domingo, 3 de dezembro de 2017


Nova Arquiengenharia Planetária

 

                            Quando comecei a pensar no assunto a coisa toda estava funcionando há bastante tempo. Fiquei décadas olhando. Falavam da engenharia planetária como sendo feita por grandes aparelhos e máquinas, ao modo assim das grandes obras hodiernas de mega-engenharia na Terra, porém maiores ainda, como uma projeção de crescimento até exponencial das dimensões.

                            Na realidade, penso que será o contrário.

                            Como visto neste Livro 145 em A Comunhão dos Novos-Seres surgirão muitos deles, será mesmo um enxame de novas razões a viver.

                            Não faz muito sentido, não faz sentido nenhum enviar os seres humanos já, porque os problemas potenciais do espaço são tremendos, o primeiro dos quais raios cósmicos vazarem as estruturas protetoras e passarem pelo corpo e pelo cérebro, neste provocando lampejos e destruição. O mais certo é enviar informação, aliás, MICA (memória, inteligência e controle artificiais) tão logo ela exista. E vermes, muitos vermes e vida primitiva colonizadora, só que transformados para cada satélite terrestróides de Júpiter ou de Saturno, digamos Titã, vermes-de-Titã, com a propriedade coletiva de terem na média o ser humano, ou seja, o ponto de ligação de todos eles deve ser sempre a utilidade para a humanidade. E lembre-se (nos filmes de ficção científica preparadores da nova era) dos exoesqueletos, tanto para humanos expandidos (com novas razões e novas emoções, novos sentidos externinternos) quanto para os demais NS (novos-seres), que irão desde carregadores até jatos-espaciais vagando entre planetas (dificilmente haverá aquelas estruturas caras, como naves imensas, seria mais barato e inteligente colocar naves-mínimas em volta do corpo).

                            E enviar micro-robôs, nano-robôs que comecem a montagem das fábricas nas condições locais de Io, de Europa, Ganimedes, Calisto e Titã; por último as cúpulas que receberão os visitantes senhores humanos, abrigados em condições especiais que diante das dos outros seres não serão extremas, serão relativamente frágeis. A COMUNIDADE DOS NOVOS-SERES será imensa, com milhões de cidades vagando pelo sistema solar, mexendo no Cinturão de Asteróides, habitando e construindo no Cinturão de Kuiper, naqueles corpos redondos gelados de lá.

                            É bem diferente disso que está posto até agoraqui.

                            De fato, em minha mente parece mesmo uma infinidade de seres racionais das muitas espécies realmente novas e artificiais até os híbridos de animais e humanos, de humanos e MICA, de MICA e animais, de seres sintéticos da arquiengenharia genética e assim por diante. Não se assemelha em nada com o cenário simplório mostrado até hoje. Em minha mente a Terra é o centro e referência dessa infinidade de mundos novos fervendo de vida nova dos novos-seres com novas consciências.

                            Vitória, agosto de 2005.

Nenhum comentário:

Postar um comentário