quinta-feira, 6 de julho de 2017


Corte Temporal da Fissura Meso-Atlântica e a Inauguração da Paleontologia Marinha

 

                            Olhando o mapa da América do Sul emersa (pois ela é dupla, as terras emersas e as terras inundadas compondo a placa da América do Sul) devemos ver os planaltos Brasileiro e das Guianas, os crátons como sempre tendo estado ali, mas o Arco dos Andes e o Lobato entre ele e os crátons como tendo aparecido depois.

                            Como ficou dito no Livro 87, artigo Aquele Laguinho Muito Quente e as Estranhas Mudanças que Ele Provocava, e em vários outros textos, de início devemos pensar no começo da abertura como sendo um zero de separação entre a África e o Brasil. A fissura ainda era uma rachadura no manto.

                            Depois foi crescendo.

                            Saber em que ritmo o foi é importante e para tal determinação seria preciso enviar sondas-robô a muitos pontos da imensa área entre a costa oeste da África e a costa brasileira. De repente, escolher um corte inicial, de um e outro lado da atual abertura, para descobrir os fósseis de animais marinhos que caíram e foram petrificados. Diferentemente de em terra lá não é preciso trazer inteiro, bastam cilindros verticais, para datação; num mesmo corte poderemos descobrir muitas datas. Colocar num tubo, inflar e deixar subir para ser recolhido. Um punhado de robôs pode percorrer ano após ano grande pedaços do fundo do mar. Uma escolha bem feita permitirá saber muito em pouco tempo e a um custo relativamente diminuto. Saber como prosperou a criação do fundo do Atlântico é importante, porque ele só tem DEFINIDAMENTE no máximo 273 milhões de anos e não bilhões como outros oceanos. Os depósitos de onde surgiu o óleo enterrado, onde quer que tenham sido feitos, estarão sempre nos fundos que existiam QUANDO EXISTIAM; traçar espaço X tempo economizará nas buscas. Se o assoalho oceânico cresceu num ritmo acelerado nuns pontos, mais que noutros, naqueles pontos a área onde buscar será maior, ao passo que nestes últimos muito mais estará depositado em tempo maior num espaço menor.

                            Assim, os robôs não farão no fundo do mar o mesmo tipo de busca completa de superfície, pelo contrário, eles serão brutais (até porque não é possível proceder de outro modo) e diretos, trazendo as colunas identificadoras, de onde os dados levarão às informações.
                            Vitória, quinta-feira, 22 de julho de 2004.

Nenhum comentário:

Postar um comentário