A Vida Miserável dos
Ricos
Como consta na
página A12 de quinta-feira, 02 de junho de 2005 do jornal A Folha de São Paulo anexo, a desigualdade avançou tanto no Brasil
a ponto de 1 % dos mais ricos deter “quase a mesma parcela de renda dos 50 %
dos mais pobres”. Deu noutra parte que os 13 % de renda em poder do 1 % tinha
passado para 0,6 %, quase dobrando a concentração desde o fim da URSS. Leia
corretamente: 1) 0,6 % detém 13 % da renda nacional; 2) 1 % detém tanto quanto
50 % dos mais pobres; 3) quer dizer que os mesmos 0,6 % devem proporcionalmente
deter o equivalente à renda de 30 % (se são os mais pobres é outra estória;
isso não se pode apurar): em todo caso, grosso modo, a proporção é de 1/50.
Noutro anexo você
poderá ver propaganda de seis páginas inteiras do mesmo JSP, agora caderno A página 11 e ss. de 05 de junho de 2005, sobre
o condomínio Iepê, colocado em 36.400 m2 de área em terreno de uma
dessas “regiões nobres” de São Paulo, não sei onde, vendendo junto o campo de
golfe próximo com 600.000 m2.
A riqueza dos ricos
brasileiros está esburrando, saindo pelo ladrão, literal e metaforicamente.
Do outro lado as
favelas abundam.
Claro que há a
parede de contenção, como numa usina hidrelétrica faz a barragem segurando o
povo-água para gerar energia para extração pelas elites. Quando a quantidade de
água é demais ou a engenharia é ruim (de qualquer modo é ruim) em algum momento
aquilo irrompe e desce, destruindo tudo no caminho. É só questão de quando.
TODO O POVO CONTIDO ACIMA VAZA PARA OS RICOS
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A
vida luxuosa dos ricos está representada na miséria presente nas favelas e na
futura miséria dos próprios ricos.
Bem
feito!
Vitória,
terça-feira, 07 de junho de 2005.
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