento se tivessem tido que desenvolver sozinhos? Teriam chegado aonde a África chegou, mesmo pegando o bonde da ajuda a partir de 1500. Desde 3100 a.C. na Suméria e no Egito, africanos e americanos nativos pegam 4.600 anos de franco desenvolvimento mundial já pronto.

Como os miseráveis e os pobres teriam podido desenvolver sozinhos os milhares de aparelhos, instrumentos, programas, máquinas, produtos, instituições e institutos, as sete mídias, as 22 tecnartes, os conhecimentos todos sem os pagamentos e exigências dos ricos?

Como, pergunto, eu classe média posso ser neste particular melhor que eu rico? É certo que fiz de propósito, mantendo o que está à volta de mim em silêncio para poder render pensamentos e escritos. Contudo, do outro lado teria desenvolvido todas essas novidades (que seriam, é claro, não-divergentes em relação ao comum, ao passo que na linha real introduzi todas essas novidades estonteantes).

Isso precisa ser revisto.

Seria interessante fazer livro explorando essas dimensões.

Serra, quarta-feira, 09 de dezembro de 2015.

GAVA.

O Povo Encolhido

 

OS CINCO MUNDOS (em 196 países, escolhendo 1/5 teremos grupos de 40, colocando os cinco como cinco classes do TER)

MUNDO
RESPEITO DAS ELITES AO POVO.
FOCO CIVILIZATÓRIO.
Primeiro, A, 1-40.
Máximo.
Há identidade quase total do povelite.
Segundo, B, 41-80.
 
 
Terceiro, C, 81-120.
Quanto, D, 121-160.
Quinto, E, 161-196.
Mínimo.
Divergência quase total, cada um por si, Deus por ninguém (Por que Deus iria lá? Se ninguém ama alguém, Deus se retira, dá por perdido). O ego-ismo, super-afirmação do ego, reina impávido, colosso.

Tirei de Trotsky e coloquei minhas palavras: os conjuntos mudam diferencialmente, porisso os países nunca ficam na mesma posição, eles alternam em razão de suas decisões boas ou ruins. O exemplo que cito é o da Argentina, que era a 5ª economia no começo do século XX e de tropeço em tropeço (egoísmo dos dirigentes: governantes do Executivo, políticos do Legislativo, juízes do Judiciário, empresários) chegou à 28ª posição no começo do século XXI. Depois que os K passaram por lá deve piorar.

Quanto mais para baixo mais dissensões, mais desacordos, e mais arrepiantes são as condições de vida e psicologia, mais separadas as PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e os AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nação e mundo que ajuda), chegando-se ao “cada um por si” e os seus, poucos pensando nos outros: quase não permanecem laços de ligação no quinto mundo, a ganância dos poucos que têm é tremenda (até que alguém renuncie ao desprezo geral, se levante e com ele os outros).

REOLHANDO

MUNDO
AS ELITES IDENTIFICAM-SE COM O POVO.
VAZÃO DA PRODUÇÃORGANIZAÇÃO PARA OS DE BAIXO.
Primeiro, A, 1-40.
Ao máximo.
Quase total.
Segundo, B, 41-80.
 
 
Terceiro, C, 81-120.
Quanto, D, 121-160.
Quinto, E, 161-196.
Minimamente.
Quase nenhuma, os produtos, as máquinas, os programas, os objetos, os instrumentos, as instituições, as profissões servem quase que só aos de cima (pois aqui os EA imitam os A, que também têm E, AE, mas em nível mais elevado, é estatístico).

No quinto mundo, como os ricos e médio-altos consomem pouco os pobres e miseráveis não se animam, vivem deprimidos, nada esperam do futuro, não se dispõem a gastar, até porque não têm com que consumir, não excitam a sócioeconomia com pedidos (como já coloquei). Os de cima só estocam, guardam o dinheiro, poupam; são os de baixo que, tendo certa quantidade, “torram tudo” e assim animam os de cima a superproduzir, criando o círculo virtuoso.

Na falta de abertura do funil, de cima para baixo não vazam produtos, e não sobe o trabalho excitado para cima.

A sócioeconomia vai paralisando.

