terça-feira, 3 de outubro de 2017


O Bornal do Caçador

 

Já tratei muito da bolsa da coletora, vamos olhar dentro do bornal do caçador, que era uma sacola, mas bem diferente da outra.

DUMA E DOUTRO

BOLSA DA COLETORA.
BORNAL DO CAÇADOR.
Ampla, enorme, para caber muita coisa recolhida todos os dias.
Pequena, poucos objetos, utilitária, de carregar os instrumentos.
Pequenas distâncias no terreirão, defronte à caverna.
Longas distâncias desconhecidas (se fosse pesada, cansaria demais).
Deveria atender aos 80 a 90 % de todos com verduras, raízes, insetos encontrados.
Para um, muito eventualmente sendo compartilhado com os companheiros, quando em tremenda necessidade.
Compartilhável, para atender na necessidade a toda a coletividade.
Isolado (não mexa no bornal de um homem, hoje sua pasta).
Para todo tipo de coisa, até mudas de plantas (mulheres trocam receitas).
Só o mínimo dos mínimos, o mínimo minimorum.
Com criança na barriga, no peito, nas pernas, deve-se tomar cuidado com coisas cortantes, será automático nelas.
Não são permitidas crianças perto de bornal (JAMAIS crianças devem mexer nos objetos de caça).
Elas estão CONSTANTEMENTE com as bolsas, pois pode haver coisas a recolher em todo lugar e a qualquer instante.
Raramente um homem portará seu bornal, porque raramente sairá para caçar; mas, quando for, quer encontrar logo o bornal (mulher, não o esconda).

São objetos DISTINTÍSSIMOS, pois suas funções são diversas, o Bornal geral dos homens serve à busca da grande proteína (coisas de acender fogo, apontadores, furadores para costurar brutalmente, pontas reservas de lança, arco-de-flecha na aljava e seus equivalentes pós-contemporâneos na pasta 007, agora o computador, um sapato de reserva – mas não cueca).

Enfim, delicioso estudo.

Será entusiasmante a sequência dos estudos e a busca geo-histórica, em todos os coletivos e em todos os tempos.

Como pôde passar despercebido?

Vitória, terça-feira, 3 de outubro de 2017.

GAVA.

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