quarta-feira, 11 de outubro de 2017


Os Deuses Velhos do Rio de Janeiro


 

                            Houve um tempo em que os brasileiros todos do Norte, do Nordeste, do Centro-Oeste, do Sul e do próprio Sudeste olhavam com reverência tudo que vinha do Rio de Janeiro estado (até anos depois da transferência da capital federal, ainda separado do então estado da Guanabara) e do Rio de Janeiro cidade, especialmente esta. Era uma verdadeira babação. Ficávamos esperando a próxima revelação genial dos cariocas. Desde um tempo para cá o Rio de Janeiro está em completa decadência. Ainda não estão fugindo, mas estão perto disso.

Os intelectuais cariocas continuam comportando-se como se o país lhes devesse aquela antiga reverência, mas são deuses velhos, arcaicos. Pois depois de quase dois séculos de extração socioeconômica de todo o país rumo à capital nacional, culminando nos 23 anos que foram de 1945 a 1968, quer dizer, nos fantásticos anos desde o fim da II Guerra Mundial até Maio de 68 em Paris (a geração inteira terminou em 1975). O mundo inteiro, inclusive e especialmente o Rio de Janeiro gozou aqueles anos abençoados. Quando 1968 passou, quando 1975 veio e se foi levou com ele a glória passada do Rio, de que ainda continuam vivendo aqueles deuses envelhecidos de lá, como se o universo inteiro lhes devesse reverência mesmo após esses outros 30 anos decorridos. Agora quase todos fogem do Rio, inclusive suas antigas províncias, como o Espírito Santo. O empobrecimento de lá, que já era agudo (de mais de 30 % da renda nacional caiu a pouco mais de 10 %, dividindo por três; e a população pelo menos dobrou – vai ser necessário fazer as contas certas -, de forma que a riqueza relativa do Rio no país caiu a 1/6 do que era, embora possa ter crescido de modo absoluto), tornou-se alarmante e as drogas e a criminalidade campeiam.

                            Quem é que salvará aquele lugar? Os boas-vidas é que não serão. Será preciso gente de valor, disposta a dar até a vida pela volta da felicidade das gerações vindouras (porque estas de hoje já estão perdidas).

                            Vitória, terça-feira, 05 de julho de 2005.

                           

                            A DECADÊNCIA DO RIO DE JANEIRO

Estados Brasileiros - Rio de Janeiro
GEOGRAFIA – Área: 43.797,4 km2. Relevo: planície litorânea com morros, lagos, várzeas e dunas e planalto a oeste. Ponto mais elevado: pico das Agulhas Negras, na serra do Itatiaia (2.789 m). Rios principais: Paraíba do Sul, Macaé, Muriaé, Piraí, Grande. Vegetação: mangue no litoral e mata Atlântica, floresta tropical.
O ORDENAMENTO URBANO CARIOCA SOB A ÓTICA DO PLANO ESTRATÉGICO DE CIDADES [1] Monica Amendola
A partir da década de 90, no governo do prefeito Sr. César Maia, a administração municipal incorpora a ideologia do Plano Estratégico de Cidades nas decisões administrativas da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário