Apropriação dos
Canais Lobato e as Dimensões das Províncias de Gás
Já vimos em Arcos de Petróleo e Gás, em Globo de Arcos e em O Empoçamento de Óleo nos Canais Lobato,
neste Livro 86, as condições gerais de encontrar óleo e gás. Quais seriam as
dimensões dessa busca? Para o gás, por exemplo, onde há mais é no alto das
montanhas, que estiveram no fundo do mar. Por gravidade o óleo foi levado para
baixo, migrando das condições de formação para outras. Algum, residual, há por
lá, porém relativamente pouco em relação ao dos canais e pouco relativamente ao
gás. Os Andes formam um arco de cerca de 8 mil km; se tivessem mil km isso
daria 8 milhões de km2, quase metade da área da América do Sul –
seria muito. Se a largura for de 500 km, daria 4 milhões de km2, o que
é bastante. Que descubra quem vá fazer o levantamento preciso. Aqui temos uma
ordem de grandeza.
Já para os canais,
tirando os Andes e os planaltos, é o resto todo. Para começar, toda a Amazônia
+ os Pampas, o que é muito, já que a Amazônia sozinha dá mais de 5 milhões de
km2; os Pampas tomam quase a Argentina inteira, que tem 2,5 milhões
de km2. Podemos dizer que deve constituir metade a 2/3 de toda a
América do Sul o canal Lobato daqui, onde antigamente transitada o mar:
portanto, de 8,5 a perto de 12,0 milhões de km2. Então, o dobro ou o
triplo da outra.
Evidentemente não dá
para procurar em toda essa área, sendo necessários os levantamentos de que já
falei. Depois, o avanço sobre ela pareceria (e seria) pretensão hegemônica, que
encontraria (devendo mesmo encontrar) tremendas oposições. Deixar entrar as
estrangeiras sobre os poços menos interessantes é condição de valorização. É
preciso “ir na boa”, como diz o povo. Na Rede Cognata, “ir no buraco”. Mais
ainda, reter sem usar é errado, porque é cobiça de latifundiário que não sabe
tratar a terra e fica esperando valorizar com base em trabalho alheio.
Terceiro, a fusão e outros métodos energéticos virão fatalmente à tona,
colocando o óleo de banda.
Tudo aponta para a
escolha MUITO seletiva, segundo os princípios que foram definidos. Agora, é
preciso fazer alguns testes estatísticos de descoberta antes: não se vá apostar
na certeza teórica que não garante a realidade.
Vitória, sábado, 10
de julho de 2004.
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