Robôs do Espaço
Nós temos pensado em robôs
principalmente baseados em Terra, onde nós já temos inúmeras habilidades e
interpenetração espaçotemporal pessoambiental, quer dizer, nossas PESSOAS
(indivíduos, famílias, grupos e empresas) e nossos AMBIENTES (cidades-municípios,
estados, nações e mundos) estão profundamente imbricados, preparados umas para
os outros e vice-versa.
No espaço tudo muda de figura, lá não
temos experiência alguma. Lá não há ar, nem água, nem terra/solo e o
fogo/energia é difícil de obter; no centro não há vida e no centro do centro
não há vida racional; não podemos falar porque não há ar para o som ir adiante.
Lá o ambiente é propício para os robôs, hostil para nós. Lá a falta de
gravidade amolece os ossos, enfraquecendo-os drasticamente, como ficou provado
no pouco tempo que os astronautas e cosmonautas no espaço. Contudo, é
“pertinho”, 360 a 36.000 km (para dar múltiplo de 100) em posição geossíncrona.
Não havendo gravidade (na realidade, ela é diminuta, mas existe, pois não cessa
nunca, nunca é realmente “gravidade zero” em lugar nenhum) os robôs não terão
restrições grandes à mudança de posição, salvo as inerciais. Os músculos dos
robôs não enfraquecem, seus ossos não perdem tutano, sua pele e corpo não sofre
perfurações por micro-bólidos celestes, eles não se cansam, não precisam
dormir, nada têm das fraquezas humanas.
Podem assumir quaisquer formas, não
necessariamente antropomórficas; podem ser de diminutos a gigantescos sem peso
algum; podem colher sua própria energia solar e ir aonde tiverem de ir com
administração e telemetria da Terra, dado que para a velocidade da luz no vácuo
de 300 mil km/s - o diâmetro da Terra sendo de 12,7 mil km - e as órbitas
“baixas” em frações de segundo as máquinas reagiriam às nossas ordens partidas
de confortáveis escritórios: os corpos estariam lá e as mentes aqui. Seriam os
maiores corpomentes da geo-história da humanidade, com as cabeças na Terra e os
corpos a milhares de quilômetros. Um número incalculável de pessoas poderia ser
ocupado em quatro turnos de seis horas de operação para gerir um sem-número de
robôs espaciais circulando por todo o sistema solar, mas principalmente em
volta da Terra e da Lua, quando não em Marte e Vênus. Um enxame de zangões
espaciais passeando por toda parte e fazendo todo gênero de tarefa impossível
aos seres humanos sem o mínimo de risco para nós. Se as carapaças fossem
perfuradas não choraríamos a morte de um ente querido, apenas substituiríamos
esta ou aquela peça. Veja só que confortável! Não precisamos ir em carne-e-osso,
só mentalmente, alugando os corpos robóticos para tudo que necessitássemos.
Nuvens e nuvens de naves-gafanhotos
rodando de objeto em objeto circunterrestre, com milhões de milhões de pequenas
naves-robôs de toda espécie.
Vitória, sexta-feira, 06 de janeiro de
2006
Nenhum comentário:
Postar um comentário