As Mulheres Inventam
a Caça
No Modelo da Caverna
os homens (machos e pseudofêmeas) são caçadores, enquanto as mulheres (fêmeas e
pseudomachos) são coletoras.
No livro O Macaco Nu já citado de Desmond
Morris, na página 36 e ss. ele inventa um monte de justificativas infantis:
·
“A
resposta para isso foi a criação da união aos pares. Os macacos caçadores
machos e fêmeas tiveram de se apaixonar e manter-se reciprocamente fiéis”. Que
lorota! Pois se todo mundo sabe que ambos, homens e mulheres são amplamente
infiéis, especialmente os homens hoje em dia. Mas nas cavernas, mostraram os
raciocínios, as mulheres se entregavam a todo homem válido que tinha provado
seu valor, primeiro aos do quartil superior; depois, aos aleijados, aos velhos,
aos anões, até aos pseudomachos, para garantir a qualquer custo os depósitos de
esperma;
·
“Os
machos estavam seguros da lealdade das suas fêmeas, podiam deixá-las para ir
caçar, e evitavam lutar uns contra os outros”. O cenário mostrado no MC é MUITO
MAIS complexo. As fêmeas (como faziam nas saturnais e fazem de novo hoje com os
lover boys nas festas ou nos carnavais, em toda oportunidade em que podem
remontar o ambiente das cavernas) não são comportadinhas, pelo contrário, devem
ser mantidas sob trela pelas religiões, os preceitos morais, as leis, a
vigilância dos machos e das outras fêmeas; quando bate a vontade ninguém
segura. Não existe nenhuma segurança quanto à lealdade das fêmeas, pelo
contrário. DE fato, o modelo diz que apenas 2,5 % ou 1/40 serão leais, em
qualquer situação. Não depende de nada, de nenhum conjunto, senão da
propriedade da construção do universo, refletida na Curva do Sino.
Talvez apiedado do franco contraste
entre sua promessa de fidelidade e a realidade, tal como a vemos ou sabemos,
Desmond Morris diz, p. 36: “Vê-se bem, pelo comportamento atual da nossa
espécie, que o problema não está completamente resolvido e que os nossos
primitivos instintos de primatas continuam a manifestar-se de maneiras mais
atenuadas”.
Foi de DM que tirei, modificado, o MC.
Ele havia dito, p. 35: “(...) as fêmeas deixavam-se ficar quase permanentemente
na habitação”; e logo abaixo: “Os grupos de caça, ao contrário dos dos
carnívoros ‘puros’, tiveram de passar a ser exclusivamente formados por
machos”. As fêmeas e os pseudomachos montavam sempre 50%; mais os 25 % de
meninos; mais os velhos; mais os deformados em expedições de caça ou guerra;
mais os deficientes (física e mentalmente); mais os anões – todos juntos faziam
80 a 90 % ou mais do conjunto, necessariamente. De modo que os que iam eram
poucos. As mulheres não iriam transar com os anões, nem com os velhos, menos
ainda com os deformados e deficientes, porque propagariam os genes defeituosos.
O esperma dos válidos ERA PRECIOSO e muito valorizado.
Mas, uma vez grávidas não fazia muito
sentido a insistência dos machos, QUE ENTÃO ERAM ENVIADOS EM EXPEDIÇÕES. Quanto
mais longe melhor, porque os machos (como nós sabemos muito bem, de sermos
machos) são persistentes na busca da perseguida. É claro que as proteínas eram
importantes, mas as mulheres foram aprendendo a colher, a domesticar, ao longo
do tempo, de modo que as expedições de fato foram se tornavam cada vez menos
significativas; porém mesmo assim os machos eram enviados. Todas as fêmeas
não-inférteis estavam grávidas o tempo todo, porisso umas poucas “visitas” (até
hoje o nome se conservou) dos machos já bastava. Elas se guardavam dos outros
todos, isso sim, para evitar excesso de procriação com os “defeituosos”.
Contudo, sempre levavam alguns ao futuro, escolhendo cuidadosamente o
percentual. Claro que elas sempre foram de uma sabedoria inacreditável.
Assim, no fundo foram as mulheres que
inventaram a caça, além de terem criado quase tudo no começo.
Não tem nada daquela santificada e
estúpida, bucólica ou pastoril fidelidade. Tudo falso, o sexo campeava de um
modo que hoje seria inacreditável, porque sobrava tempo, já que a razão sempre
dá mais do que o corpo pode consumir (hoje também; é a política incapacitante
que faz tantos passarem fome).
Vitória, domingo, 25 de julho de 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário