Fagulhas, Festa do Interior

 

LE GAL CANTAR

Parte superior do formulário ·  Festa do Interior Gal Costa Fagulhas Pontas de agulhas Brilham estrelas De São João... Babados Xotes e xaxados Segura as pontas Meu coração... Bombas na guerra-magia Ninguém matava Ninguém morria... Nas trincheiras Da alegria O que explodia Era o amor... (2x) Fagulhas Pontas de agulhas Brilham estrelas De São João... Babados Xotes e xaxados Segura as pontas Meu coração... Bombas na guerra-magia Ninguém matava Ninguém morria... Nas trincheiras Da alegria O que explodia Era o amor... (2x) Ardia aquela fogueira Que me esquentava A vida inteira Eterna noite Sempre a primeira Festa do Interior... (2x) Fagulhas Pontas de agulhas Brilham estrelas De São João... Babados Xotes e xaxados Segura as pontas Meu coração... Bombas na guerra-magia Ninguém matava Ninguém morria... Nas trincheiras Da alegria O que explodia Era o amor... (2x) Ardia aquela fogueira Que me esquentava A vida inteira Eterna noite Sempre a primeira Festa do Interior... (2x) Composição: Moraes Moreira/ Abel Silva

A maior parte dos governantes é ignorante, ambiciosa, bandida, despreocupada com o povo, insensível e todo o lado ruim do dicionário.

FOGUEIRAS DE SÃO JOÃO (eram festas incríveis que a falsa sabedoria urbana bombardeou em favor da superficialidade infantil, pseudo-intelectual)

A título de desenvolvimento foram matando as coisas características do campo; e para dar ares de “modernidade estrutural”, como diria RLB, excluíram os costumes longamente maturados do povo brasileiro. Eu mesmo fui a favor, porque na ânsia de favorecer a gente pensa que “ser desenvolvido” equivale a se parecer com os estrangeiros, o que está longe de valer. Os japoneses mesmo abandonaram suas tradições, a que de alguma forma vão voltar, pelo menos em parte; assim como os chineses, os coreanos, os hindus e todos os povos do mundo derrotados pela imagem ocidental-europeia/americana.

A IMAGEM OCIDENTAL DOS ORIENTAIS (no retorno não se vá exagerar, o que é bom deve ser preservado)

As línguas (8,0 mil) e falares estão sendo mortos, todos os gestos discordantes aplainados, todas as diferenças tornaram-se suspeitas, todas as independências foram bombardeadas, porque supostamente isso poderá produzir um mundo só com um governo só. Pode ser, pode não ser. Se for, nada nos garante que será melhor, pelo contrário, a mim parece pior ver Ásia, África, América-indígena sucumbirem e de tantos povos do mundo ver morto o passado.

A REDUÇÃO DO MUNDO

CAMPO	CIDADES
Começou a ser morto com o êxodo rural.	Todas as do Oriente, da África e da América foram obrigadas à semelhança (3/4).

Sobrou metade de 1/4, quer dizer, 1/8 ou 12,5 %.

Tal homogeneidade parece favorecer a união, mas não favorece, porque os povos foram obrigados a renunciar ou renunciaram por vontade própria. Agora somos pobres de 7/8 e está reduzindo ainda mais, dados que as mulheres foram forçadas a se parecerem com os homens (pobreza de 15/16) e assim por diante.

Serra, sexta-feira, 17 de agosto de 2012.

Estilo Nada de Costas

 

                        Tão interessados são os homens nos peitos das mulheres (indicando capacidade de criar os filhos) e as mulheres nos peitoris dos homens (indicando força de sustentação do futuro), que esqueceram as costas, exceto naqueles grandes decotes costais das mulheres, aquelas belas promessas.

DE TOMARA QUE CAIA ADENTRA O CAMARIM (de-costas emocionantes também)

Cabaré Elis Regina Composição: Aldir Blanc e João Bosco   Na porta lentas luzes de neon Na mesa flores murchas de crepom E a luz grená filtrada entre conversas Inventa um novo amor, loucas promessas De tomara-que-caia surge a crooner do norte Nem aplausos, nem vaias: um silêncio de morte Ah, quem sabe de si nesses bares escuros Quem sabe dos outros, das grades, dos muros No drama sufocado em cada rosto A lama de não ser o que se quis A chama quase morta de um sol posto A dama de um passado mais feliz Um cuba-libre treme na mão fria Ao triste strip-tease da agonia De cada um que deixa o cabaré Lá fora a luz do dia fere os olhos Ah, quem sabe de si nesses bares escuros Quem sabe dos outros
	Tomara que caia, Scarlet.

Em algum momento alguém perguntou: e as costas?

Quando há Miss Universo (nunca fizeram Senhora Universo, mirando as mulheres fornidas com tudo no lugar, as milf cheias de consistência para dar; nem mesmo Senhora Terra) sempre são focadas as pernas, o púbis, as nádegas e os seios, objetos maiores da tentação ao nosso lado.

FALTA ATENÇÃO

MOCINHA UNIVERSO (> 18)	ADULTA UNIVERSO
MÃE UNIVERSO	SENHORA UNIVERSO

E também não dão atenção aos pés, à nuca (aqueles cabelinhos, ui), às ancas. Já fiz levantamento geral, não vou repetir.

FALTAM AS COSTAS, CARAMBA! (e aí, por conta dessa igualdade que rola por aí, as mulheres exigiram a apresentação das costas masculinas, mas não vou colocar aqui, vocês que se virem)

Ay!

Isso arrasa comigo!

Socorra-me, meu Pai.

Se eu quisesse resistir, se sequer eu pensasse em resistir eu faria uma força mais ou menos pequena para isso, mas eu sei que não iria agüentar!

Fico acabado quando vejo umas costas assim, inteirinhas, principalmente fora das praias. Todo mundo mira os outros lugares, preferencialmente, mas eu fico focado nas costas, aquela curvinha da coluna, Deus meu, é demais. Dá uma sensação de calor que vou te contar.

Tá, pode dizer que é tara, pode dizer, eu agüento o preconceito, aceito mesmo, até aplaudo, pode me chamar do que quiser, sou mesmo, tarado, taradinho, que se vai fazer? A gente nasce assim. Se você considera defeito, tudo bem, você tá dizendo, né? Eu não considero. Aquela curvinha que desce dos ombros, vai para frente, recua e espalha, ó meu Deus, vou ter um troço.

Serra, terça-feira, 07 de agosto de 2012.