O
Bornal do Caçador
Já tratei muito da bolsa da coletora, vamos
olhar dentro do bornal do caçador, que era uma sacola, mas bem diferente da
outra.
DUMA
E DOUTRO
BOLSA DA COLETORA.
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BORNAL DO CAÇADOR.
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Ampla, enorme, para caber muita coisa
recolhida todos os dias.
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Pequena, poucos objetos, utilitária, de
carregar os instrumentos.
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Pequenas distâncias no terreirão, defronte
à caverna.
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Longas distâncias desconhecidas (se fosse
pesada, cansaria demais).
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Deveria atender aos 80 a 90 % de todos com
verduras, raízes, insetos encontrados.
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Para um, muito eventualmente sendo
compartilhado com os companheiros, quando em tremenda necessidade.
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Compartilhável, para atender na necessidade
a toda a coletividade.
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Isolado (não mexa no bornal de um homem,
hoje sua pasta).
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Para todo tipo de coisa, até mudas de
plantas (mulheres trocam receitas).
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Só o mínimo dos mínimos, o mínimo
minimorum.
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Com criança na barriga, no peito, nas
pernas, deve-se tomar cuidado com coisas cortantes, será automático nelas.
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Não são permitidas crianças perto de bornal
(JAMAIS crianças devem mexer nos objetos de caça).
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Elas estão CONSTANTEMENTE com as bolsas,
pois pode haver coisas a recolher em todo lugar e a qualquer instante.
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Raramente um homem portará seu bornal,
porque raramente sairá para caçar; mas, quando for, quer encontrar logo o
bornal (mulher, não o esconda).
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São objetos DISTINTÍSSIMOS, pois suas funções
são diversas, o Bornal geral dos homens serve à busca da grande proteína
(coisas de acender fogo, apontadores, furadores para costurar brutalmente,
pontas reservas de lança, arco-de-flecha na aljava e seus equivalentes
pós-contemporâneos na pasta 007, agora o computador, um sapato de reserva – mas
não cueca).
Enfim, delicioso estudo.
Será entusiasmante a sequência dos estudos e
a busca geo-histórica, em todos os coletivos e em todos os tempos.
Como pôde passar despercebido?
Vitória, terça-feira, 3 de outubro de 2017.
GAVA.
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