segunda-feira, 3 de julho de 2017


Tentando o Impossível que Amiúde os Antigos Conseguiam

 

                            Foi no Discovery Channel Brasil que vi parte do episódio Catapulta Romana, que passou das 18:00 às 20: 00 horas do dia 26/06/2004, sábado, na nova série TENTANDO O IMPOSSÍVEL, em que um grupo de engenheiros é incumbido de construir qualquer objeto antigo extraordinário (05/06: O Primeiro Submarino; 12/06, Segurança nas Tumbas; 19/06, O Primeiro Zepelim), naquele caso uma catapulta romana que fez cerco a Jerusalém (pode ter sido num dos cercos que Tito ou Vespasiano promoveram, depois do ano 70).

                            No caso da catapulta, depois de semanas de esforço fizeram o primeiro disparo com uma bola que no teste voou um pouco mais de 20 metros, parece; na tentativa oficial ela chegou perto dos 100 metros, qualquer coisa assim. Se quiser os números corretos assista e anote. Tendo sido usada essa única vez a catapulta imensa - mais de quatro metros de altura, muito pesada - não funcionou mais, ficou imprestável, e isso com engenheiros e cientistas pós-contemporâneos e toda tecnociência atual de planejamento e construção. Uma vez usada tornou-se inservível, impraticável o novo uso.

                            Bem, acontece que na Antiguidade (que vai até 476) usavam com freqüência, durava muito tempo, operava sob condições não-ideais de campo depois de terem sido transportadas grandes distâncias em partes ou inteiras. Não eram coisas de laboratório, delicadinhas – comportavam o pesado esforço de transporte em terreno acidentado e uso sob fogo de batalha. Veja só o que são as coisas: depois de dois mil anos e de tanta melhoria na tecnociência não conseguimos reproduzir uma daquelas máquinas para os antigos corriqueiras, pois viviam em guerra.

                            Não se pode desprezá-los, não é mesmo? Nem de longe. Eram competentes, aqueles lá, e faziam costumeiramente o que para nós equivale a tentar o impossível.

                            Vitória, sábado, 03 de julho de 2004.

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