domingo, 2 de julho de 2017


Apropriação dos Canais Lobato e as Dimensões das Províncias de Gás

 

                            Já vimos em Arcos de Petróleo e Gás, em Globo de Arcos e em O Empoçamento de Óleo nos Canais Lobato, neste Livro 86, as condições gerais de encontrar óleo e gás. Quais seriam as dimensões dessa busca? Para o gás, por exemplo, onde há mais é no alto das montanhas, que estiveram no fundo do mar. Por gravidade o óleo foi levado para baixo, migrando das condições de formação para outras. Algum, residual, há por lá, porém relativamente pouco em relação ao dos canais e pouco relativamente ao gás. Os Andes formam um arco de cerca de 8 mil km; se tivessem mil km isso daria 8 milhões de km2, quase metade da área da América do Sul – seria muito. Se a largura for de 500 km, daria 4 milhões de km2, o que é bastante. Que descubra quem vá fazer o levantamento preciso. Aqui temos uma ordem de grandeza.

                            Já para os canais, tirando os Andes e os planaltos, é o resto todo. Para começar, toda a Amazônia + os Pampas, o que é muito, já que a Amazônia sozinha dá mais de 5 milhões de km2; os Pampas tomam quase a Argentina inteira, que tem 2,5 milhões de km2. Podemos dizer que deve constituir metade a 2/3 de toda a América do Sul o canal Lobato daqui, onde antigamente transitada o mar: portanto, de 8,5 a perto de 12,0 milhões de km2. Então, o dobro ou o triplo da outra.

                            Evidentemente não dá para procurar em toda essa área, sendo necessários os levantamentos de que já falei. Depois, o avanço sobre ela pareceria (e seria) pretensão hegemônica, que encontraria (devendo mesmo encontrar) tremendas oposições. Deixar entrar as estrangeiras sobre os poços menos interessantes é condição de valorização. É preciso “ir na boa”, como diz o povo. Na Rede Cognata, “ir no buraco”. Mais ainda, reter sem usar é errado, porque é cobiça de latifundiário que não sabe tratar a terra e fica esperando valorizar com base em trabalho alheio. Terceiro, a fusão e outros métodos energéticos virão fatalmente à tona, colocando o óleo de banda.

                            Tudo aponta para a escolha MUITO seletiva, segundo os princípios que foram definidos. Agora, é preciso fazer alguns testes estatísticos de descoberta antes: não se vá apostar na certeza teórica que não garante a realidade.

                            Vitória, sábado, 10 de julho de 2004.

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