A Expansão das
Cidades-Alveolares
Como visto neste
Livro 86, no artigo Buscando as
Cidades-Alveolares, estávamos definindo que elas devem logicamente ter
existido; aqui se trata de ver seu crescimento a partir do primeiro exemplar.
Quando alguém descobre
um modelo criativo ele é amplamente copiado pelos outros, porque promete
futuro; todos o replicam, certo ou erradamente. E é justo que assim seja. Ele é
repetido até o infinito por quase todos que vem depois, até que começa a haver
variação ou mutação. A primeira cidade-alveolar, toda aglomerada, com as casas
juntinhas e montando uma sobre as outras deve ser achada ainda junto de uma
caverna, como ficou dito; mas as seguintes irão cada vez mais longe, de forma
que poderemos medir quão distantes estão no tempo da original apenas mensurando
a distância até a boca da caverna: quanto mais longe estiverem mais recentes
serão.
E, na medida em que
foram se distanciando foram também mudando, alterando suas feições, descolando
as casas, descendo umas de sobre as outras (montá-las, que fazia sentido dentro
da caverna, porque haviam as paredes para apoiar, não fazia mais do lado de
fora), criando passagens, praças, tudo isso que conhecemos na atualidade. Deve
ter sido um avanço extraordinário as casas passarem a ter quintal,
posteriormente um sinal de riqueza; de início, como não podia ser junto às
casas mais antigas, já que essas eram caras, “nobres”, chiques, foi distante,
para os pobres da periferia – depois isso se tornou índice ou apontamento de
riqueza, o contrário do que era antes. Todos esses elos dessa incrível corrente
construtiva devem ser achados e catalogados segundo a lógica.
A LÓGICA DAS NECESSIDADES
1. Dentro das cavernas;
2. Fora, amontoadas;
3. Já com pequenas passagens;
4. Com “grandes” ruas;
5. Com quintais;
6. Com muitos quartos separados, etc.
Enfim, tudo voltou a ser emocionante
na arqueologia dos primórdios, pois existem centenas de passos a delinear. E
cada versão dessas deve ter tido seu período de vitória ou expansão, dominando
todo um horizonte do construir ou do urbanizar.
Vitória, terça-feira, 06 de julho de
2004.
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