Os países só são ricos onde as elites abrem o funil para os operários e os pobres-miseráveis podem ter certa porção, aí gastam tudo, levando as elites a superproduzir – esta é a fórmula muito simples da expansão, não é nada daquilo de Adam Smith e seus sucessores bobocas.

Quando o povo é encolhido o país fica pobre.

Quando o volume possuído por ele é dilatado o país enriquece.

Essa é a fórmula mágica, tão simples quanto isso: povo espremido, país pobre, povo agigantado país riquíssimo (contudo, muda dialética ou relacionalmente, com o tempo e o afrouxamento da identidade as elites se tornam ambiciosas, elas se tornam gananciosas-estúpidas, como nos EUA de agora).

Serra, quarta-feira, 09 de dezembro de 2015.

GAVA.

Seleção Natural e Evolução

 

DEUS E NATUREZA (outra vez, com outro foco)

Em cima todos os possíveis, todas as perfeições de sempre para sempre.
DEUS.
O elemento subsistente, que contém TODAS as possíveis variações, todas as lógicas enquanto vetores das realizações dialéticas ou relacionais inferiores.
O poço não-finito inultrapassável.
Em baixo todas as expressões prováveis, sempre decaídas dos de cima, sempre insuficientes e imperfeitas.
NATUREZA.
O elemento insubsistente, que aparece e desaparece enquanto necessidades, ao sabor das suficiências de cima, expressando na bifurcação as criações ou sustentações de erros enquanto delimitações dos possíveis que estavam então ofertados.

Digamos, o tigre de dentes de sabre (fácil de visualizar os dentões) e seu ambiente de contrafavor justaposição: na medida em que ele fez escolhas evolutivas/criativas (pois é a Natureza que cria, não Deus, se fosse Deus as coisas seriam perfeitas, e vemos que não são), ensejou ou tentou uns caminhos e não outros, as escolhas que fez o puseram contra as barreiras evolutivas e ele terminou enquanto possibilidades: não existiam mais características de continuidade naquele rumo (ao passo que para a humanidade, até agoraqui, há, embora poucas).

NO MEIO DO CAMINHO HAVIA UMA PERDA (o povo diz “perca”, que é o peixe – de repente havia mesmo, o povo é fogo)

 
 
 
 
DESDEUS.
Vai encurtando a chance de chegar ao final, de sobreviver: reduz de 100 % a fração.
 
 
 
 
FINDANATUREZA.
Se permanecesse aqui, tudo seria perfeito para sempre.
Fazendo as escolhas, fatalmente há decadência, é inexorável.

Como já vimos, a “luta pela sobrevivência do mais apto” leva à extinção, o que permite permanecer é o amor, o auxílio, a ajuda – mas, de fato, há também seleção natural. E, com isso, há evolução, mas restritiva, limitativa, redutiva: ela reduz as chances de permanecer, quer dizer, uma vez que surge uma variação especial começam as apostas de quanto tempo ela subsistirá, quanto tempo durará, digamos a espécie humana – é questão de tempo acabarmos. As escolhas que fizemos ou fazemos nos ajudam a permanecer ou diminuem nossas chances.

Serra, quarta-feira, 09 de dezembro de 2015.
GAVA.

Poder e Mídia

 

Todos aqueles que se sentem perseguidos e são escorraçados procuram os lugares de liberdade: ouvem falar e vão. Cada qual que vai dá notícia, mais acabam indo, torna-se um funil, um atrator.

BUSCAM OS ÍNDICES: RIQUEZA, PODER, FAMA E BELEZA (todo tipo de projeção, que chamei evidenciação se parte de outros e auto evidenciação se parte de si)

