Nova
Arquiengenharia Planetária
Quando comecei a
pensar no assunto a coisa toda estava funcionando há bastante tempo. Fiquei
décadas olhando. Falavam da engenharia planetária como sendo feita por grandes
aparelhos e máquinas, ao modo assim das grandes obras hodiernas de mega-engenharia
na Terra, porém maiores ainda, como uma projeção de crescimento até exponencial
das dimensões.
Na realidade, penso
que será o contrário.
Como visto neste
Livro 145 em A Comunhão dos Novos-Seres
surgirão muitos deles, será mesmo um enxame de novas razões a viver.
Não faz muito
sentido, não faz sentido nenhum enviar os seres humanos já, porque os problemas
potenciais do espaço são tremendos, o primeiro dos quais raios cósmicos vazarem
as estruturas protetoras e passarem pelo corpo e pelo cérebro, neste provocando
lampejos e destruição. O mais certo é enviar informação, aliás, MICA (memória,
inteligência e controle artificiais) tão logo ela exista. E vermes, muitos
vermes e vida primitiva colonizadora, só que transformados para cada satélite terrestróides
de Júpiter ou de Saturno, digamos Titã, vermes-de-Titã, com a propriedade
coletiva de terem na média o ser humano, ou seja, o ponto de ligação de todos
eles deve ser sempre a utilidade para a humanidade. E lembre-se (nos filmes de
ficção científica preparadores da nova era) dos exoesqueletos, tanto para
humanos expandidos (com novas razões e novas emoções, novos sentidos
externinternos) quanto para os demais NS (novos-seres), que irão desde
carregadores até jatos-espaciais vagando entre planetas (dificilmente haverá
aquelas estruturas caras, como naves imensas, seria mais barato e inteligente
colocar naves-mínimas em volta do corpo).
E enviar
micro-robôs, nano-robôs que comecem a montagem das fábricas nas condições
locais de Io, de Europa, Ganimedes, Calisto e Titã; por último as cúpulas que
receberão os visitantes senhores humanos, abrigados em condições especiais que
diante das dos outros seres não serão extremas, serão relativamente frágeis. A
COMUNIDADE DOS NOVOS-SERES será imensa, com milhões de cidades vagando pelo
sistema solar, mexendo no Cinturão de Asteróides, habitando e construindo no
Cinturão de Kuiper, naqueles corpos redondos gelados de lá.
É bem diferente
disso que está posto até agoraqui.
De fato, em minha
mente parece mesmo uma infinidade de seres racionais das muitas espécies
realmente novas e artificiais até os híbridos de animais e humanos, de humanos
e MICA, de MICA e animais, de seres sintéticos da arquiengenharia genética e
assim por diante. Não se assemelha em nada com o cenário simplório mostrado até
hoje. Em minha mente a Terra é o centro e referência dessa infinidade de mundos
novos fervendo de vida nova dos novos-seres com novas consciências.
Vitória, agosto de
2005.
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