Tentando o Impossível
que Amiúde os Antigos Conseguiam
Foi no Discovery
Channel Brasil que vi parte do episódio Catapulta
Romana, que passou das 18:00 às 20: 00 horas do dia 26/06/2004, sábado, na nova
série TENTANDO O IMPOSSÍVEL, em que
um grupo de engenheiros é incumbido de construir qualquer objeto antigo extraordinário
(05/06: O Primeiro Submarino; 12/06,
Segurança nas Tumbas; 19/06, O Primeiro Zepelim), naquele caso uma
catapulta romana que fez cerco a Jerusalém (pode ter sido num dos cercos que
Tito ou Vespasiano promoveram, depois do ano 70).
No caso da
catapulta, depois de semanas de esforço fizeram o primeiro disparo com uma bola
que no teste voou um pouco mais de 20 metros, parece; na tentativa oficial ela
chegou perto dos 100 metros, qualquer coisa assim. Se quiser os números
corretos assista e anote. Tendo sido usada essa única vez a catapulta imensa -
mais de quatro metros de altura, muito pesada - não funcionou mais, ficou
imprestável, e isso com engenheiros e cientistas pós-contemporâneos e toda
tecnociência atual de planejamento e construção. Uma vez usada tornou-se
inservível, impraticável o novo uso.
Bem, acontece que na
Antiguidade (que vai até 476) usavam com freqüência, durava muito tempo, operava
sob condições não-ideais de campo depois de terem sido transportadas grandes
distâncias em partes ou inteiras. Não eram coisas de laboratório, delicadinhas
– comportavam o pesado esforço de transporte em terreno acidentado e uso sob
fogo de batalha. Veja só o que são as coisas: depois de dois mil anos e de
tanta melhoria na tecnociência não conseguimos reproduzir uma daquelas máquinas
para os antigos corriqueiras, pois viviam em guerra.
Não se pode
desprezá-los, não é mesmo? Nem de longe. Eram competentes, aqueles lá, e faziam
costumeiramente o que para nós equivale a tentar o impossível.
Vitória, sábado, 03
de julho de 2004.
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