domingo, 8 de outubro de 2017


Um Modo de Publicar

 

                            Com os gravadores de CD e de DVD não é mais preciso publicar em livro nem colocar à venda pela Internet via e-commerce, o que pode ser amplamente replicado pelo primeiro ou sucessivos compradores ou por quem invada o sistema. Nas livrarias o primeiro que comprasse poderia emprestar aos amigos ou até replicar ele mesmo e passar adiante, mas como já disse até os piratas prestam serviço. Também os livros podem ser emprestados (o que constitui um tipo de pirataria; e antes podiam ser xerocopiados).

                            Podemos gravar ASC (Adão Sai de Casa) e Atlântida em CD e colocar à venda nas livrarias, como se fosse livro. Talvez Atlântida deva ir primeiro, porque é um nome conhecidíssimo no mundo inteiro, mesmo dos orientais, ao passo que se a Bíblia é o livro mais vendido, lido em quase todas as línguas, pelo menos não é religião dos orientais e seria preciso explicar, especialmente o “sai de casa”.

                            Quanto custaria?

                            Pode-se comprar 100 CD’s a gravar por 80 reais, saindo a 0,80 real cada. Aí viria o estojo, mais a criação da capa colorida (que custa tinta, cartucho por 40 reais, não sei quantas capas seria possível criar). Deveríamos incluir também o custo do computador, o tempo da pessoa que grava, de modo que numa empresa sairia por bem mais. Nas bancas tenho visto CD’s com revistas sendo vendidos de 10 a 15 reais, enquanto os programas piratas são vendidos por até 7 reais numa quantidade maior. Talvez nosso custo saísse por 3 reais, o preço de venda podendo ficar em 15 reais (dos quais os 20 % da livraria seriam 3; sobrariam 12, menos os 3 de custo, 9 reais de “lucro”, permitindo multiplicar outros três exemplares). Gravando 10 de um e 10 do outro enquanto escrevo de manhã ou de noite, poderiam ser 3,6 mil de cada por ano.

                            Enfim, é exequível. Restaria saber se os livreiros topariam em consignação. Em todo caso é preciso registrar na Biblioteca Nacional antes de começar o processo, escaneando o registro e colocando na capa do livro, bem no preâmbulo (porque no Brasil roubam de tudo).

                            É preciso preparar cada livro para leitura em máquina.

                            Na Internet a gente pega instruções para preparação dos livros para entrega a editora: espaço dois, tipo 12, times new roman, 3,5 cm de cada lado (acima e abaixo, na esquerda e na direita) – o que multiplica em muito as páginas (fiz isso em ASC e saltou de 600 para 1.250 páginas).

                            Em resumo, dá para fazer.

                            Vitória, quarta-feira, 22 de junho de 2005.

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