terça-feira, 26 de dezembro de 2017


A Melhor Maneira de Mentir

 

Na Rede Cognata história = MENTIRA = ESTUDO = MORTO = ESCULTURA = MODELADA = MOLDE = MODELO = ESTÁTUA e segue. E é fácil de ver que a história é mentira, mesmo, pois o racional não pode atingir a totalidade dos fatos e a interpretação de A Verdade do UM. Fica sempre faltando uma parte na fração escolhida pelo interpretador, o historiador, que segue sua visão-de-mundo, seus sentidos-de-mundo (pois “vê” o mundo com os olhos, os ouvidos, o nariz, a boca e a pele) que induziram sua mente a memórias preferenciais ligadas às suas expectativas e, portanto, a filtros especiais seus, diferentes dos outros, ligados a sua Bandeira Elementar (ar, água, terra/solo, fogo/energia, no centro Vida e no centro do centro Vida-racional, tal como usufruiu tudo isso), seu sistema político, sua dependência de favores de classe (historiadores viveram na Antiguidade, na Idade Média, na Idade Moderna, na Idade Contemporânea e desde 1991 na Idade Pós-Contemporânea), seu sexo, seu desenho da Chave da Proteção (como vivenciou lar, saúde, segurança, armazenamento e transportes), seu alcance e ligação com o Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática) para falar das PESSOAS (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos AMBIENTES (cidades-municípios, estados, nações e mundos).

Em resumo, historiadores devem escolher seu ponto de vista, devem aprender a mentir com convicção, tanto quanto qualquer racional; devem desenvolver seu estilo de mentir, seu modo de enganar os outros, porque engano sempre vai haver (exceto para o UM). Uns mentem pouco e outros muito.

Ninguém diz: “vou mentir”, vai lá e mente. Está convicto de estar falando a verdade e é assim mesmo, fala “uma verdade”, que contém porções de mentira. Não percebe que está mentindo, diz a tal de “mentira honesta”, seguro de estar ajudando os povos e as elites a compreenderem o verdadeiro alcance das coisas. Faz parte da mentira estarem convencidos de falarem a verdade. Em si mesmos estão profundamente convencidos de sua completa honestidade de propósitos, de sua dedicação à causa da verdade. Será muito difícil os historiadores acreditarem que o tempo todo estiveram de um modo ou de outro mentindo, seja ou não por encomenda, como favor de classe. Muitos debates lavrarão até que numa década qualquer adiante admitam terem estado todos esses séculos e milênios mentindo.

Vitória, terça-feira, 17 de janeiro de 2006.

Nenhum comentário:

Postar um comentário