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzdEGmrPwcMCPHsQorHtGKWEwkDIgB12GmaemaA0rtjVF6JQqhlSNSZ8tOOH7shf9Wz3RFMXT3JwkjC4ZjUoGQRFVXh_rQSM7HmdEny-c0a8nLdRYE6sxRdxwbOXK7B-CmBQK0uis6Bg4/s1600/Grandes+Concentra%25C3%25A7%25C3%25B5es+Industriais.png
Concentrações industriais indicam produçãorganização, riqueza: eles vão para lá.
http://www.operamundi.com.br/media/images/0102Pir%C3%A2mide%20da%20riqueza.jpg
Os ricos são generosos em dar o que não é deles, mas dão: os que vão ficam ao redor.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYfynEhlpWXCe8uQ-WREls2nD3G76dal5fofirSVAr41Qi7gpkkLjnl8V7vwTvkoxh53SNxMa8Rq3SSmr7WOYOERdQpd1iHKy-1YyXviS_6KCV-sZqX5MjwqbrPjlFjD2Vi59Cq85d8-ly/s1600/megalopole-japaotokaido-shinkansen.jpg
No Japão será a mesma coisa.
http://i0.statig.com.br/bancodeimagens/81/kv/lz/81kvlzba83ux4p7b8ipd5laxt.jpg
As vantagens de ninguém prestar atenção.

Quem vai?

OS DE SEMPRE, OS OPRIMIDOS (e lá, adquirindo o quadrado posto acima, tornam-se opressores, seguindo o mesmo caminho da Igreja depois do Edito de Constantino: ela não foi para qualquer obscura província asiática, foi para Roma) – tirado de Natural Indignação e modificado.

Artistas.
1
Ateus e agnósticos para obterem proteção ao se porem contra Deus.
2
Ciganos.
3
Criacionistas e darwinistas, por projetarem suas ofensas ao divino com tolerância do meio.
4
Doentes para obterem tratamentos avançados.
5
Escritores para receberem aceitação através da aquisição das obras.
6
Estrangeiros.
7
Excepcionais, como 5.
8
Homossexuais, visando invisibilidade (antes de agora).
9
Os tecnocientistas para receberem financiamento.
10
Índios.
11
Judeus para enriquecer como forma de proteção.
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5b/Jewish_population_in_the_USA_in_2000.svg/1684px-Jewish_population_in_the_USA_in_2000.svg.png
12
Magos, feiticeiros, bruxas, etc., como 6.
13
Mendigos, para receberem dinheiro.
14
Negros, como 12, e os judeus.
http://wizbangblog.com/wp-content/uploads/2011/08/map_nhblack.gif
15
Os antirreligiosos (não são os mesmos de 2 e 4) visando tolerância.
16
Os da mídia geral (07 grupos) e os tecnartistas (22 grupos), procurando emprego e aceitação para as obras (compra).
17
Os julgados malignos (eles vão para obter a proteção da permissividade para suas taras).
18
Políticos do Legislativo, governantes do Executivo, juízes do Judiciário querem esta “no centrinho” onde ocorre “o que importa”.
19
Religiosos para passar a mensagem.
20
Velhos buscando tratamento de saúde.
21

Como diz o povo, “aí é que mora o perigo”, pois do mesmo modo como não são os pobres a iniciar as revoluções, sendo sempre conduzidos, não são nos lugares pobres, atrasados ou calmos que as pessoas são perseguidas (quando isso acontece já se tornou lugar comum no país, como os pogroms na Rússia e em outros lugares).

ELES VÃO para onde estão aqueles índices, em particular o poder, o dinheiro e a mídia (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria, Cinema/Hollywood, Internet, Rádio), quer dizer, tudo que permite projetar suas ideias.

Como venho mostrando, tentado proteger, é justamente lá e de lá que se propagarão as ondas repressivas, “quando chegar a hora”, isto é, a crise, pois é lá que os opositores da oposição se concentrarão para ganhar massa expressiva, quer dizer, aonde se ajuntarão os pensamentos mortíferos.

É como a lâmpada atraindo (veja Os Que Morreram Queimados no Brilho) - eles são levados para a luminosidade, não percebendo que estão se dirigindo para a armadilha, como os judeus estão se dirigindo ao laço de enforcamento (veja O Laço Judeu). A dialógica quantitativa, que quantifica e aponta o tempo, é difícil de operar, mas a dialógica qualitativa, que apenas afirma o espaço, é fácil, é aonde tiver se dado o ajuntamento que o ciclo retorna ao ponto de partida, no caso dos EUA a mesma perseguição que a Alemanha (país mais avançado de então na Europa) focou.

Desastre.

Serra, sábado, 08 de agosto de 2015.

GAVA.