domingo, 9 de julho de 2017


Ambientes Gerais e Intimistas nas Universidades

 

                            A falta de amor nos condena, como disse Nietszche.

                            Por exemplo, a UFES é completamente devassada no pior sentido e lá convivem dúzias de estilos diferentes (Gabriel, que é extremamente observador, diz que contou mais de vinte tipos de calçadas diferentes).

                            Pelo contrário, no sentido de isolar professores e alunos do barulho deveriam as universidades ser construídas com aquelas salas já referidas, em prédios como desenhados, estes colocados em tabuleiros de morros, cada faculdade estando num fundo, onde teríamos estacionamentos, pequenos restaurantes privados de cada uma, seus auditórios, museu, biblioteca, laboratórios, institutos, centros de pesquisa, etc. Digamos, a Engenharia ficaria toda num superconjunto do centro, cada fração, por exemplo a engenharia elétrica, num desses pequenos vales, constituindo um supergrupo de todas as engenharias, com tratamento diferenciado para cada qual; e a universidade inteira estaria num desses tabuleiros especiais. Isolamento para as PESSOAS (para indivíduos, para famílias, para grupos e para empresas), cada qual podendo se separar, se fosse o caso, para meditar; e os escritórios dos professores, sendo cada um também independente, até com forro acústico isolante para entrarem em meditação profunda, sem circulação de alunos, estariam situados em chalés, pequenas casas independentes. Bancos, locais especiais para conversas, mesas para pesquisas, toda uma preparação especialíssima visando tirar o máximo das inteligências para lá conduzidas.

                            Evidente que também haveriam condições de atendimento dos coletivos e do grupo geral, de toda a universidade; enfim, tanto o particular, como desenhado, como o geral comum.

                            O principal seria proporcionar lugares altos e baixos, com ou sem morrinhos, com cobertura, de modo que os alunos pudessem de fato em toda parte estarem a serviço de pensar soluções para o estado e a nação. Sem grandes investimentos como esperaremos conseguir grandes lucros? Temos de inovar. Repetir o estrangeiro é seguir atrás dele, talvez para sempre. É preciso mudar as características do nosso fazer.

                            Vitória, terça-feira, 03 de agosto de 2004.

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