Superescritório
Como
vimos neste Livro 127 em Mobiliário da
Sala-Administrativa, podemos fazer muito para melhorá-la. Dizem ser os
funcionários públicos no Brasil seis milhões, enquanto a força ativa de
trabalho (PEA: população economicamente ativa) está em torno dos 40 % da
população, de 180 milhões mais de 70 milhões, de que os servidores
constituiriam menos de 10 %. Se 20 % da PEA
forem de gente dos escritórios tanto governamentais quanto particulares,
teremos de 12 a 15 milhões nessa condição; trabalhando (descontando quatro
semanas de férias) 48 semanas por ano, cada semana 5 dias, são da média de
trabalho de 30 anos (12 milhões x 30 anos x 48 semanas/ano x 5 dias por semana
=) 86,4 bilhões de dias, a maior parte das horas as pessoas sentadas, o que
pode provocar todo tipo de dores, principalmente nos músculos da coluna.
Embora
o pessoal do escritório desvie para si – estando perto do poder – todo tipo de
benefícios que os outros não têm, assim como sucos, ar condicionado, café e
demais autocontemplações ainda será verdadeiro que os escritórios quase não
evoluíram, apesar de tudo, ORGANICAMENTE. O que aconteceu foi produzirem uma
quantidade de objetos juntados no mesmo lugar, a um custo muito alto para
todos, especialmente para o povo, que paga via tributos a farra governamental.
Mas,
organicamente não evoluíram, mormente se levarmos em conta as capacidades novas
da tecnociência e de todos os conhecimentos. Não foi replanejado o escritório
para a visão, para a audição, para o olfato e para o tato (dado que para o
paladar seria difícil ou impossível). Por exemplo, não foi reprogramado para
amortecer o som, já que há tanto barulho nas repartições, com tanta gente
falando ao mesmo tempo, teclados sendo operados e tanta coisa mais. Além disso,
os “aquários” (como denominaram os cubículos onde ficam os funcionários, dado
que envidraçados) são cubos, tais como os prédios (veja a questão do anticubo
como conceito). As mesas não foram replanejadas, nada foi. Não há na maioria
das repartições “som-ambiente”, o som difuso a partir de, digamos, uma Rádio do
Funcionário ou o que fosse.
Não
houve estudo de cores, não se estudou nada mesmo.
Enfim,
é um desastre.
A
empresa que se dedicar a isso vai se tornar maior que a Microsoft ou qualquer
gigante do mundo.
Vitória,
quarta-feira, 13 de julho de 2005.
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